ABONG CRITICA CRIAÇÃO DE MAIS UMAS CPI CONTRA OS SEM TERA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2009

23/09/2009 - Associação Brasileira das Organizações Não Governamentais (Abong) divulga nota de repúdio pela criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A associação considera que a nova CPI é uma estratégia de setores do agronegócio, com o apoio de parlamentares, para impedir mudanças estruturais na sociedade por meio da ação de movimentos sociais.

De acordo com o texto da Abong, a nova CPI (a terceira em menos de cinco anos) está ideologicamente comprometida, sendo mais uma tentativa de criminalizar o movimento dos trabalhadores sem terra e estimular a violência contra esse grupo de pessoas.

Os parlamentares alegam malversação dos recursos públicos destinados à Reforma Agrária para justificar a CPI, mas a Abong afirma ser uma represália após anúncio da atualização dos índices de produtividade agrícola, que medem a produtividade de imóveis rurais e não eram atualizados desde 1975.

Segundo a Constituição Federal, toda terra que não cumprir sua função social é passível de desapropriação para fins de reforma agrária, o que não compreende apenas as improdutivas, mas também relaciona-se às propriedades que descumprem as leis trabalhistas e ambientais. Dessa forma, a atualização representa um pequeno avanço, já que a medida dos índices atingia, até então, apenas as propriedades rurais consideradas improdutivas e não garantia o cumprimento da lei de forma mais abrangente.

Com a atualização dos índices segundo dados de 2003, grandes áreas, antes consideradas produtivas, podem agora ser declaradas improdutivas e ser desapropriadas para reforma agrária.

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Time divulga relação anual de homens e mulheres que lutam para salvar o planeta

30/09/2009 Em sua edição de 5 de outubro, a renomada revista americana Time traz na capa a reportagem Heróis do Meio Ambiente (Heroes of the environment), reunindo um conjunto de lideranças, empreendedores, cientistas, políticos e ativistas de todo o mundo que se destacaram de alguma forma para salvar o planeta por meio do trabalho que fazem. Marcio Santilli, do ISA, está entre eles.

A reportagem especial da revista americana Time, edição de 5 de outubro, faz um breve perfil da atuação de pessoas escolhidas em todo o mundo pelas batalhas que empreendem para salvar o planeta. Além delas, a revista, que publica anualmente uma relação de escolhidos na área socioambiental, destaca também o distrito de Vauban, na cidade alemã de Freiburg, que aboliu o carro de suas ruas. Juntos, todos eles retratam a diversidade global e fazem a diferença nessa batalha. "É fácil imaginar que todas as decisões difíceis estão apenas nas mãos de nossos líderes. Não é verdade. Como os homens e mulheres que estão nas páginas que se seguem provam, nós todos podemos fazer a diferença", escreve o editor da reportagem, Simon Robinson, na abertura da matéria. Ele se refere mais especialmente às decisões sobre mudança climática que serão tomadas durante a Conferência das Partes da Convenção do Clima, a se realizar em Copenhagen, no próximo mês de dezembro, e está alertando para a importância da participação de cada um.

O coordenador do ISA, Marcio Santilli, é o único brasileiro a fazer parte dessa lista que inclui políticos, ativistas, empresários, cientistas e inventores. Desfilam pelas páginas da revista desde a atriz Cameron Díaz, que rodou os EUA com um carro híbrido perguntando às pessoas coisas simples, como se elas sabiam de onde vem a sua água, o ministro do Meio Ambiente da Noruega, Erik Solheim, a advogada Syeda Rizwanba Hasan, que defende centenas de trabalhadores de Bangladesh que desmontam navios velhos em precárias condições de segurança e expostos a todo tipo de doença, a equipe que cuida das questões ambientais no gabinete do presidente Barack Obama e o fotógrafo francês Yann Arthus-Bertrand entre muitos outros.

Santilli, que é sócio fundador do ISA, tem uma longa história de ativismo em defesa dos direitos indígenas. Time destaca que em 2003, ao perguntar por que os países pobres não poderiam ser recompensados por reduzir seus índices de desmatamento - e não contribuir para a emissão de gases de efeito estufa - Márcio Santilli virou o jogo. O desmatamento nas florestas tropicais era responsável pela metade das emissões anuais de gases de estufa e a maior fonte de emissões estava nos países em desenvolvimento. Santilli argumentou então que as nações que reduzissem sua taxa de desmatamento abaixo de suas médias históricas poderiam ser elegíveis para compensação por meio de certificados de redução de emissões negociáveis no mercado de carbono. A idéia conhecida como redução compensada ganhou força e pela primeira vez abriu-se a possibilidade de atribuir mais valor à floresta em pé do que à que foi derrubada. Márcio acredita que o acordo que resultará da conferência de Copenhagen (COP-15) será rico. Avalia que o tempo não espera, e que a experiência mostra que é muito mais difícil recompor a floresta que foi derrubada do que proteger a que está em pé. "Precisamos agir agora".

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Rede de Sementes Xingu se fortalece com realização de novo encontro

23/09/2009 Os grupos que estão coletando sementes de árvores nativas na região do Araguaia e Xingu se reuniram durante o 5º Encontro da Rede Sementes do Xingu em Porto Alegre do Norte, MT, nos dias 19 e 20 de setembro. Na noite do dia 19 ocorreu a festa de lançamento do livro Plante as Árvores do Xingu e Araguaia.

No último final de semana, a cidade de Porto Alegre do Norte (MT) recebeu o 5º Encontro da Rede de Sementes do Xingu, reunindo representantes de três etnias indígenas - Ikpeng, Kaiabi e Panará -, de 12 assentamentos rurais, de quatro viveiros públicos e particulares e de seis organizações da sociedade civil, vindos de 16 municípios: Nova Xavantina, Água Boa, Canarana, Querência, Bom Jesus do Araguaia, São Félix do Araguaia, Canabrava do Norte, Porto Alegre do Norte, São José do Xingu, Santa Cruz do Xingu, Cláudia, Marcelândia, Feliz Natal, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte e Carlinda.

Enquanto as instituições discutiram suas atuações e envolvimento na rede, os coletores debateram os princípios e as regras da rede, definiram sua identidade visual reviram a tabela de preços das sementes e trocaram experiências sobre inovações técnicas em coleta, beneficiamento e armazenamento Por sua vez, Os "nós" da Rede, que são facilitadores ligados a cada núcleo de coleta, conversaram sobre suas atuações e possibilidades de aprimoramento. A experiência da Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Estado da Paraíba com a Rede Sementes da Paixão, apresentada por Vanubia Martins, mostrou à Rede de Sementes Xingu os cuidados a serem tomados e caminhos futuros a trilhar nesse trabalho.

O lançamento do livro Plante as árvores do Xingu e Araguaia na noite de sábado (19/9) contou com a participação dos coletores, diversos dos quais são também autores da publicação, de representantes de instituições parceiras da rede (ISA, CPT, Associação Terra Viva (ATV), Associação Nosa Senhora de Assunção (Ansa), Instituto Centro de Vida ( ICV), Formad, Associação dos Pequenos Produtores Rurais da Gleba Entre Rios (Aproger),Instituto Ouro Verde (IOV) e do público local.

As falas do coordenador adjunto do Programa Xingu do ISA Rodrigo Junqueira, do presidente da Associação Terra, Valdo da Silva, de Placides Pereira Lima, do Grupo Casadão de Canabrava do Norte e da vice-prefeita do município, Marilde Garbin, foram na mesma direção. Todos ressaltaram a importância de se valorizar o conhecimento popular e sua fusão com o conhecimento científico para a recuperação das matas ciliares e para a viabilização socioambiental e econômica da região, parabenizando os autores do livro e a designer gráfica do ISA, Ana Cristina Silveira, responsável pelo projeto gráfico e pelo logo da Rede. Para o técnico do ISA e organizador do livro, Eduardo Malta, o lançamento da publicação deu uma contribuição efetiva para a restauração das matas ciliares da região.

O evento teve ainda participação de Iuri Rapoport e Leandro Micotti, colaboradores de São Paulo, que se tornaram padrinhos e apoiadores da Rede de Sementes do Xingu. Em 2009, a rede recebeu encomendas que somam 50 toneladas de sementes, de mais de 200 espécies de árvores, arbustos, cipós e leguminosas de adubação verde consolidando-se como alternativa concreta de geração de renda com base na valorização e manejo sustentável da floresta e do Cerrado.

O 6º. Encontro está marcado para maio de 2010 no município de Cláudia, no lado oeste da Bacia do Xingu.


 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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