PRAZO PARA AGRICULTORES SE ADEQUAM ÀS REGRAS AMBIENTAIS NÃO É MELHOR SAÍDA, DIZ STEPHANES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2009

29 de Outubro de 2009 - Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse hoje (29) que a prorrogação do prazo, de 11 de dezembro, previsto no Decreto nº 6.514 para o início da aplicação de sanções aos proprietários rurais que não tiverem sua reserva legal de acordo com a legislação, não é a melhor saída para o setor. Segundo ele, a melhor solução seria a alteração do decreto. “Não adianta prorrogar. Resolve um item, mas não resolve uma série de outros itens”, afirmou o ministro.

Uma comissão com técnicos dos Ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente, sob a coordenação da Casa Civil, acaba de formatar, após cerca de 15 reuniões, um documento com as posições convergentes e divergentes dos três ministérios sobre a legislação ambiental.

“Já existe o conhecimento suficiente para que se tome uma decisão em relação à maioria dos pontos”, disse Stephanes sobre as informações contidas no documento. Segundo o cronograma estabelecido previamente entre os três ministérios, o relatório deveria ser avaliado pela Casa Civil e depois encaminhado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para uma decisão.

Para o ministro da Agricultura, uma simples prorrogação, como já chegou a ser aceita pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, por um período de 180 dias, toca em apenas um dos pontos que estão causando insegurança entre os produtores rurais. Outras opções seriam a prorrogação com algumas ressalvas, englobando outros itens, como a produção em topos de morro, encostas e várzeas e a recuperação da vegetação nas margens de rios, ou uma medida provisória com novas determinações.

Uma das grandes questões levantadas por Stephanes, e centro das discussões dentro e fora do governo, é de que o Código Florestal criminaliza também os produtores que foram estimulados pelo Estado, há algumas décadas, a desmatar para garantir a posse da terra. Para o ministro, o desafio é como distinguir quem, por esse motivo, derrubou mais do que a lei atual permite ou de quem o fez por má-fé.

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Marina Silva pede empenho de todos os países para sucesso da conferência do clima

29 de Outubro de 2009 - Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - A senadora Marina Silva (PV-AC) afirmou hoje (29) que não se deve “dar de bandeja” a ideia de que a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15), marcada para dezembro, em Copenhague, será um fracasso, pois cada envolvido deve investir ao máximo para que o resultado seja um sucesso.

A ex-ministra do Meio Ambiente atribuiu essa expectativa negativa ao fato de, até agora, o processo preparatório não ter avançado, mas disse esperar dos líderes políticos uma atitude que permita sair de Copenhague com uma arquitetura que viabilize a contribuição dos países desenvolvidos para que se alcance a meta de 2050 e dos países em desenvolvimento, “na medida exata da da sua contribuição, que é mais da metade das emissões de CO2”.

“Se os desenvolvidos fizerem a sua parte, e nós não, não vamos fechar a conta”, afirmou a senadora, após participar do lançamento do novo produto da Serasa Experian, o sistema Conformidade Ambiental, um instrumento à disposição do mercado para apoiar o desenvolvimento sustentável.

Sobre a indicação da ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, para chefiar a comitiva brasileira em Copenhague, Marina disse que o importante é levar à conferência propostas de qualidade. “A pessoa que vai liderar esse processo é escolha do presidente, mas o importante são as propostas. Que o Brasil possa ir para Copenhague comprometido com metas, não só para o desmatamento, mas também para energia, agricultura e indústria. É possível termos esse compromisso.”

Ela disse que as propostas que serão apresentadas na conferência ainda estão em discussão, mas ressaltou que o Brasil pode dar uma contribuição efetiva de cerca de 20% a 40% na redução das emissões de CO2. “Essa é a proposta que vem sendo estudada no âmbito do Ministério do Meio Ambiente. Conta com alguma resistência de alguns setores, mas o corte que será feito poderá possibilitar uma contribuição não só pelo desmatamento.”

A senadora falou também sobre a reforma tributária, reforçando a necessidade de se pensar urgentemente em meios para incentivar as tecnologias limpas, as práticas sustentáveis. “Há um custo para a mudança do modelo de desenvolvimento, e isso não acontecerá, se não tivermos os mecanismos para isso”, afirmou Marina. Segundo ela, é preciso sair das ações pontuais e ter uma ação integrada que vise à globalidade dos investimentos que precisam ser feitos.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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