PAÍS QUER COLOCAR 30 USINAS NUCLEARES
EM FUNCIONAMENTO EM 30 ANOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2009

2 de Outubro de 2009 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje (2) que o governo pretende colocar em funcionamento a partir de 2030 uma usina nuclear por ano até 2060, visando ao abastecimento do país cuja população deverá se elevar para 250 milhões de habitantes, consumindo portanto mais energia.

“Ou nos preparamos hoje ou podemos pagar um preço elevado”, disse, durante a formalização do reinício da construção da Usina Angra 3.

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Economia nacional receberá cerca de 70% do orçamento de Angra 3

2 de Outubro de 2009 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Do orçamento de R$ 8,3 bilhões, estimado para a conclusão da Usina Nuclear Angra 3, 70% serão gastos em moeda nacional, por meio da compra de equipamentos, serviços e obras de engenharia de fornecedores brasileiros. “Setenta por cento disso serão injetados na economia do país”, afirmou à Agência Brasil o assessor da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães.

Os 30% restantes referem-se a gastos com importação. A maior parte desse volume de recursos será aplicada na aquisição do sistema de instrumentação e controle da usina, que é todo digital, de última geração.

Leonam dos Santos explicou que o sistema é idêntico ao que está sendo implantado nas usinas de Flamanville e Olikiluoto, que a empresa francesa Areva está construindo na França e na Finlândia. “Quer dizer, o sistema de instrumentação e controle de Angra 3 vai ser equivalente a esses, é digital, diferente do sistema de Angra 2. Essa é a maior diferença entre as duas usinas nacionais”.

Angra 3 vai gerar 1.405 megawatts (MW) de energia. Com a realização do marco zero da obra no início de dezembro deste ano, a expectativa é de que a usina entre em operação em maio de 2015. As usinas Angra 1 e 2 respondem, juntas, por cerca de 50% do consumo de energia elétrica do estado do Rio. Leonam dos Santos afirmou que somando Angra 3, o abastecimento ficará próximo de 70%.

As negociações para o financiamento de 70% da parte relativa ao orçamento em moeda nacional estão avançadas entre a Eletronuclear e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), informou o assessor da presidência da estatal. Ele destacou, entretanto, que para que isso ocorra, deverá ser fechado antes o contrato de suprimento de energia de Angra 3, bem como o contrato de longo prazo de fornecimento de combustível nuclear.

As negociações desses dois contratos envolvem os ministérios das Minas e Energia e da Ciência e Tecnologia. “Isso está em andamento, e eu espero que em breve se conclua esse contrato de longo prazo que permitirá fechar o contrato de suprimento de Angra 3 e, com ele, todo o procedimento de liberação do financiamento do BNDES”.

Os 30% restantes serão financiados com recursos próprios da holding Eletrobrás e por meio de captações de recursos no mercado. Segundo Leonam dos Santos, as negociações para o financiamento internacional da obra com um pool de bancos europeus também estão adiantadas. “A Eletrobrás é a garantidora desses financiamentos”.

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Lobão diz ser favorável à abertura da área nuclear para parceria com iniciativa privada

2 de Outubro de 2009 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A possibilidade de abrir a produção de urânio e a área nuclear à parceria com o setor privado, no futuro, é uma alternativa vista com bons olhos pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. “Gosto da ideia”, admitiu o ministro ressaltando que essa é uma opinião pessoal. Lobão participou hoje (2) de seminário na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). O evento marcou a retomada oficial da construção da Usina Nuclear Angra 3.

A abertura de parcerias com a iniciativa privada na área de energia nuclear é um assunto que está sendo debatido pelo governo, mas, segundo o ministro, ainda não há consenso. Ele lembrou que, quando foi criada a política nuclear brasileira, o objetivo era também desenvolver a produção e o enriquecimento de urânio, para venda ao exterior.

Atualmente, como estabelece a Constituição, as usinas nucleares não podem ter sócios privados nem estrangeiros, por se tratar de um tipo de energia considerado estratégico em função da fonte combustível, o urânio.

Lobão afirmou, entretanto, que essa determinação pode ser modificada nos próximos governos. “Tudo isso se modifica. Nós vamos aperfeiçoando os modelos daqui para frente e, se isso não puder ser feito neste governo, outros governos poderão ter um pensamento diferente e ir adaptando às necessidades do país.”

A preocupação do governo, segundo o ministro, é garantir a segurança energética do país e evitar novo apagão, como o ocorrido entre 2001 e 2002.

Hoje, há no Brasil cerca de 110 mil megawatts de energia instalada e a expectativa é que esse número dobre em 20 anos.

“Ou nós nos preparamos hoje para atender a essa necessidade ou seremos, não neste governo, mas no futuro, surpreendidos por uma carência de energia, que é tudo que este governo não deseja”, afirmou Lobão.

 


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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