FRIGORÍFICOS SE COMPROMETEM COM
DESMATAMENTO ZERO NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2009

5 de Outubro de 2009 - Ivy Farias - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - A organização não governamental Greenpeace assinou hoje (5) com os frigoríficos Marfrig, Bertin, JBS-Friboi e Minerva, os maiores do país, um compromisso para que estas empresas não comprem mais carne de produtores que contribuem com o desmatamento da floresta. Segundo a entidade, 80% das áreas desmatadas na Amazônia são ocupadas pela pecuária.

Para o diretor da campanha do Greenpeace, Paulo Adário, este é um passo fundamental no combate ao desmatamento. "É incrível que o principal setor responsável pelo desmatamento esteja comprometido com a integridade da floresta", afirmou.

Segundo ele, o compromisso inclui uma agenda com seis pontos, como o monitoramento do desmatamento na cadeia produtiva e cadastro de todas as fazendas produtoras. "O prazo depende do tipo de fornecedor. Para o boi de corte, os frigoríficos têm seis meses para identificar todas as fazendas. Já para os criadores de bezerros, por exemplo, são dois anos", completou.

O compromisso firmado pelas empresas também se refletirá na política externa brasileira. De acordo com Adário, o Brasil participa de uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) em Copenhagem em alguns meses para discutir o aquecimento global e "será positivo para a imagem do país mostrar que seus maiores produtores estão comprometidos com o meio ambiente".

Segundo estudos do Greenpeace, um hectare da floresta é transformado em pasto para gado a cada 18 segundos. Para o diretor do Greenpeace, Marcelo Furtado, em breve o consumidor brasileiro poderá comprar carne tendo certeza que não está contribuindo para o desmatamento. "É segurança para o consumidor, que saberá exatamente que está comprando sem agredir o meio ambiente".

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Acordo permite criação de gado em terra indígena

4 de Outubro de 2009 - Morillo Carvalho - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - Um acordo firmado entre indígenas e o Ministério Público Federal (MPF) no Tocantins permite agora a criação de gado dentro do Parque Indígena do Araguaia, na Ilha do Bananal.

No ano passado, 100 mil cabeças de gado foram retiradas da Ilha do Bananal, onde vivem cerca de 3.500 indígenas que arrendavam áreas a não índios para serem usadas como pasto. Pelo acordo, firmado há cerca de duas semanas, cerca de 20 mil cabeças de gado de não índios podem agora ser criadas pelos próprios indígenas. Dessa forma, se aplica não mais o arrendamento das terras, mas um regime de compartilhamento chamado de ameia.

“Na criação, como eles chamam, de ameia, que é uma forma de parceria, o dono do rebanho fornece o gado e o outro, no caso o indígena, faz toda a criação e depois divide-se o resultado”, disse o procurador da República Álvaro Manzano, que propôs o acordo.

A permissão para a volta do gado à ilha foi dada depois que os animais saíram e a comunidade indígena passou a não dispor mais dos recursos que eram garantidos com o arrendamento das terras. O arrendamento, no entanto, era ilegal, já que, pela lei, a terra indígena só pode ser usufruída por índios. O procurador conta que a parceria foi a forma encontrada para atender às necessidades dos indígenas atualmente.

“Os índios estão numa outra etapa de desenvolvimento, eles têm uma demanda por bens, por facilidades que a sociedade possui, então eles buscam renda, de uma forma ou de outra. O nosso desafio é fazer com que essa renda seja decorrente do trabalho que eles desenvolvem em sua terra”, acrescentou Manzano.

O termo de compromisso firmado pelo Ministério Público Federal, associações dos índios Javaé e representantes das aldeias desperta, entretanto, polêmica, e não teve, por exemplo, o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), afirma Euclides Lopes, administrador da instituição no município de Gurupi, vizinho à ilha.

“Nós não concordamos com o retorno desse gado dentro da ilha, e há um encaminhamento da AGU, a Advocacia-Geral da União, de que a Funai não assinasse esse acordo. Pelo contrário, a AGU vai ingressar na Justiça para que se esse gado retornar, seja leiloado, como aconteceu no Pará [com a Operação Boi Pirata]”.

A Ilha do Bananal, no Tocantins, tem quase 2 milhões de hectares e é considerada a maior ilha fluvial do mundo. No local, existem duas áreas indígenas - o Parque Indígena do Araguaia e a Terra Inawebohona - e uma de proteção, que é o Parque Nacional do Araguaia.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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