MINISTRO ANUNCIA CRIAÇÃO DE CENTRO FRANCO-BRASILEIRO DE BIODIVERSIDADE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

18/09/2009 - O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, participou hoje (18), no Rio de Janeiro, da Conferência Ciência para a Sociedade, realizada pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) e pela Académie des Sciences de L'Institut de France, como parte da programação científica em comemoração ao Ano da França no Brasil.

Na ocasião, o ministro anunciou a criação do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade da Amazônia. O edital para a seleção de institutos de pesquisas interessados em trabalhar com o tema será lançado em novembro próximo pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) no valor de aproximadamente R$ 18 milhões.

O centro será constituído por meio de parceria entre os governos brasileiro e francês. Cada um deles, será responsável pela metade do valor estimado em 6 milhões de euros (cerca de R$ 18 milhões).

A abertura da Conferência foi feita pelo ministro Rezende. Também participaram o presidente da Académie des Sciences de L'Institut de France, Guy Laval, e o cônsul-adjunto da França no Rio de Janeiro, Gilles Barrier.

Rezende falou da importância do Centro, principalmente no que diz respeito à exploração de forma consciente da floresta. “O centro será fundamental para o avanço da pesquisa em biodiversidade na Amazônia. Tenho certeza de que a ciência atuará de forma positiva com relações às pesquisas naquela área. A intenção é conhecer melhor nossa floresta e mais que isso, que a população também possa usufruir de forma consciente das riquezas naturais”, disse.

Segundo o ministro, a intenção de implantar o Centro Franco-Brasileiro é um tema que está na pauta de discussão dos dois países há algum tempo, mas que apenas agora foi concretizada. “A definição de criação do centro de pesquisa ocorreu na visita do presidente da França, Nicolas Sarkozy, ao Brasil, para a comemorações do 7 de Setembro último.

Mudanças climáticas

Rezende falou ainda sobre as questões relacionadas à mudança climática no mundo. “A ciência brasileira tem muito a contribuir com soluções para o monitoramento das alterações do clima. Uma das medidas concretas por parte do Ministério da Ciência e Tecnologia foi a criação da Rede Clima”, destacou.

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Cientista realiza seminário sobre "anéis anuais" das árvores

04/09/2009 - O Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) realiza, hoje (4), a partir das 17h, o seminário “O poder dos anéis: estudos dendrocronológicos de árvores na Amazônia Central”, que tem como convidado o pesquisador alemão Jochen Schöngart, do Instituto Max Planck . A atividade acontece no auditório do setor de Biologia de Água Doce e Pesca Interior (BADPI).

Durante o seminário, o cientista vai apresentar a técnica conhecida como dendrocronologia, que está sendo usada por cientistas do Inpa e do Instituto Max Planck para elaborar um calendário histórico de variações do regime hidrológico (de chuvas) da região e assim identificar um padrão do comportamento do clima.

O trabalho é realizado a partir do estudo dos chamados “anéis anuais da madeira”, círculos concêntricos (com centro de raio em comum) formados naturalmente nos troncos das árvores por meio das suas variações morfológicas, anatômicas e fisiológicas, mediante as mudanças das condições climáticas da região onde as árvores usadas no estudo estão localizadas.

O estudo é desenvolvido em espécies arbóreas capazes de atingir até 500 anos de idade, como é o caso da arapari (Macrolobium acaciifolium, Fabaceae) e da assacu (Hura creptans), que apresentam quantidade maior de anéis e, consequentemente, informações mais concretas sobre as variações a que foram submetidas ao longo do tempo.

“Os anéis são camadas de crescimento do tronco e as distâncias entre eles revelam o que aconteceu em um ano específico da vida da árvore. Se a distância entre um anel e outro for curta, significa que naquele ano a árvore não teve muito tempo para crescer por causa de uma grande cheia”, disse o cientista, em entrevista concedida à edição de estreia da Revista “Ciência para todos”, do Inpa, que fez uma reportagem completa sobre o trabalho (pág. 38 - 43).

Previsão do tempo e prevenção de problemas

Além de definir até que ponto as mudanças climáticas são responsáveis pelas alterações dos regimes hidrológicos de regiões de clima tropical – e se de fato são responsáveis –, o trabalho desenvolvido por Jochen Schöngart, ao lado de outros pesquisadores, pode ainda ajudar órgãos governamentais a agir antecipadamente em casos de fenômenos climáticos de impacto mais graves.

O pesquisador se refere a eventos como a seca de 2005, que isolou comunidades inteiras no interior do Amazonas, e a cheia deste ano, que provocou inundações em dezenas de municípios do Estado e na área central da capital Manaus.

A estimativa do pesquisador é que o trabalho de pesquisa junto às árvores centenárias da região amazônica possa ajudar a antecipar, em pelo menos quatro meses, fenômenos como grandes cheias e secas severas. “O objetivo maior da pesquisa é divulgar as informações para o Governo do Estado, Organizações Não Governamentais (ONGs), institutos de pesquisa e entidades da sociedade civil que possam usar as informações para a tomada de decisões”, afirmou Schöngart.


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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