SERVIÇO FLORESTAL DIVULGA ÍNDICE DE PREÇO DE MADEIRAS TROPICAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2010

26/03/2010 - O preço das madeiras tropicais comercializadas no país apresentou alta no mês de janeiro. O dado inédito vem do Índice de Preços de Madeiras da Amazônia (IPMA) elaborado pelo Serviço Florestal Brasileiro.

O IPMA, que em janeiro foi de 1,091, tem como referência o primeiro mês em que os preços foram levantados, ou seja, outubro, cujo índice é considerado 1.

Segundo a diretora do Serviço Florestal Brasileiro, Thaís Linhares Juvenal, a alta reflete o aumento dos preços das espécies de madeira de baixo e médio valor, que foram as mais comercializadas no período. As praças Belém-Brasília e Cujubim foram as que mais contribuíram com a elevação por terem a maior produção em janeiro.

Além disso, a diminuição da oferta de madeira também influenciou a variação. O volume processado diminuiu 15%, reflexo do período mais intenso de chuvas na maioria das praças da Amazônia. Assim, acredita-se que esta diminuição da oferta foi determinante para o aumento dos preços da madeira em tora na Amazônia, diz.

Em novembro, o IPMA foi de 1,031 e, em dezembro, de 0,975.

Contratos - Conhecer a variação de preços da madeira é importante para que o Serviço Florestal determine as taxas de reajuste dos contratos de concessão florestal, que duram até 40 anos. O índice vai incidir anualmente sobre o preço que a empresa vencedora da licitação se propôs a pagar ao governo pelo metro cúbico de madeira.

Esse levantamento permite que tenhamos um índice específico do setor madeireiro da Amazônia. A partir da sua consolidação, passará a ser o índice para o reajuste do preço das concessões, cujo principal produto é a madeira, afirma a diretora.

Metodologia - O cálculo do IPMA envolve duas etapas. Uma delas consiste em levantar informações sobre o volume de madeira autorizado para corte junto aos órgãos ambientais, por meio do Documento de Origem Florestal (DOF) ou Sistemas de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora).

Esses dados permitem conhecer as espécies de madeiras mais relevantes em cada uma das 15 praças em um total de 113 municípios mais representativas do mercado madeireiro na Amazônia Legal. Cada praça pode reunir pólos madeireiros de mais de um estado, como é o caso da Estuário, que reúne parte do Pará e o Amapá.

Na outra etapa, é realizado o levantamento do preço que serrarias, faqueadoras e laminadoras pagam pela madeira em tora no pátio. A pesquisa busca informações sobre as espécies que correspondam a, no mínimo, 70% do volume total processado no mês. Para garantir dados consistentes, a amostra é composta por 20% a 25% das empresas madeireiras em cada praça, o que corresponde atualmente a mais de 1 mil estabelecimentos.

Apesar de o IPMA ser formado a partir dos dados coletados em 15 praças, cada uma tem um peso diferenciado na composição do índice de acordo com o volume de madeira consumido em cada uma.

Os índices serão divulgados no site do Serviço Florestal, em www.florestal.gov.br.
Índice mensal e mapa das praças
Municípios que compõem cada praça:

- Alta Floresta:
Alta Floresta, Apiacás, Guarantã do Norte, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Novo Mundo, Paranaíta e Juruena.
- Altamira:
Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas e Uruará.
- Apuí:
Apuí, Humaitá, Manicoré e Novo Aripuanã.
- Belém:
Itaituba, Novo Progresso, Rurópolis, Santarém, Trairão Óbidos e Oriximiná.
- Belém-Brasília:
Belém, Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara.
- Boa Vista:
Abel Figueiredo, Breu Branco, Concórdia do Pará, Dom Eliseu, Goianésia do Pará, Jacundá, Nova Esperança do Piriá, Novo Repartimento, Paragominas, Rondon do Pará, Tailândia, Tomé-açu, Tucuruí e Ulianópolis.
- BR-163:
Boa Vista, Caracaraí, Mucajaí, Rorainópolis e São João da Baliza.
- Costa Marques:
Costa Marques, Alvorada D'Oeste, Campo Novo de Rondônia, Jaru, Ji-Paraná, Mirante da Serra, Monte Negro, Parecis, São Francisco do Guaporé, São Miguel do Guaporé e Seringueiras.
- Cujubim:
Alto Paraíso, Ariquemes, Buritis, Candeias do Jamari, Cujubim, Itapuã do Oeste, Machadinho D'Oeste, Nova Mamoré, Porto Velho e Vale do Anari.
- Estuário:
Senador José Porfírio, Almeirim, Baião, Breves, Cametá, Macapá, Moju, Portel, Porto de Moz e Porto Grande.
- Manaus:
Manaus, Itacoatiara e Novo Airão.
- Rio Branco:
Capixaba, Rio Branco e Sena Madureira.
- São Félix do Xingu:
Cláudia, Feliz Natal, Marcelândia e Santa Carmem.
- Sinop:
Cumaru do Norte, Itupiranga, Marabá, Nova Ipixuna do Pará, Parauapebas, Redenção, Santana do Araguaia, São Felix do Xingu, Tucumã e Xinguara.
- Vilhena:
Vilhena, Cerejeiras, Corumbiara, Comodoro, Pontes e Lacerda, Alta Floresta D'Oeste, Cacoal, Chupinguaia, Colorado do Oeste, Espigão do Oeste, Pimenta Bueno e Rolim de Moura.
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro

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Projeto na BR-163 promove capacitação em manejo florestal no Pará

30/03/2010 - Iniciativa financiada pela Comissão Europeia, que conta com gestão e apoio técnico da FAO e execução do Ministério do Meio Ambiente, o Projeto BR 163: Floresta, Desenvolvimento e Participação treinou até o momento 66 pessoas em técnicas de manejo florestal na região da BR-163. A atividade prevê o uso sustentável dos recursos florestais.

O asfaltamento da BR-163, que liga Cuiabá à Santarém, traz um dos grandes desafios para o governo brasileiro: executar um plano de desenvolvimento que contemple ações de ordenamento do território, infra-estrutura, fomento a atividades econômicas sustentáveis e o fortalecimento da cidadania na região amazônica.

É justamente com esse propósito que está sendo desenvolvido o Projeto BR-163: Floresta, Desenvolvimento e Participação, na área onde foi criado o primeiro Distrito Florestal Sustentável do país, região de influência da estrada que atravessa o Oeste do estado do Pará.

O projeto integra três componentes: Manejo das Florestas Públicas no Distrito Florestal Sustentável, Apoio à Produção Sustentável e Fortalecimento da Sociedade Civil e começa a mostrar seus resultados. Um dos destaques é a disseminação de técnicas de uso sustentável dos recursos florestais.

Cabe destacar que o treinamento foi organizado pelo Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal (CENAFLOR) e ministrado pelo Instituto Floresta Tropical (IFT).

O uso sustentável é possível

No ano passado, o componente Manejo de Florestas Públicas, executado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) através do Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal (CENAFLOR), promoveu seis cursos de capacitação em manejo florestal que contou com 66 participantes. As aulas foram realizadas no Instituto Florestas Tropicais, um centro de excelência em técnicas de impacto reduzido, na Fazenda Cauaxi, município de Ulianópolis, Pará. O IFT é uma organização sem fins lucrativos, que se dedica ao manejo sustentável nos trópicos desde 1994. Estudantes de escolas técnicas, assentados da reforma agrária, empresários do setor florestal, técnicos e engenheiros florestais tiveram oportunidade de participar de três cursos com enfoques distintos: Manejo Florestal para Tomadores de Decisão. Gerenciamento em Manejo Florestal e Manejo Florestal para Técnicos Florestais.

"As capacitações abrangem todas as etapas de manejo florestal. Os participantes saem do curso em condições de colocar em prática e transmitir o que aprenderam, demonstrando que o manejo florestal é economicamente viável e que existem técnicas que o tornam uma atividade segura, produtiva e de baixo impacto ambiental", afirma Pedro Bruzzi Lion, engenheiro florestal e coordenador do Projeto BR 163. Ele anuncia que novas turmas serão formadas até o final de 2012, quando o projeto será concluído.

Bruzzi acredita que quando setores da sociedade ligados à produção florestal, desde o pequeno extrator até o empresário do setor madeireiro estão bem informados, naturalmente ocorre o abandono da exploração predatória.

Participantes aprovam iniciativa

Thiago Wallas Sousa foi um dos participantes do curso Manejo Florestal para Técnicos Florestais, realizado entre os dias 30 de novembro e 12 dezembro de 2009. Como estudante da Escola Estadual Tecnológica do Pará (EETPA) do Campus Itaituba, ele diz que o treinamento foi ótimo para preparar os futuros técnicos florestais para o mercado de trabalho que está surgindo na região.

"O curso realizado na fazenda Cauaxi teve como foco central o MF - EIR, que é o Manejo Florestal com Exploração de Impacto Reduzido. Conhecemos todas as etapas, como macro e micro planejamento e as atividades pré e pós-exploratórias. O manejo sustentável é uma atividade que todos os empresários do ramo devem se adaptar daqui pra frente", opina o estudante.

Sidney Mesquita, coordenador do Curso Técnico em Florestas da EETPA, relata um pouco da experiência. "Ao planejar as estradas devemos ter muita atenção e levar em consideração os declives e os rios. Isso é essencial para que a equipe que vai colocar pontes e bueiros evite áreas de risco. Esses caminhos precisam ser permanentes para serem utilizados nos ciclos de exploração seguintes. Assim, não será necessário abrir novas estradas e evitaremos mais impactos ao meio ambiente", conclui o professor.
Com informações do Projeto BR 163: Floresta, Desenvolvimento e Participação


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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