ILUSTRADOR DO LIVRO ‘PEIXES DO PANTANAL’ EXPÕE AQUARELAS EM CORUMBÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2009

(08/10/2009) A precisão e beleza dos traços de Álvaro Nunes poderão ser apreciadas em 36 aquarelas que serão expostas em Corumbá-MS no sábado (10), durante o festival de pesca e cultura ‘Pantanal das Águas’.

As aquarelas são os trabalhos originais dos quais foram feitas as reproduções utilizadas no livro ‘Peixes do Pantanal’, publicação da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de autoria de Heraldo Britski, Keve Silimon e Balzac Lopes, que teve sua segunda edição revista e ampliada em 2007.

O artista de Anápolis-GO estará presente durante todo o dia no local da mostra, o Museu de História do Pantanal (Muhpan), no porto geral de Corumbá, onde ocorrem as atividades do ‘Pantanal das Águas’. As obras, porém, não estarão à venda.

Álvaro Nunes se formou em arquitetura pela Universidade de Brasília (UnB) e fez curso de ilustração botânica com Christabel King, em Londres, Inglaterra. Já realizou vários cursos de ilustração botânica em universidades e fez mostras no Brasil e exterior. O artista já foi premiado três vezes no concurso ‘Olho de Boi’ de melhor selo postal, promovido pelos Correios, e recebeu o ‘Prêmio Jabuti’ por seu trabalho no livro ‘Fruteiras da Amazônia’, publicado pela Embrapa. Duas premiações internacionais também compõem o currículo do ilustrador.

Durante a mostra no Muhpan, os visitantes poderão, além de ver de perto os trabalhos, conversar com o artista e folhear o livro ‘Peixes do Pantanal’. Poderão ser feitos pedidos para compra da publicação.

O festival ‘Pantanal das Águas’ é promovido pela Prefeitura de Corumbá em parceria com a TV Morena, afiliada da Rede Globo no município. As atividades culturais e esportivas têm início na sexta-feira (9) e vão até o feriado da segunda.
Saulo Coelho Nunes

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Macaúba desperta atenção pelo uso como biodiesel

(09/10/2009) A obtenção de biodiesel a partir da macaúba é uma das tecnologias que despertou maior atenção dentre as que a Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apresentou na 5ª Feira da Inovação Tecnológica (INOVATEC), que aconteceu em Belo Horizonte, de 6 a 9 de outubro. Muitos visitantes ficam surpresos ao saber que dos “coquinhos” pode ser obtido biodiesel.

No estado Minas Gerais, a macaúba é utilizada com finalidades alimentares e para produção de óleo e sabão. Entretanto, os pesquisadores estão estudando como aproveitar de forma econômica e sustentável os frutos dessa palmeira para a produção de biodiesel e de ração animal.

A macaúba, cujo nome científico é Acrocomia aculeata, é nativa das Florestas Tropicais. No Brasil aparece de forma espontânea em diversos estados das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, com maior concentração em Minas Gerais e Goiás. A Embrapa Agroenergia e a Embrapa Cerrados, com financiamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estão realizando um levantamento da ocorrência de maciços nativos de macaúba nesses dois Estados. Os resultados desse estudo podem levar à definição de regiões para instalação de usinas de biodiesel.

Uma das razões para o grande interesse que essa palmeira desperta é a elevada produção de óleo, que chega a 5.000 litros/hectare. A extração do óleo é simples, feita por moagem e prensagem dos frutos, explica o pesquisador da Embrapa Agroenergia, Leonardo Bhering. O resíduo da extração, a “torta de macaúba” pode ser usada como fertilizante orgânico ou como ração para bovinos, caprinos e ovinos.

Em curto prazo será aproveitada a matéria prima dos boques nativos de macaúba para a produção de biodiesel. Para evitar o rápido esgotamento da fonte energética são estudadas práticas de extrativismo sustentável, com a realização de inventário detalhado na área de abrangência dos maciços, o planejamento da conservação e uso dos recursos genéticos disponíveis, o zoneamento do tipo de atividades permitidas e a definição de normas de uso da área, de acordo com a potencialidade do zoneamento para cada atividade. Também são realizados estudos para obter sistemas de produção, onde a macaúba será cultivada em plantios racionais. Para isso, enfatiza Bhering estão sendo feitas pesquisas com melhoramento genético, plantio, adubação, espaçamento entre plantas e obtidas as informações necessárias para o estabelecimento de um sistema de produção. Uma vantagem desse tipo de plantação é que podem ser produzidos alimentos (feijão, milho) durante a implantação da cultura e após quatro anos, quando as palmeiras atingirem a altura de 7 a 10 metros e estiverem em produção normal de frutos, pode-se plantar capim para criar gado. É um sistema integrado com bom rendimento, pois o gado se alimenta do capim e dos frutos que, eventualmente, caem das árvores e o esterco produzido pelos animais fertiliza as palmeiras.

Combinação de matérias primas

A macaúba não deve ser utilizada como única matéria prima para a alimentação de uma usina de biodiesel, pois o período de colheita dos frutos é de apenas quatro meses. Para que a usina possa funcionar durante todo o ano, será necessário utilizar outras oleaginosas, como soja, girassol, algodão, mamona e também sebo bovino. Cada uma das combinações de matérias-primas exige estudos e pesquisas específicos. Uma proposta apresentada pela Embrapa é o estabelecimento de Arranjos Produtivos Locais (APLs) que possam atender a necessidade do suprimento contínuo de matérias-primas para a produção de biodiesel e que permitam otimizar o uso das terras e o balanço energético global.

Nesse tipo de APL será vantajosa a formação de associações ou cooperativas de produtores que instalem unidades de esmagamento das matérias-primas. O óleo vegetal extraído será transportado até a usina de biodiesel e as tortas resultantes da extração serão aproveitadas pelos próprios produtores das oleaginosas, tanto para alimentação animal, quanto para utilização como adubo. Com esse esquema, o raio de produção da matéria prima poderá ser ampliado, o que não seria econômico se a matéria prima integral fosse transportada ate à usina de biodiesel e a torta transportada de volta até as regiões produtoras.

Leonardo Bhering diz que a implantação de uma usina de biodiesel requer cuidadoso planejamento, com estudos de localização e de logística do abastecimento, da distribuição do biodiesel e dos sub-produtos. “É muito importante que seja garantida a disponibilidade de matérias primas para que a indústria possa funcionar o ano todo, garantindo a produção plena e custos mais baixos” conclui o pesquisador.
Embrapa Agroenergia
José Manuel Cabral

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Livro sobre mudanças climáticas é lançado

(06/10/2009) Ações do documento A publicação, cujo título é “Mudanças climáticas e desertificação no semiárido brasileiro”, reúne alguns dos estudos iniciais de pesquisadores do Brasil e do exterior que relacionam o histórico fenômeno das secas na região Nordeste com as atuais tendências de elevação da temperatura do planeta. O livro traz projeções sobre a potencial degradação do ambiente com o clima mais quente. Mas, também, avança em propor soluções para amenizar o problema.

O aconteceu na segunda-feira(5) durante o seminário “Estratégias para uma gestão municipal de convivência com o semiárido”. Este evento vai reunir na feira prefeitos, secretários de Agricultura, de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Rural, profissionais da assistência técnica de instituições públicas e organizações não governamentais.

Inteligência

A pesquisadora Francislene Angelotti, que abordou o tema no seminário, esclarece que o livro é uma contribuição à formação de uma “inteligência institucional” apta a equacionar as questões climáticas, integradas às demandas sociais e à capacidade de elaborar políticas públicas locais e regionais.

O livro é organizado em 17 capítulos divididos em quatro partes: Desertificação e as Mudanças Climáticas Globais, A Degradação Ambiental e a Situação Atual dos Recursos Naturais no Semi-Árido, A Convivência com o Semi-Árido e Inovações, As Políticas Públicas e os Instrumentos para um Desenvolvimento Sustentável do Semi-Árido Brasileiro.


Cada capítulo corresponde a palestras apresentadas por especialistas no I Simpósio Brasileiro sobre Mudanças Climáticas e Desertificação no Semi-Árido Brasileiro, realizado na Embrapa, em Petrolina-PE, em abril do ano passado. O livro foi editado por pesquisadores da Embrapa Semiárido (Francislene Angelotti, Iêdo Bezerra Sá e Eduardo Assis Menezes) e da Embrapa Informática Agropecuária (Giampaolo Queiroz Pellegrino).

De acordo com os editores, as mudanças climáticas provocam fenômenos sobre os biomas do planeta que abrem um novo campo de investigações nas instituições de Ciência e Tecnologia (C&T). O impacto da elevação da temperatura sobre atividades agrícolas, diversidade ambiental e segurança alimentar requer programas inovadores de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que orientem a ação humana sobre os recursos naturais.

Desertificação

O Nordeste e o seu interior semiárido, em especial, tem a história ligada à questão da variabilidade climática e das secas. De acordo com a pesquisadora, as secas causam grandes impactos na vida das pessoas que habitam a região. A agricultura de sequeiro, que é a principal atividade da maioria da população no meio rural, chega a registrar queda de mais de 90% no volume das safras nas culturas alimentares como feijão e milho.

Nas áreas mais vulneráveis, a exploração agrícola mais intensa tem instalado processos de degradação do ambiente que já levaram à desertificação de grandes áreas. Na região Nordeste, mais de 660 mil km2 já se encontra nesse nível de degradação e afeta cerca de 2,6 milhões de pessoas. A convivência com o semiárido e o processo de desertificação se tornam mais complexos com o aquecimento do planeta.

Segundo Francislene, o livro destaca que a busca de alternativas para a região mais seca do Brasil precisa considerar três fatores. Um, é a severidade das mudanças climáticas projetadas. Dois, a fragilidade ou a capacidade de suporte do ambiente, que, quando ultrapassada, pode levar à desertificação. Por fim, a ação do homem sobre esse meio, seja de maneira individual, com o uso de técnicas específicas de manejo, seja de maneira coletiva ou institucionalizada, por meio de políticas públicas.

Agradecimentos

Os Editores agradecem à Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco - FACEPE, ao Ministério do Meio Ambiente – MMA, e ao Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA, pelo apoio financeiro à realização do I Simpósio sobre Mudanças Climáticas e Desertificação no Semi-Árido Brasileiro, ao CIRAD pelo apoio financeiro e colaboração na organização do evento, e ao Banco do Nordeste do Brasil – BNB, pelo apoio financeiro para a publicação deste livro.

 


 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Assessoria de imprensa

 

 
 
 
 

 

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