SERRA DAS CONFUSÕES SERÁ O MAIOR PARQUE DO BIOMA CAATINGA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2010

11/02/2010 - Numa das paisagens mais deslumbrantes do Piauí, o Parque Nacional da Serra das Confusões se tornará, a partir de março, a maior unidade de conservação da Caatinga ao incorporar aos seus quase 5,5 mil hectares parte da área da Serra Vermelha. Situado ao sul do estado em um bioma de transição com o Cerrado, o Parque preserva, ainda, sítios históricos de valor inestimável, além de ser um importante destino turístico do Nordeste.

Um acordo entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Governo do Piauí, que vinha sendo costurado desde 2008, foi fechado nesta quarta-feira (10/2) entre o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o governador do Piauí, Wellington Dias, em reunião no MMA com o presidente do ICMBio, Rômulo Mendes.

Com isso, as áreas de maior altitude da Serra Vermelha passam a integrar a área protegida, e a agropecuária poderá explorar as áreas mais baixas. O decreto ampliando o Parque deverá ser assinado no início de março pelo presidente Lula.

O entendimento prevê, ainda, a incorporação da reserva legal de 20% das propriedades, como é previsto pelo Código Florestal para o bioma Caatinga, pelo Parque. A medida é destinada a atender aos produtores que atuam no entorno daquela Unidade de Conservação e assegurar uma área maior para a produção.

O memorial descritivo da área está em fase de conclusão pelo ICMBio. Documento que servirá para definir, além do território a ser incorporado ao parque, a Área de Preservação Permanente (APP) para os pequenos, médios e grandes produtores da região. O Instituto já identificou a área de concentração prioritária para a produção na região de Novo Horizontina. A estimativa inicial é ampliar o Parque Serra das Confusões em 270 mil hectares, número que depende da conclusão do memorial.

Peixe Boi - Na reunião também foi discutida a criação no Piauí de um Refúgio da Vida Silvestre, na região litorânea de Cajueiro da Praia, no estuário do Rio Timona. A expectativa é que o Governo aproveite que 2010 foi declarado pela ONU como "Ano Internacional da Biodiversidade" para anunciar a medida. Pesquisadores identificaram a área como o único ponto no País onde o peixe boi marinho - uma das espécies brasileira mais ameaçadas de extinção - consegue se reproduzir naturalmente.

Segundo Rômulo Melo, os entendimentos são no sentido de compatibilizar as atividades turísticas à necessidade de conservação do peixe boi marinho. "Estamos discutindo com o Governo do Estado a possibilidade de ajustarmos os limites propostos originalmente, de forma a ampliarmos a conservação e ainda ser viabilizado o turismo, no que diz respeito à indústria hoteleira", disse.

Clima - Durante o encontro, o governador do Piauí ainda entregou ao ministro documento com sugestões de medidas preventivas para o semiárido que possam ser especificadas no decreto de regulamentação do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, que está em elaboração por vários ministérios, sob a coordenação da Casa Civil, desde que foi sancionado pelo presidente Lula em dezembro do ano passado.

Entre as ações sugeridas estão a proteção da fertilidade do solo, projetos de microbacias, mudanças do sistema de produção agrícola, planos de prevenção de erosão em períodos de cheias após longas estiagem, e outras iniciativas. "É mais barato impedir a degradação do que recuperar, sem contar o que se perde de qualidade de vida para a população e para a produção agrícola", realçou o ministro Minc.

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Regularização ambiental de imóveis rurais é discutida em Brasília

10/02/2010 - Aida Feitosa - O Cadastramento Ambiental Rural é um instrumento básico e fundamental para o Programa Mais Ambiente, criado por decreto do presidente Lula em dezembro de 2009, que vai fornecer recursos públicos para a regularização ambiental dos imóveis rurais. A afirmação é do secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Egon Krackeke,ao participar da oficina de subsídios para a implementação do Cadastramento Ambiental Rural (CAR). Os secretários estaduais de Meio Ambiente da Amazônia Legal e representantes do Ministério do Meio Ambiente se reuniram, nesta quarta-feira (10/02), em Brasília, para discutir os principais desafios para implementação do cadastro.

O cadastro ambiental rural (CAR) é um sistema eletrônico de identificação georreferenciada da propriedade rural ou posse rural, contendo a delimitação das áreas de preservação permanente, da reserva legal e remanescentes de vegetação nativa localizadas no interior do imóvel, para fins de controle e monitoramento. Segundo a maioria dos secretários presentes, o principal desafio é a adesão dos produtores ao sistema pelo alto custo do levantamento dos dados exigidos e pela insegurança jurídica gerada pelas grandes ameaças do Congresso Nacional em alterar o Código Florestal.

Para a secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito, a preocupação ambiental não é só estadual ou federal, é mundial. "Em nível global, está sendo discutido o Mecanismo de Desenvolvimento Verde. Em breve, não será possível ter relações comerciais com outros países sem implementar o CAR", disse a secretária, divulgando 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade instituído pelas Nações Unidas.

Segundo o diretor do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento, Mauro Pires, o CAR faz parte do contexto de políticas governamentais de comando e controle e de desenvolvimento sustentável que foram responsáveis pela queda significativa do desmatamento na Amazônia nos últimos anos que reduziu de 27 mil Km2 em 2004 para 7.008 km2 em 2009.

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Minc diz que desmatamento na Amazônia está controlado

09/02/2010 - Aida Feitosa - "Pela primeira vez o desmatamento na Amazônia está controlado. Nós não vamos voltar aos índices de destruição anteriores", disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ao destacar que o trabalho articulado dos ministérios do Meio Ambiente e da Justiça foi o responsável pela antecipação em cinco anos da meta de redução continuada do desmatamento na Amazônia que o Brasil enviou para a Organização das Nações Unidas.

O ministro do Meio Ambiente, juntamente com o ministro da Justiça, Tarso Genro, assinaram, nesta terça-feira (9/2), proposta de projeto de lei que cria o Fundo de Proteção Ambiental e a Comissão Interministerial no Combate aos Crimes e Infrações Ambientais (Ciccia). O ministro Carlos Minc anunciou ainda que a Comissão vai trabalhar para a queda do desmatamento nos biomas Cerrado e Caatinga, além da Amazônia.

O ministro da Justiça ressaltou que a Ciccia teve um impulso vital do presidente Lula e o apoio de todos os servidores envolvidos. "Trabalho interministerial no Brasil é muito difícil, mas, agora, nossas políticas são o braço armado do bem verde", explicou Tarso Genro. A comissão une esforços do Ibama, Instituto Chico Mendes, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Agência Brasileira de Inteligência e Sistema de Proteção da Amazônia de forma continuada.

"A integração cria um todo que é maior que a soma das partes", explicou Carlos Minc, ressaltando ainda que o Brasil e o presidente Lula tiveram participação destacada na reunião de Copenhagen, em grande parte, pelo trabalho da Ciccia que foi fundamental para as sucessivas quedas da taxa de desmatamento na Amazônia.

O projeto de lei que será enviado ao Congresso vai formalizar o Fundo de Proteção Ambiental e criar fontes fixas de financiamento para equipar e estruturar os órgãos de segurança pública e de fiscalização. Ao entrar em vigor, a lei vai revogar a portaria que instituiu a Comissão Interministerial no Combate aos Crimes e Infrações Ambientais (Ciccia). A Comissão, criada pela lei, terá condições de dar continuidade ao trabalho de articulação entre diversos ministérios e de compartilhamento de banco de dados.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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