SELO PARA PRODUTOS DA SOCIOBIODIVERSIDADE DEVE CAIR EM 2010

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2010

25/03/2010 - Ana Flora Caminha - Está em andamento a elaboração de um selo para produtos da sociobiodiversidade, que deverá ficar pronto em 2010. O anúncio foi feito hoje (25/3) pelo gerente de Agroextrativismo da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Júlio César Gomes Pinho, durante apresentação dos resultados de trabalhos que vinculam a conservação e o uso sustentável da biodiversidade aos Territórios da Cidadania, no II Salão dos Territórios, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

O selo, que vai garantir que os produtos seguiram critérios ambientais e sociais, tem o objetivo de aumentar o diálogo entre extrativistas e o setor empresarial e é parte das metas para 2010 do Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade - PNPSB.

Em comemoração ao Ano Internacional da Biodiversidade, o Ministério do Meio Ambiente apresentou um resumo do PNPSB e suas metas para 2010 e também os instrumentos utilizados no Monitoramento da Cobertura Vegetal dos Biomas Brasileiros, como um exemplo de ferramenta para as políticas públicas de gestão da biodiversidade. Participaram da apresentação representantes do MMA, do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA e da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab.

"Hoje eu vivo com mais dignidade, tenho renda e participo da cadeia produtiva do babaçu". Essas foram as palavras de Maria Domingas, quebradeira de coco do Vale do Itapecuru, no Maranhão, em resposta às perspectivas do Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Egon Krakhecke, sobre a importância do PNPSB e da Política de Garantia de Preços Mínimos para produtos da Biodiversidadade - PGPM Bio: "Por cinco séculos, povos e comunidades tradicionais ficaram às margens das políticas públicas, mas o cenário está se modificado e em um futuro próximo poderemos avaliar o significado destas iniciativas, trabalhando para que se transformem em um processo consistente e duradouro", disse o secretário.

Sobre os resultados de 2009, José Adelmar Batista, coordenador de Diversificação Econômica da Secretaria de Agricultura Familiar, do MDA apresentou um resumo da construção do Plano de Produtos da Sociobiodiversidade, lançado em abril de 2009, e dados como o investimento de R$ 5,8 milhões em 29 projetos extrativistas, a emissão de 4650 Declarações de Aptidão ao PRONAF (DAP) até dezembro de 2009 e o investimento de R$ 2,4 milhões na cadeia produtivas da castanha-do-brasil e do babaçu. Os dois produtos foram priorizados na primeira fase do Plano em virtude de sua relevância socioeconômica e ambiental. Juntas as duas cadeias produtivas beneficiam cerca de 500 mil famílias de extrativistas e quebradeiras de coco de 237 municípios em 10 estados brasileiros.

Para Claudia Schafhauser Oliveira, técnica em Sensoriamento Remoto do Departamento de Conservação da Biodiversidade, da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, o grande avanço do Monitoramento da Cobertura Vegetal dos Biomas Brasileiros e sua relação com o PNPSB foi trazer informações que ajudam a subsidiar políticas públicas voltadas ao uso sustentável dos biomas, estimulando a adoção de alternativas que garantam o desenvolvimento sustentável. Foram apresentados os dados já divulgados pelo MMA do desmatamento do Cerrado e da Caatinga no período de 2002-2008 e a expectativa de lançamento dos dados de Pampa, Pantanal e Mata Atlântica até abril.

O Plano Nacional de Promoção das Cadias de Produtos da Sociobiodiversidade foi criado para promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e garantir alternativas de geração de renda para as comunidades rurais, por meio do acesso às políticas de crédito, assistência técnica e extensão rural, a mercados e aos instrumentos e comercialização e à Política de Garantia de Preços Mínimos, que busca a garantia de sustentação de preços de alguns produtos extrativistas como a castanha-do-brasil, amêndoa de babaçu, borracha natural, o fruto do açaí, do pequi, a cera da carnaúba e a fibra da piaçava.

O II Salão Nacional dos Territórios Rurais - Territórios da Cidadania em Foco, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), termina hoje (25/03) e buscou ser um espaço de expressão do protagonismo dos atores sociais dos territórios rurais brasileiros.

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Cana-de-açúcar vira matéria-prima para fabricação de garrafa PET

25/03/2010 - Carine Corrêa - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou nesta quinta-feira (25/3), no Rio de Janeiro, do lançamento da primeira garrafa PET feita a partir da cana-de-açúcar. Devido à origem parcialmente vegetal (30% à base da cana), a embalagem contribui para a diminuição de até 25% nas emissões de CO² geradas pela Coca-Cola, autora da iniciativa, e pode ajudar a impulsionar o setor sucro-alcooleiro no Brasil.

O ministro elogiou a iniciativa: "Espero que outras empresas sigam iniciativas como esta, reduzindo o uso de materiais de origem fóssil e investindo em embalagens recicláveis". Para Minc, o país está preparado para a expansão do etanol sem prejudicar a produção de alimentos. "Não haverá plantio de cana em áreas destinadas à produção de alimentos", garantiu.

De acordo com a empresa, a nova garrafa tem comercialização prevista para abril nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Porto Alegre. Inicialmente, a versão ecológica será feita nas embalagens de 500ml e 600ml.

Sem mudança de propriedades químicas, cor, peso ou aparência em relação ao PET convencional, a PlantBottle, como está sendo chamada a nova embalagem, é 100% reciclável e vai participar da cadeia de reaproveitamento de materiais no País. Hoje, 55% das garrafas PET são recicladas. A previsão é de que, em 2010, a produção das PlantBottle resulte na redução do uso de mais de cinco mil barris de petróleo.

O Brasil é um dos primeiros mercados a adotar a PlantBottle e há a expectativa de que outros fabricantes e países possam aderir à iniciativa, que em todo o mundo será fabricada a partir do etanol brasileiro. Segundo os dirigentes da Coca-Cola, a cana-de-açúcar utilizada para produzir as garrafas provém de fornecedores auditados, que utilizam essencialmente a irrigação natural (chuva) e a colheita mecânica.

O plástico da embalagem é produzido a partir da reação química de dois componentes: MEG (monoetileno glicol), responsável por 30% de seu peso, e PTA (ácido politereftálico), responsável pelos 70% restantes.

O lançamento da garrafa também está alinhado com a campanha "Consumo Consciente de Embalagens", do Ministério do Meio Ambiente. A campanha oficial tem cunho educacional e sugere atitudes e boas práticas para consumidores e empresas, no sentido do uso cada vez mais racional, consciente e responsável das embalagens.

Também compareceram ao lançamento o presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), Marcos Jank, e a gerente de Operações do Instituto Akatu, Heloisa Mello.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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