NOVA MINISTRA DO MEIO AMBIENTE É “DILMA VERDE”, DIZ MINC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2010

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (31) ao transmitir o cargo para a nova titular da pasta, Izabella Teixeira, que a ministra é “uma Dilma verde”, em referência à ex-ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que também deixou o governo hoje para disputar as próximas eleições.

“Há quem chame a Izabella de “Dilma verde”. É porque ela é enfática. É uma pessoa 'ecoansiosa' para que as coisas aconteçam”, comparou Minc.

Discreta, mas bem-humorada, Izabella minimizou a comparação. “Temos esse estilo gerencial. Ela é executiva e eu também sou”.

Bióloga e servidora de carreira do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Izabella foi subsecretária do Ambiente do Rio de Janeiro e secretária executiva do Ministério do Meio Ambiente (MMA) na gestão de um ano e dez meses do ministro Minc.

Durante a transmissão do cargo, Minc elogiou muito a sucessora e disse que Izabella foi uma das grandes responsáveis por mediar o debate entre as áreas ambiental e econômica do governo para tirar o MMA do isolamento.

“Muitas coisas que estavam travadas. O Fundo Amazônia, o Fundo Clima, e as metas não aconteciam porque havia uma guerra entre o Meio Ambiente e os outros ministérios”, disse Minc, referindo-se à gestão da ex-ministra Marina Silva.

A administração de Izabella no Ministério do Meio Ambiente deve ser de continuidade. Na agenda para os últimos meses de governo, estão a consolidação da legislação sobre as mudanças climáticas, do Fundo Amazônia e de temas menos consensuais como a reforma do Código Florestal e as alterações nas regras do licenciamento ambiental.

A nova ministra brincou que não irá usar coletes – marca registrada de Minc – e disse que sua lista de prioridades para os próximos meses inclui questões como meio ambiente urbano, parcerias com movimentos sociais ligados à agricultura familiar, preparação para a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Biodiversidade e a regulamentação do Artigo 23 da Constituição Federal, que disciplina formas de cooperação entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios nas ações de proteção ao meio ambiente.

As ações de controle do desmatamento na Amazônia, que renderem bons resultados nos últimos meses, deverão ser estendidas para outros biomas, segundo Izabella. “Temos que avançar no monitoramento e combate ao desmatamento ilegal no Cerrado e na Caatinga. O Meio Ambiente no Brasil vai muito além da Amazônia”, disse.

A nova ministra deve fazer menos aparições públicas que Minc, conhecido na Esplanada dos Ministérios pela exposição midiática.

Em um ano e dez meses de governo, o ex-ministro protagonizou polêmicas com parlamentares, ruralistas, empresários, governadores e ministros. Apesar de ter entrado no governo com a promessa de “não ser apenas um carimbador de licenças”, na gestão Minc, o Ibama liberou centenas de autorizações para empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como as polêmicas licenças para a Usina Nuclear Angra 3 e para a Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA).

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Edição: Aécio Amado
Governo prepara reforma para acelerar licenciamento ambiental
Mariana Jungmann e Luana Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O Ministério do Meio Ambiente deve reformular, até meados deste ano, as regras para concessão de licenças ambientais. De acordo com a secretária executiva do ministério, Isabela Teixeira, o objetivo não é só acabar com a lentidão na liberação de licenças – fator que tem causado incômodos no governo.

“Não é só para agilizar, mas também para colocar foco no processo de licenciamento ambiental. As licenças perderam o rumo, questões sociais, por exemplo, devem ser tratadas nas instâncias sociais”, disse Isabela ao fim da coletiva de apresentação do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), hoje (29).

Ainda segundo a secretária executiva – que assume o ministério na próxima quinta-feira (1°) –, essa reformulação poderá ser feita por meio de decretos, portarias ministeriais e resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). “Não há necessidade de mudar a lei, por isso não enviaremos nada ao Congresso”, explicou.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) havia anunciado na última semana que estava “consolidando a proposta de um conjunto de normas para desburocratizar e qualificar” o licenciamento.

Nota publicada no último dia 23, mas que foi retirada da página do Ibama na internet, informava que a discussão sobre as novas regras envolviam analistas ambientais, pesquisadores, juristas, secretários estaduais de Meio Ambiente e instituições como o Superior Tribunal de Justiça e o Ministério Público Federal.

A expectativa do Ibama é que a reforma diminua os prazos para concessão de licenças e até reduza o custo dos empreendimentos. Além da análise do Ministério do Meio Ambiente, as sugestões do Ibama terão que passar pelo crivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O licenciamento tem sido a tarefa mais polêmica do Ibama. A pressão para concessão de licenças foi um dos motivos apresentados pela ex-ministra Marina Silva para deixar a pasta em 2008 e já rendeu discussões públicas entre o ministro Carlos Minc e colegas de governo, como os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e dos Transportes, Alfredo Nascimento.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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