MINC ASSUME COMPROMISSO DE LUTAR PELO DESENVOLVIMENTO DE SEMINÁRIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2010

04/03/2010 - Gerusa Barbosa - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assumiu nesta quarta-feira (3/3) o compromisso de lutar pelo desenvolvimento sustentável do semiárido brasileiro durante a abertura do I Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação (I Ened), em Juazeiro, Bahia.

Em seu discurso, prometeu trabalhar pela aprovação, no Congresso Nacional, da Proposta de Emenda Constitucional que transforma a Caatinga e o Cerrado em patrimônio natural e do projeto que institui a politica nacional de combate à desertificação.

No encontro que segue, em Petrolina, Pernambuco, até sexta-feira (5/3), com objetivo de pactuar compromissos entre os tomadores de decisão para a agenda da desertificação em todas as esferas da sociedade brasileira, Minc voltou a defender que metade dos cerca de R$ 1 milhão anuais do Fundo Clima seja destinada para o Nordeste, para serem aplicados em programas de adaptação e redução de emissões. O ministro afirmou que o Fundo está em processo de regulamentação no Congresso, mas disse considerar importante colher sugestões do encontro para inclusão no texto do decreto.

Minc informou que o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste do Brasil devem apresentar no encontro de Petrolina algumas sugestões importantes para o semiárido. Por exemplo, segundo o ministro, o Banco do Nordeste deve lançar proposta de um Fundo Caatinga, nos moldes do Fundo Amazônia, que aplicará recursos com condições especiais para atividades de valorização sustentável do bioma. Já Banco do Brasil lançará um fundo de combate à desertificação.

"A Caatinga deixou de ser sombra oculta e entrou com força para o cenário nacional", disse Minc ao comentar os números do monitoramento do desmatamento no bioma divulgados pelo MMA nesta terça-feira. Para ele, o Brasil deixou de ser samba de uma nota só ao lembrar que antes só havia monitoramento do desmatamento e metas para a Amazônia. "Já fizemos o plano para o Cerrado e agora para Caatinga", destacou. Ele informou que até o início de maio, o MMA lançará o plano de prevenção e controle do desmatamento da Caatinga, assim como foi feito para o Cerrado e para Amazônia, devendo entrar em consulta pública para receber contribuição da sociedade.

De acordo com os dados do desmatamento na Caatinga, entre 2002 e 2008, o bioma teve 16.576 Km² de seu território destruído. Segundo o ministro, a causa principal de destruição do bioma está ligada à extração da mata nativa para fins energéticos destinados aos pólos gesseiros e cerâmico do Nordeste e até ao setor siderúrgico de Minas Gerais.

O ministro informou sobre uma operação deflagrada pelo Ibama nesta quarta-feira (3/3) a 30 quilômetros de Petrolina para reprimir o desmatamento na Caatinga. Como saldo do dia, haviam sido destruídos 50 fornos de carvão e apreendidos 500 sacos de lenha retirada ilegalmente da vegetação. Para ele, para reverter a situação é necessário pensar uma alternativa de matriz energética diferente para a região, como a energia eólica, gás natural e pequenas centrais hidrelétricas.

Minc aproveitou para lembrar a Carta dos Ventos, documento acordado em junho de 2009, em Natal (RN), com 20 secretários estaduais de Energia, em que foram lançados 12 pontos para alavancar a energia eólica no Brasil. Como um dos pontos do acordo, o presidente Lula assinou a desoneração dos equipamentos (retirada de imposto de turbina, hélice) de energia eólica do leilão realizado em dezembro que vendeu energia futura 1.700 MW. Segundo o ministro, "isso representa duas vezes e meia a energia eólica atualmente instalada no Brasil", destacou.

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Governo e sociedade assumem compromissos para combater a desertificação

04/03/2010 - A criação de fundos de investimentos visando às mudanças climáticas e a revitalização da Caatinga; o fortalecimento e ampliação de programas como o Água para Todos e a garantia de água potável e luz elétrica para todas as escolas do Semiárido brasileiro. Estas são algumas das 90 propostas da agenda político-institucional que está sendo discutida nesta quinta e sexta-feira em Petrolina-PE, durante o I Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação.

O evento, promovido pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional com execução do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura - IICA, foi aberto em Juazeiro (BA) na noite da última quarta-feira (3/3) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e durante a manhã e tarde de hoje (4/3) lotou o auditório do Senai, em Petrolina (PE), com a presença de representantes e especialistas do Governo Federal, de 11 estados, comunidade científica e da sociedade civil.

Para o Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, o Encontro está celebrando o processo de pactuação de compromissos denominado Pacto pelo Desenvolvimento Sustentável do Semiárido Brasileiro, que vem sendo construído a partir de reuniões realizadas no final do na passado e em fevereiro deste ano, com a reunião de Campina Grande (PB).

"O processo de desertificação é resultado de uma combinação de fatores climáticos e de manejo da terra. Hoje, 15% do território nacional sofrem com este problema. Ao final deste encontro, teremos um documento com uma série de ações a serem desencadeadas, já a partir do próximo mês de maio, visando o enfrentamento de desafios como a redução da pobreza e da desigualdade, conservação e manejo sustentável dos recursos naturais e ampliação da capacidade produtiva", adiantou o Secretário.

Para o representante da Articulação do Semiárido -- ASA, Pedro Paulo, a iniciativa foi bastante oportuna, tanto pela importância das propostas como pela participação das entidades em comunhão com os poderes constituídos nas esferas municipal, estadual e federal. "Este trabalho é um ponto de partida. Há muito o que fazer para combater a degradação dos recursos naturais e a ameaça das mudanças do clima".

Entre as propostas discutidas, repercutiu bastante a criação do Fundo Caatinga, que será operacionalizado pelo Banco do Nordeste. Uma iniciativa que vai revitalizar o bioma Caatinga a partir do repasse de recursos para as comunidades, principalmente de produtores rurais das áreas de sequeiro. Outro mecanismo de caráter permanente, que também foi apresentado durante o I Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação, o Fundo de Mudanças Climáticas também gerou muita discussão. Oriundo de recursos da exploração de petróleo, este fundo será gerido pelo Ministério do Meio Ambiente e 50% de todo dinheiro arrecadado será destinado para o Semiárido brasileiro.

Concluir a composição da Comissão Nacional de Combate à Desertificação para que ela cumpra seu papel de fiscalizadora das ações para o Semiárido foi um dos fortes apelos dos participantes do encontro. Presidida pelo ministro do Meio Ambiente, a comissão é integrada por 12 ministérios, sete órgãos federais, 11 governos estaduais, 11 representantes da sociedade civil, um da Anamma e dois representantes de entidades do setor empresarial.
Com Informações da Clas - Comunicação & Marketing


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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