PARQUE NACIONAL DAS EMAS VOLTARÁ A
TER CONEXÃO COM RIO ARAGUAIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2010

José Roberto Lima - Brasília (25/02/2010) – Foram mais de três décadas de isolamento físico, mas agora o Parque Nacional das Emas (PNE), importante unidade de conservação do bioma Cerrado em Goiás, voltará a ter conexão com o rio Araguaia.

O responsável por essa iniciativa histórica é o empresário do agronegócio Milton Fries, que está disponibilizando aproximadamente 150 hectares produtivos de sua propriedade, sediada nos limites do PNE, para reflorestamento com espécies nativas daquele ambiente.

Com essa atitude, Fries abre mão da produção ali efetuada ao longo dos anos, para contribuir com a reconstituição de um corredor ecológico.

Milton Fries é um dos proprietários de terras que aderiu ao Prolegal (Programa de Revisão, Regularização e Monitoramento das Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente), assinando Termo de Ajustamento de Conduta previsto na legislação vigente.

O que chama a atenção é que o proprietário está indo além das exigências do TAC, pois ele já se adiantou no cumprimento das metas acordadas via Prolegal, dando início à recuperação do passivo de reserva legal e de preservação permanente. A área colocada agora para recuperação está de acordo com as normas legais, sendo que uma parte produz grãos e a outra é destinada à pecuária.

FRAGMENTAÇÃO – Um dos maiores problemas ecológicos do Cerrado é a fragmentação de seus habitats. Esta ocorrência entre o PNE e o rio Araguaia é um claro exemplo. Os dois ambientes foram isolados a partir da década de 1970 em decorrência de dois fatores que mais contribuíram para a fragmentação do Cerrado por todo o país: a expansão da fronteira agrícola e a construção de rodovias.

O diretor do PNE, Marcos Cunha, analista ambiental do ICMBio, comemora a iniciativa, pois segundo ele “uma conexão que foi relegada quando da regularização fundiária da UC, será restabelecida graças à sensibilidade de um produtor”.

Atualmente, várias propriedades que aderiram ao Prolegal já se encontram em bom estágio de readequação ambiental, contribuindo, portanto, para a melhoria dos aspectos ecológicos daquela região. A expectativa entre todos os que participam diretamente do processo de negociação, é que a decisão do empresário Milton Fries sirva de exemplo para outros proprietários rurais em todo o país.

As instituições parceiras do Projeto Corredor de Biodiversidade do Rio Araguaia, juntamente com Milton Fries, preparam para breve a apresentação oficial do projeto de recuperação da área, que demonstrará de forma concreta que é possível conciliar conservação e produção com sustentabilidade ambiental.
Ascom/ICMBio

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Serra das Confusões no Piauí será o maior parque do bioma Caatinga

Brasília (22/02/2009) – Numa das paisagens mais deslumbrantes do Piauí, o Parque Nacional da Serra das Confusões se tornará, a partir de março, a maior unidade de conservação da caatinga, ao incorporar aos seus atuais 503 mil hectares parte da área da Serra Vermelha. Situado ao sul do estado em um bioma de transição com o cerrado, o parque preserva, ainda, sítios históricos de valor inestimável, além de ser um importante destino turístico do Nordeste.

Um acordo entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Governo do Piauí, que vinha sendo costurado desde 2008, foi fechado pouco antes do carnaval durante reunião no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, da qual participaram o ministro Carlos Minc, o governador do Piauí, Wellington Dias, e o presidente do ICMBio, Rômulo Mello.

Com isso, as áreas de maior altitude da Serra Vermelha passam a integrar a área protegida. A agropecuária poderá explorar as áreas mais baixas. O decreto ampliando o parque deverá ser assinado em março pelo presidente Lula.

O entendimento prevê, ainda, a incorporação da reserva legal de 20% das propriedades, como é previsto pelo Código Florestal para o bioma caatinga, pelo parque. A medida é destinada a atender aos produtores que atuam no entorno daquela Unidade de Conservação e assegurar uma área maior para a produção.

O memorial descritivo da área está em fase de conclusão pelo ICMBio. Documento que servirá para definir, além do território a ser incorporado ao parque, a Área de Preservação Permanente (APP) para os pequenos, médios e grandes produtores da região. O Instituto já identificou a área de concentração prioritária para a produção na região de Novo Horizontina. A estimativa inicial é ampliar o Parque Serra das Confusões em mais de cerca de 300 mil hectares, número que depende da conclusão do memorial.

PEIXE-BOI – Na reunião também foi discutida a criação no Piauí de um Refúgio de Vida Silvestre, na região litorânea de Cajueiro da Praia, no estuário do Rio Timona. A expectativa é que o governo aproveite que 2010 foi declarado pela ONU como "Ano Internacional da Biodiversidade" para anunciar a medida. Pesquisadores identificaram a área como o único ponto no País onde o peixe boi marinho – uma das espécies brasileira mais ameaçadas de extinção – consegue se reproduzir naturalmente.

Segundo Rômulo Mello, os entendimentos são no sentido de compatibilizar as atividades turísticas à necessidade de conservação do peixe-boi marinho. "Estamos discutindo com o Governo do Estado a possibilidade de ajustarmos os limites propostos originalmente, de forma a ampliarmos a conservação e ainda ser viabilizado o turismo, no que diz respeito à indústria hoteleira", disse.

CLIMA – Durante o encontro, o governador do Piauí ainda entregou ao ministro documento com sugestões de medidas preventivas para o semiárido que possam ser especificadas no decreto de regulamentação do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, que está em elaboração por vários ministérios, sob a coordenação da Casa Civil, desde que foi sancionado pelo presidente Lula em dezembro do ano passado.

Entre as ações sugeridas estão a proteção da fertilidade do solo, projetos de microbacias, mudanças do sistema de produção agrícola, planos de prevenção de erosão em períodos de cheias após longas estiagem, e outras iniciativas. "É mais barato impedir a degradação do que recuperar, sem contar o que se perde de qualidade de vida para a população e para a produção agrícola", realçou o ministro Minc.
Ascom/MMA


 

ICMBio - Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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