INPE ATINGE 1 MILHÃO DE IMAGENS DISTRIBUÍDAS PELO CYBERS NA INTERNET

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

29/09/2009 - Pioneiro na oferta gratuita pela internet de dados de satélites de média resolução, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) ultrapassou a marca de um milhão de imagens distribuídas através do endereço http://www.dgi.inpe.br/CDSR/

A política de dados livres adotada pelo Inpe fez do Brasil um exemplo mundial na área de Observação da Terra, tornando o Sensoriamento Remoto uma ferramenta de fácil acesso. O sucesso desta iniciativa pioneira levou outros países, como os Estados Unidos, a também disponibilizar gratuitamente dados orbitais de média resolução.

A distribuição gratuita através da internet começou em 28 de junho de 2004, com as imagens do Cbers-2 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres). Logo após, o Inpe tornou livre o acesso às imagens históricas dos satélites Landsat. Atualmente o Centro de Dados de Sensoriamento Remoto do Instituto, instalado em Cachoeira Paulista (SP), tem disponíveis imagens dos satélites Cbers-2 e 2B e Landsat 1, 2, 3, 5 e 7. As imagens de todos estes satélites são fornecidas sem custo para qualquer usuário do mundo.

Do total distribuído, o Programa Cbers é responsável por 716.889 imagens (destas, 460.480 são do satélite Cbers-2 e 256.409, do Cbers-2B). Da família LANDSAT foram distribuídas neste período 283.123 imagens (8.569 do Landsat-1; 16.247 do Landsat-2; 7.022 do Landsat-3; 230.783 do Landsat-5 e 20.502 do Landsat-7).

O Brasil possui um dos acervos de imagens de satélites mais antigos do mundo, pois recebe os dados Landsat desde 1973 através da estação do Inpe em Cuiabá (MT). Lançado em 1972, o Landsat-1 foi o primeiro equipamento orbital de sensoriamento remoto de recursos terrestres, sendo o Brasil o terceiro país a receber este tipo de imagem, depois apenas dos Estados Unidos e Canadá.

Os países da América do Sul que estão na abrangência da estação de Cuiabá são os mais beneficiados e, em breve, os países da África também poderão contar com imagens gratuitas de seus territórios, pois já foram assinados memorandos para a recepção do satélite sino-brasileiro Cbers em estações de Ilhas Canárias, África do Sul e Egito, e está em negociação a instalação de uma antena no Gabão.

Dados Cbers

Responsável por mais de 70% das imagens distribuídas pelo Inpe, o Programa Cbers foi decisivo para disseminar o uso do sensoriamento remoto orbital. Recentemente, o Inpe promoveu uma pesquisa que avaliou o índice de satisfação dos usuários com a qualidade das imagens Cbers e a quantidade de pessoas contratadas para trabalhar com dados do satélite.

Os resultados da pesquisa deixaram evidente que a difusão gratuita de imagens de satélites ajudou a ampliar significativamente a comunidade de brasileiros que usa diretamente os resultados do programa espacial. Dos cerca de 15.000 usuários cadastrados, 3.470 responderam ao questionário e, destes, 1.100 afirmaram ter obtido trabalho por causa da disponibilidade das imagens Cbers. Outra revelação importante da pesquisa é que mais da metade declarou que não utilizava imagens de satélites antes de ter acesso às imagens Cbers do Inpe.

"Ao estabelecer a sua política de dados livres o Inpe pensou no impacto e na efetividade de seus resultados. Aposta ganha com louvor", declara o coordenador de Observação da Terra do Instituto, João Vianei Soares.

Responsável pelo estabelecimento da política de acesso livre, o diretor do Inpe, Gilberto Câmara, considera que “a oferta gratuita dos dados permite um gerenciamento muito melhor dos recursos terrestres de nosso planeta, essencial em tempos de mudanças ambientais globais.”

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Deter indica que Amazônia teve 498 km² desmatados em agosto

24/09/2009 - O programa de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), sistema de alerta baseado em satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), detectou 498 km² de desmatamentos na Amazônia Legal por corte raso ou degradação progressiva no último mês de agosto.

Deste total, 301 km² foram registrados no Pará e 105 km², no Mato Grosso. Rondônia e Amazonas tiveram respectivamente 51 km² e 22 km², enquanto os demais estados apresentaram índices menores que 7 km² em agosto, mês em que a baixa ocorrência de nuvens na Amazônia permitiu a observação de 83% da região.

A cada quinzena, os dados do Deter são enviados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), responsável pela fiscalização das áreas. O sistema indica tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas classificadas como degradação progressiva, que revelam o processo de desmatamento na região.

Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do Deter não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia. Pelo mesmo motivo, os técnicos do Inpe não recomendam a comparação entre dados de diferentes meses e anos.

Avaliação
A qualificação amostral dos dados do Deter mostra que 90% dos alertas de agosto foram confirmados como desmatamento. Destes, 73% foram classificados como corte raso e 13% como floresta degradada de alta intensidade. Os demais indicaram áreas de degradação moderada ou leve.

Sistema Deter
Em operação desde 2004, o Deter é um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. É importante destacar que a taxa anual de desmatamento é aferida por outro sistema, o Prodes, também do Inpe, cujos dados estão disponíveis em www.obt.inpe.br/prodes.

Com o Deter é possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o Deter utiliza dados do sensor Modis do satélite Terra e do sensor WFI do satélite sino-brasileiro Cbers, com resolução espacial de 250 metros). Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.

Contudo, a menor resolução dos sensores usados pelo Deter é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos. Todos os dados do programa são públicos e podem ser consultados no site www.obt.inpe.br/deter

 


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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