DECRETO SIMPLIFICA REGULARIZAÇÃO DE RESERVAS EM TODOS OS BIOMAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2009

15/12/2009 - Cristina Ávila - O diretor do Departamento de Florestas do MMA, João de Deus Medeiros, explicou nesta terça-feira (15/12) que estão previstas em lei algumas possibilidades para a sobreposição das reservas legais com as Áreas de Preservação Permanente (APPs). Segundo ele, a sobreposição deve porém respeitar características especiais previstas no Código Florestal Brasileiro.

No código está explicitado que devem ser conservadas 35% das áreas nativas do Cerrado, 80% na Amazônia e 20% no resto do País. Os números referem-se a parcelas dos imóveis que não podem ser desmatadas, independentemente de serem ou não contínuas. Essas reservas não podem, porém, ser confundidas com as APPs, que são para a proteção de recursos naturais, como áreas de encostas ou margens de rios, por exemplo.

O Programa Mais Ambiente, assim chamado o Decreto 7029/09, determina a regularização de reservas ambientais em imóveis rurais em todos os biomas brasileiros, com os mesmos percentuais já previstos pelo Código Florestal. As áreas a serem conservadas com vegetação nativa devem ser mapeadas e averbadas em cartório até 11 de junho de 2011. A legislação, porém, oferece tratamento diferenciado para pequenos e grandes proprietários.

João de Deus afirma que há diferenças nas possibilidades de sobreposição das APPs e reservas nos mapas de imóveis conforme seu tamanho e localização. Para as pequenas propriedades, há a possiilidade de sobrepor grade parte das areas de APP no cômputo da reserva legal.

O diretor de Florestas diz que as pequenas propriedades não causam impactos ambientais expressivos, e que, ao editar o novo decreto, o governo federal se preocupou com as grandes propriedades, onde de fato acontecem os grandes desmatamentos. Assim, nos grandes imóveis essa sobreposição será possível apenas se a soma dos dois tipos de áreas de proteção for superior a 80% na Amazônia ou 50% nas demais regiões.

"Se formos contar as propriedades com até 150 hectares em todo o país, elas são 96,7% do total dos imóveis rurais e 23% do território total desses imóveis - o que não chega a 10% do território nacional", explica João de Deus. O Código Florestal conceitua a pequena propriedade de acordo com a sua localização. Tem até 150 hectares na Amazônia, 50 hectares no Polígono da Seca e 30 hectares em outras regiões do país. "A lógica do 'nada pode' é contrainformação dos que ideologicamente são contrários à conservação ambiental", diz o diretor. Segundo ele, o Programa Mais Ambiente atende demandas dos próprios proprietários de pequenos imóveis e foi amplamente debatido com sindicatos e federações de trabalhadores rurais.

O programa prevê a averbação dos imóveis rurais até 11 de junho de 2011. A partir desta data, os proprietários que não regularizaram suas reservas serão notificados e terão 180 dias para tomarem providências. Se não o fizerem, serão penalizados com multas diárias. A averbação em cartório será gratuita para pequenas propriedades. As reservas que estiverem degradadas devem ser recuperadas, até 2031 prazo determinado pelo Código Florestal. O governo federal oferece assistência técnica para proprietários de pequenos imóveis.

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Minc defende emprego verde em painel do Pnuma

17/12/2009 - Ronie Lima - Em palestra no painel Economia Verde: Implementando um Novo Acordo Climático, promovido na COP15 pelo Pnuma e pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), em Copenhague (Dinamarca), o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que graças à perspectiva de criação de empregos verdes o Governo Federal foi convencido a "estabelecer metas ousadas" de redução de CO² até 2020, entre 36,1% e 39%.

Segundo Minc, "a maior parte" do governo temia que o estabelecimento de "metas mais ousadas" implicaria "no sacrifício das pessoas e de empregos". No entanto, continuou o ministro, "mostramos que seriam criados milhões de empregos verdes na indústria e na agricultura".

Um dos eventos paralelos às discussões oficiais da COP15, o painel foi presidido pelo diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, que elogiou o empenho brasileiro na criação dos chamados empregos verdes. Em sua fala, o ministro do Meio Ambiente deu alguns exemplos de setores que irão empregar mais gente, fazendo com que "as metas ousadas de redução das emissões" de gases-estufa sejam atingidas.

Na agricultura, com o emprego de técnicas de plantio direto, "você cria mais empregos, emitindo menos". Ao garantir preços mínimos para dez produtos extrativistas da Floresta Amazônica, como o babaçu e a borracha, o governo está incentivando a criação de empregos no setor. Com o chamado "aço verde", produzido a partir de carvão vegetal oriundo do plantio econômico de árvores, também serão criados mais empregos, reforçando-se a preservação das florestas nativas brasileiras.

O ministro deu ainda o exemplo de recente leilão de energia eólica, promovido pelo governo, para a produção de 1.800 MW de energia, que implicará na triplicação da capacidade de produção de eólica, criando-se também mais empregos.

Ao ouvir as falas de Minc e de outros ministros ambientais convidados para o painel, Steiner lembrou que os empregos verdes estão crescendo em todo o mundo e que, atualmente, não existe "propriamente uma questão de criar uma economia verde, mas sim de torná-la visível".


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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