LIÇÕES DE COPENHAGUE

Panorama Ambiental
Porto Alegre (RS) – Brasil
Dezembro de 2009

(22/12/2009) O mundo esteve com as atenções voltadas para Copenhague nas últimas duas semanas, em uma inequívoca demonstração de que o ambiente, se ainda não é a pauta prioritária dos governos, é tema essencial para a humanidade. A COP 15 ficou aquém das expectativas, mas obteve, na mobilização mundial, seu único grande consenso. Hoje se sabe que a questão ambiental é componente basilar para qualquer processo de desenvolvimento. Não é mais possível planejar as metrópoles ou enfrentar a miséria, por exemplo, sem que isso passe, necessariamente, pelos cuidados ambientais.

Importante também foi a postura assumida, na Conferência, pelos países em desenvolvimento, abandonando o papel de “coitadinhos”. Emergente, o Brasil adotou posição estratégica ao se dispor a investir para auxiliar os países pobres e ao reiterar a meta brasileira de redução das emissões poluentes entre 36,1% e 38,9% até 2020. Ficou evidente a necessidade de superar-se o debate sobre as responsabilidades do passado e do futuro, devendo prevalecer o compromisso coletivo pelo bem maior da humanidade. Neste sentido, o papel dos emergentes é imprescindível no processo de enfrentamento às mudanças climáticas, pois eles não carregam a culpa dos países ricos nem assumem a posição de “vítima” das nações pobres. Assim como as responsabilidades e o comprometimento devem se dar entre todas as nações, no âmbito dos estados e municípios as ações devem ser contínuas, crescentes e ter a participação de toda a sociedade.

Ao final, restou à COP 15 produzir as discussões políticas e as diretrizes para um acordo real que definirá como os países atuarão para reduzir as emissões de gases-estufa após 2012, quando encerra-se o primeiro período do compromisso do Protocolo de Kioto. Assim, em 2010, no México, quando as Nações Unidas promoverem a 16ª Conferência para o Clima, faremos um grande movimento internacional pelo estabelecimento dos compromissos, para que não se tenha, novamente, um ano transcorrido sem que os países deem a devida importância para o tema, a exemplo do que ocorreu nestes dois anos após a COP 13, de Bali. Lá ficou resolvido que o acordo seria buscado, impreterivelmente, em Copenhague, o que, lamentavelmente, não se confirmou.
Berfran Rosado
Secretário de Estado do Meio Ambiente

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Obama frustrou expectativas na COP15

(18/12/2009) Há dois dias, o secretário estadual do Meio Ambiente, Berfran Rosado, acreditava que a chegada do presidente norte-americano, Barack Obama, à COP15 representava mais chances de definição de acordo, sobretudo na criação do fundo global para medidas de adaptação e redução das emissões dos gases de efeito estufa. Contudo, após a fala do mandatário dos Estados Unidos, o secretário está convencido de que as grandes negociações ficarão para 2010. “Imaginava-se que Obama avançaria em relação ao que sua secretária de estado, Hillary Clinton, já havia anunciado, mas o presidente foi por demais cauteloso”, declarou, lembrando que Hillary afirmou que os EUA participariam de um fundo que financie US$ 100 bilhões ao ano, a partir de 2020.

Berfran aponta que Obama condiciona a participação no fundo para auxiliar os países mais pobres à medição e controle das metas de cada um dos países. Obama entende que deva haver acesso às informações sobre o andamento dos programas executados para todos contribuam financeiramente, mas com a garantia da implementação das metas e sua real efetivação.

O secretário do RS acredita que esta é grande deficiência que pode gerar um impasse, visto que a verificação do cumprimento das metas é de difícil controle, e a China já declarou que não aceita esta restrição. “Se não houver, em seguida, uma grande articulação, a COP15 terá como saldo uma grande frustração e, novamente, as decisões ficarão postergadas”, lamentou Berfran. Para o secretário ainda que este seja o cenário, fica claro que na COP15 discute-se as políticas e as diretrizes para os acordos, os quais necessitarão num segundo momento de mobilização para o cumprimento do que ficar estabelecido.
ASSECOM SEMA
Coordenação e texto: Jornalista Lurdes Nascimento


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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