IBAMA PREPARA ÍNDIOS KADWÉU COMO AGENTES
AMBIENTAIS VOLUNTÁRIOS NO MATO GROSSO DO SUL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2009

Campo Grande (23/11/2009) - Depois de uma semana de capacitação e treinamento, terminou neste domingo o curso de preparação de agentes ambientais voluntários na Aldeia Alves de Barros, que fica na Reserva do Índios Kadwéu, localizada no município de Porto Murtinho no sudoeste de Mato Grosso do Sul.

A comunidade kadwéu é uma das mais fechadas dentre as comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul. São 1041 índios que ocupam 5 aldeias dentro da reserva que se localiza no município de Porto Murtinho e compreende áreas ao redor das cidades de Bonito e Bodoquena no sudoeste do Estado de Mato Grosso do Sul. Dentro da reserva estão as aldeias de Bodoquena, Campina, São João, Tomázia e Barro Preto.

Com esse curso o Ibama quer garantir um reforço nas suas políticas de proteção ambiental dentro do ecossistema pantaneiro, em especial em áreas dentro da Bacia do Alto Paraguai. Ao todo o Ibama deverá formar 185 agentes ambientais voluntários entre as populações indígenas, assentamentos e populações ribeirinhas em Mato Grosso do Sul.

Nessa Reserva, 28 índios e lideranças indígenas participaram do curso do Ibama. Após o curso eles vão preparar atividades e ações de proteção e prevenção de problemas ambientais dentro da própria Reserva. Durante o curso eles foram capacitados através do aprendizado de conceitos básicos de meio ambiente e educação ambiental, manejo de flora e fauna e legislação ambiental.

Por causa das tradições desse povo e de sua atuação nas frentes de combate durante a guerra do Paraguai, o governo brasileiro decidiu reconhecer a ajuda dos kadwéus na guerra, com a doação da área da reserva para o seu povo. Isto foi feito de início pelo Rei Dom Pedro II. Em 1984 o governo homologou as terras dos Kadwéus e estabeleceu a área legal da Reserva que ocupa 538.536,7 mil hectares próximos ao Parque da Serra da Bodoquena, no sudoeste de Mato Grosso do Sul.

Segundo a Funai os Guyaikuru-Kadwéu, representados hoje no Brasil por pouco mais de mil índios (1041), são conhecidos também como índios cavaleiros por terem domínio sobre as técnicas de montaria e originalmente foram extremamente belicosos. Ocupam uma das primeiras reservas demarcadas em Mato Grosso do Sul. Na reserva habitam também 551 índios das etnia Kadwéu, Kinikináo e Terena.

Para David Lourenço, Superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul esta área do Pantanal do Nabileque é uma área estratégica para o Instituto não só pela biodiversidadade existente nessa faixa de remanescentes de Mata Atlântica como também por suas dimensões e proximidade com o Parque Nacional da Serra da Bodoquena que se localiza ao lado da área da reserva.
Mariza Pontes de Oliveira
Ascom Ibama/MS
Mapa: geoprocessamento Ibama/MS

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Operação Bacajá embarga mil hectares de terras e aplica R$ 5 milhões em multas, no Pará

Belém (24/11/2009) – Fiscais do Ibama na Operação Bacajá embargaram cerca de mil hectares de áreas desmatadas ilegalmente e aplicaram mais de R$ 5 milhões em multas em sete municípios ao longo da Rodovia Transamazônica, no Pará. Os agentes ainda apreenderam cinco caminhões, quatro tratores, dez motosserras, armas e identificaram 13 serrarias fantasmas durante os trinta dias de ação, entre os dias 21 de outubro e 19 de novembro.

Todas as empresas falsas foram bloqueadas no Sisflora, o sistema de controle do fluxo de madeiras e subprodutos florestais da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará. “Agora elas não poderão mais ser utilizadas para esquentar madeira ilegal. Quem vendeu ou comprou das serrarias fantasmas também será punido e bloqueado“, diz o Chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama em Belém, Paulo França.

Com o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental de Belém, a Operação Bacajá começou por Uruará e terminou em Tucuruí, passando pelos municípios de Medicelândia, Brasil Novo, Altamira, Senador José Porfírio e Anapu. Os agentes combateram principalmente pontos de desmate revelados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real - Deter, projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Aeroespaciais - Inpe que monitora a Amazônia Legal.

“As imagens de satélite mostraram um grande foco de desflorestamento, com aumento nas derrubadas a partir de agosto”, explica França, acrescentando que os muitos rios da região ajudam a escoar a madeira ilegal.

Na Operação Bacajá também foi identificada exploração ilegal dentro da Floresta Nacional - Flona de Caxiuanã, a mais antiga da Amazônia Legal, localizada no noroeste do estado. A fiscalização interrompeu o corte em 30 hectares de florestas, aplicou cerca de R$ 40 mil em multas e apreendeu quatro motosserras. Três homens foram presos por portar armas sem licença, entre elas uma espingarda calibre 12. Todos também foram multados em R$ 3 mil cada, por entrar na área protegida com instrumento próprio para a caça, como prevê o artigo 92 do Decreto 6514, de 2008.
Nelson Feitosa
Ascom Ibama

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Procuradoria Federal do Ibama garante Operação Boi Pirata II

Brasília (17/11/2009) – A Procuradoria Federal do Ibama obteve decisão do TRF que mantém a multa, a apreensão de bovinos e o embargo aplicados pela Operação Boi Pirata II contra o pecuarista Sílvio Adriano Gonçalves Queirós, que ocupa área dentro da Floresta Nacional do Jamanxim. O gado apreendido, que havia sido doado ao Ministério do Desenvolvimento Social, agora poderá ser efetivamente destinado aos programas sociais do governo. O pecuarista havia obtido liminar da Justiça Federal em Santarém, suspendendo a multa e o embargo de atividades na unidade de conservação.

A Procuradoria Federal Especializada junto ao Ibama apresentou um agravo de instrumento contra a liminar, que foi acolhido pelo TRF. Em sua decisão, a Desembargadora Federal Selene Maria de Almeida considerou que “o meio ambiente não tem à disposição todo o tempo do mundo para aguardar uma eventual condenação do infrator. Ademais, o dano ambiental não pode, em circuntância alguma, valer a pena para o devastador.”

A decisão da Desembargadora foi calcada no princípio da precaução e da prevalência do direito coletivo sobre o direito privado. “Entendo, portanto, que deve ser privilegiado o princípio da precaução, especialmente estando em jogo a incolumidade do meio ambiente, que está sob o risco de danos irreversíveis à fauna e à flora. Ademais, não se justifica a proteção a direito individual em detrimento do direito coletivo”, afirma a relatora na decisão do pedido de agravo de instrumento.

Para o coordenador geral de fiscalização do Ibama, Bruno Barbosa, “o principal motivo do desmate, hoje, é a pecuária extensiva, apreender gado de desmatador que comete crime para lucrar foi a tática mais eficiente que o Estado Brasileiro desenvolveu para dissuadir aqueles que ilegalmente transformam a floresta em pasto.”

Barbosa afirma que a tática vai continuar, “o Brasil obteve uma vitória consagradora ao baixar o desmatamento da Amazônia em mais de 40% em comparação com os resultados do período 2007/2008, e a razão mais evidente disso foi a Operação Boi Pirata I do Ibama, realizada na Estação Ecológica da Terra do Meio em junho de 2008.”

“O Ibama continua trabalhando para que os resultados positivos que esperamos obter em 2010 se concretizem. Nesta linha, ter o Judiciário do lado do Ibama nesta importante batalha, conforme decisão obtida pela Advocacia Geral da União por meio de sua Procuradoria Federal Especializada junto ao Ibama no agravo apresentado ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, nos traz a tranquilidade necessária para continuar perseverando na luta pela proteção ambiental”, concluiu Barbosa.
Ascom Ibama


 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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