ENERGIA SOLAR PODE MOVIMENTAR BARCOS NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2010

Ademar Reis/Foto - "Voadeiras", utilizadas como meio de transporte na região amazônica. 25/03/2010 - Com suporte do Programa Amazonas de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Micro e Pequenas Empresas na Modalidade Subvenção Econômica (Pappe Subvenção), desenvolvido com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), a empresa K2C Serviço de Consultoria desenvolveu o projeto Voadeira solar: alternativa energética para a movimentação de pequenas embarcações na Amazônia.

Trata-se de um modelo de embarcação que utiliza a energia solar como combustível, por meio de painéis fotovoltaicos (dispositivos utilizados para converter a energia da luz do Sol em energia elétrica) localizados na cobertura do veículo, O propósito do projeto, que tem recursos financeiros na ordem de R$ 128,5 mil, também é avaliar como e para que fins esse modelo de transporte fluvial pode ser aplicado na Amazônia.

Para o engenheiro florestal da empresa, Carlos Gabriel Koury, o apoio conseguido foi essencial para a realização do modelo de voadeira. “O Pappe foi fundamental, pois estávamos com esse projeto engavetado há anos, sem perspectiva de encontrar parceiros que investissem na ideia”, afirmou.

Ele diz que “em primeira escala, visamos atender atividades que são de uso cotidiano no campo e normalmente executados por moradores do interior com rabetas (canoas com motores de popa), como deslocamento de agentes de saúde, professores, agentes de defesa ambiental, agentes de praia que preservam a desova de quelônios (tabuleiros). Todos passariam a se movimentar sem o consumo de combustível e, consequentemente, sem emissão de poluentes”, exemplifica o engenheiro.

Como a empresa destaca a preservação da floresta pela gestão e manejo florestal sustentável e busca valorizar os serviços e produtos que a floresta amazônica promove para o mundo, o modelo utiliza as ferramentas de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), de Estudos para Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e Redução de Emissão de Poluentes por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD).

O projeto também tem o apoio do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), da empresa de embarcações Alegra e do Instituto de Soluções Energéticas Sustentáveis (Ises).

“As placas solares também tornam os passeios mais agradáveis, pois possibilita que os tripulantes se desloquem protegidos do Sol e sem o elevado ruído do motor. Avaliaremos também se o modelo proposto pode servir para passeios turísticos mais silenciosos e sem fumaça, pois, quem já se deparou com rabetas, sabe que a fumaça emitida pelos motores incomoda”, ressalta Koury.

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Cnen informa não haver motivo para fechamento dos poços em Caetité (BA)

25/03/2010 - Em nota técnica divulgada nesta quarta-feira (24), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCT) informa que as concentrações de radiação encontradas nas águas da região de Caetité (BA) não justificam o fechamento dos poços. Os resultados das análises demonstram que as doses de radiação estão abaixo da Norma CNEN NN 3.01 para exposição pública, não havendo perigo para a população local.

A nota foi encaminhada à prefeitura de Caetité, à Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e ao Instituto de Gestão de Águas da Bahia (Inga), que determinou o fechamento de diversos poços no município de Caetité, no final de janeiro, sem levar em conta a portaria do Ministério da Saúde (MS) que, em casos de concentrações mais elevadas de urânio devem ser aplicados os valores estabelecidos pela Cnen.

A Comissão também destaca que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), se os valores estabelecidos para concentração de radioatividade forem excedidos, isso não significa que a água não é adequada para o consumo, mas sim deve ser feita uma investigação mais profunda no local. E mais: que a OMS reviu, em 2004, os limites de radioatividade alfa global, aumentando de 0,1 para 0,5 Bq/L o valor máximo estabelecido.

Segundo a nota, as concentrações mais altas encontradas são de origem natural, por ser Caetité uma região uranífera. A média anual mundial decorrente da exposição à radiação natural é de 2,4 milisieverts/ano, mas dependendo da localização geográfica esse nível pode ser bem superior, como ocorre em Poços de Caldas (MG), que apresenta uma variação de 1,1 a 13 mSv/a. Levantamentos feitos na área de Caetité reportam valores variando entre 0,27 a 3,28 mSv/a.

Desde antes da instalação da unidade, a Cnen tem acompanhado o programa de monitoramento ambiental, incluindo estudos de hidrologia na região. De acordo com a instituição, o potencial de contaminação subterrâneo é minimizado pelas barreiras de engenharia utilizadas pela INB e pelas características das bacias hidrográficas que são semiconfinadas entre si, dificultando o contato de uma água com a outra.

A Cnen explica ainda que a comunidade de Maniaçu e a unidade de produção da INB estão localizadas em bacias hidrográficas distintas, separadas por um importante divisor de água. Além disso, a água dessas bacias percorre caminhos distintos, não sendo possível o contato entre elas; o mesmo ocorre em relação aos poços na comunidade de Juazeiro.

Já as comunidades de Barreiro, Cercadinho e Varginha pertencem à mesma bacia hidrográfica da empresa, contudo, Barreiro fica acima do local onde foi instalada a usina, enquanto Cercadinho e Varginha encontram-se na margem oposta ao deságüe dos córregos que saem da mina.

A Cnen conclui a nota afirmando que a “ocorrência de urânio nas águas subterrâneas é natural, não podendo ser atribuídas à operação da INB e que os riscos à saúde humana associados ao consumo destas águas são baixos, não justificando a manutenção do fechamento desses poços”.


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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