ÁREAS PROTEGIDAS PODEM EVITAR EMISSÃO DE 300 BILHÕES DE TONELADAS DE CARBONO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2009

8 de Dezembro de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A manutenção de áreas protegidas pode contribuir significativamente para a mitigação de gases de efeito estufa, segundo relatório lançado hoje (8) por organizações ambientalistas internacionais durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) em Copenhague.

De acordo com a publicação, cerca de 15% do estoque mundial de carbono terrestre está armazenado nessas áreas, e a preservação pode evitar a emissão de pelos menos 300 bilhões de toneladas de gases estufa.

Além de manter o carbono longe da atmosfera, as áreas protegidas têm outras funções no enfrentamento das mudanças climáticas, como a redução de impactos de eventos extremos como enchentes, deslizamentos de terra e tempestades. O fornecimento de água potável, a manutenção da biodiversidade e a regulação do clima também estão entre os serviços ambientais prestados pelas áreas protegidas listados no relatório.

As organizações, entre elas o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Banco Mundial, o WWF e a The Nature Conservancy (TNC), argumentam que a preservação de áreas protegidas deve ser reconhecida como uma ação relevante de redução de emissões, com garantia de financiamento internacional.

A inclusão de um instrumento para compensar financeiramente a manutenção de florestas, o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), deve estar entre os pontos do novo acordo climático global, que deve ser definido em Copenhague para complementar o Protocolo de Quioto após 2012.

O Brasil é um dos maiores interessados na compensação financeira da redução do desmatamento, já que as derrubadas são responsáveis por cerca de metade das emissões nacionais de gases de efeito estufa. De acordo com o relatório lançado hoje, somente na Amazônia brasileira, a manutenção de áreas protegidas pode evitar a emissão de 8 bilhões de toneladas de carbono até 2050.

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Brasil teme manobra para derrubar financiamento contra aquecimento global

7 de Dezembro de 2009 - Roberto Maltchik - Enviado Especial EBC - Copenhague (Dinamarca) - As negociações do primeiro dia da 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) puseram em alerta o Brasil e outras nações pobres e em desenvolvimento que participam das discussões. O G77, bloco de países composto por 77 nações, entre as quais o Brasil, a Índia e a África do Sul, teme que esteja em andamento uma manobra para limitar o financiamento dos países ricos às ações para tornar ambientalmente sustentável o crescimento econômico nas próximas décadas.

O receio é fundamentado pelo avanço da recente proposta de estabelecer como acordo, aqui em Copenhague, a destinação de U$ 30 bilhões para as ações de mitigação nos próximos três anos. A tese, defendida pelo Brasil, é de que esse é apenas um compromisso de curto prazo. Para que se chegue a um entendimento, seria preciso bater o martelo sobre o investimento previsto para os próximos dez anos.

“A tendência dos países em desenvolvimento é não se comprometer apenas com um dinheiro inicial que vai durar só até 2012. Já que a mudança do clima é um problema urgente e o desafio é de longo prazo, o financiamento também tem que ser urgente e de longo prazo”, garante o negociador chefe do Brasil, Luís Alberto Figueiredo.

De acordo com o Banco Mundial, o combate ao aquecimento global demanda investimentos anuais de até U$ 270 bilhões. O próprio secretário-geral da conferência, Yvo de Boer, afirmou que, além do investimento de curto prazo, é preciso assegurar outras “centenas de bilhões de dólares” para que a negociação seja bem sucedida.

O pesquisador Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, lembra que esse dinheiro é fundamental para os países insulares da África e da Ásia, ameaçados diretamente pelo aumento do nível dos oceanos provocado pelo degelo dos polos.

“Não acredito que este seja um dinheiro que deva ser utilizado pelo Brasil para combater o desmatamento da Amazônia”, adverte.

No entanto, o governo brasileiro acredita que esses recursos devem estimular os chamados Redás, projetos para permitir que os donos de terras na floresta invistam em serviços ambientais, como o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas.

O cientista chefe da organização não governamental Oceana, Mike Hirshfield, residente nos Estados Unidos, admite que a COP-15 corre efetivamente o risco de ficar sem acordo por causa do impasse sobre o financiamento. “Essa realmente é uma preocupação que deve ser levada em conta pelos países em desenvolvimento”, alerta.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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