AGU CONDENA ATITUDE DE INTEGRANTES DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DURANTE REUNIÃO SOBRE USINA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2010
 

23/04/2010
Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A participação de um procurador da República e de um promotor de Justiça em uma audiência pública sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no ano passado, foi considerada irresponsável e insidiosa pela Advocacia-Geral da União (AGU). Ela apresentou uma reclamação disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra o procurador Rodrigo Timóteo da Costa e Silva e o promotor de Justiça do Ministério Público (MP) do Estado do Pará, Raimundo de Jesus Coelho de Moraes.

A AGU argumenta que, durante a reunião, em Belém (PA), no dia 15 de setembro de 2009, Moraes incitou a população a abandonar o evento e realizar ato público de repúdio na área externa. Instigada pelos dois representantes dos ministérios públicos, grande parte dos participantes deixou a sala.

"Não é dado ao membro do MP - a quem compete, como fiscal da lei, zelar pela higidez do procedimento - atuar com o objetivo de esvaziar a audiência pública, conclamando os presentes a se retirarem do local. O membro do MP deve participar ativamente do ato coletivo, sendo tal requisito essencial para o adequado exercício de suas atribuições", defende a AGU.

Na reclamação, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, diz que o ato teve como consequência privar os interessados da oportunidade de conhecer os elementos essenciais do projeto de construção da Usina de Belo Monte. "A conduta indicou uma posição pessoal contrária ao empreendimento, o que não é dado àquele que tem por obrigação zelar, de forma imparcial, pela legalidade dos atos públicos", argumenta a representação da AGU.

A Procuradoria da República no Pará informou que ainda não recebeu o conteúdo da notificação da AGU e que os promotores preferem aguardar para se manifestar sobre o assunto.

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Presidente da ANA defende mudanças no leilão de hidrelétricas na Amazônia

28/04/2010
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, defendeu hoje (28) um novo modelo de aproveitamento elétrico para os rios da Amazônia, com leilões integrados, sem necessidade de um processo para cada hidrelétrica.

A avaliação conjunta de empreendimentos reduziria o tempo dos licenciamentos ambientais das hidrelétricas, segundo Andreu.

“A abordagem do setor elétrico para construção de usinas na Amazônia tem sido a mesma que foi utilizada em São Paulo, no Paraná, que têm uma realidade muito distinta. Poderíamos fazer leilões por bacia ou pelo máximo de empreendimentos possíveis em uma mesma bacia”, sugeriu, durante audiência pública na Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados.

Além de reduzir o tempo de espera pelas licenças ambientais, a análise integrada do potencial hídrico por bacia poderia reduzir o custo das obras, de acordo com o presidente da agência.

“A abordagem do aproveitamento dos recursos hídricos tem que ser sistêmica, não fragmentada.”

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Governo quer facilitar licenciamentos ambientais para a Copa de 2014

29/04/2010
Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os ministérios do Esporte e do Meio Ambiente assinaram hoje (29) acordo de cooperação para criar uma agenda sustentável para a Copa do Mundo de 2014. O objetivo é facilitar o licenciamento ambiental dos empreendimentos prioritários dos eventos esportivos, evitando impasses que atrasem as obras.

O acordo foi assinado pelo ministro do Esporte, Orlando Silva e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Entre as ações previstas no termo de cooperação estão a exigência de certificação ambiental dos projetos de reformas de estádios para tomar empréstimos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a preocupação com meios de transporte mais limpos e a utilização de produtos orgânicos.

Um grupo de trabalho ficará responsável pela elaboração de uma agenda com propostas de políticas sustentáveis para a Copa e para as Olimpíadas, em 2016. O grupo também vai buscar parcerias para aproveitar experiências bem-sucedidas em edições anteriores.

Fazem parte do grupo de trabalho os representantes do Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Esporte, Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, entre outros.

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País não pode abrir mão de hidrelétricas, diz Pinguelli Rosa

20/04/2010
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O diretor da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de janeiro (Coppe/UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, disse que o Brasil não pode abrir mão da energia proveniente das fontes hídricas para promover o crescimento e atender à demanda.

Em entrevista à Agência Brasil, o ex-presidente da Eletrobras (holding do sistema elétrico) afirmou que considera uma utopia a crença de que as chamadas fontes alternativas irão suprir essa necessidade energética que se apresenta em face do desenvolvimento brasileiro.

“O fato é que o Brasil precisa de mais energia porque o coeficiente energético per capita é muito baixo no país e a tendência da distribuição de renda, que já vem ocorrendo há alguns anos, é o aumento da pressão pela demanda por mais energia. Nesse ponto, as hidrelétricas são a melhor solução”.

Para Pinguelli Rosa, o custo da energia estabelecido no leilão de Belo Monte – de R$ 83 por megawatts/hora – é bastante razoável. “É só lembrar que as últimas termelétricas que foram leiloadas tiveram o custo da energia na faixa de R$ 140 por megawatts/hora. Então, R$ 83 é muito mais barato”, avaliou.

Embora não veja grande obstáculo do ponto de vista técnico para a implantação de Belo Monte, o especialista em energia diz que “não ousa” afirmar que a construção da usina seja a melhor solução. “Poderia até haver outras escolhas, mas Belo Monte é um projeto factível sim”.

Na avaliação do físico, não há “grandes discordâncias” a respeito do tema entre as posições da ex-ministra chefe da Casa Civil Dilma Rousseff e do ex-governador de São Paulo José Serra, os dois principais pré-candidatos à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Eu acho até que, nesse ponto, tanto Serra quanto a Dilma concordam. Não vejo discordância na posição dos dois sobre a construção da hidrelétrica. Então, não cabe o argumento de que é preciso esperar as eleições, pois não existindo, pelo menos até o momento, discordância entre ambos sobre o tema, fica o fato de que é preciso mais energia no Brasil”.

O outro argumento, este utilizado pelos ambientalistas, o de construir uma hidrelétrica na Amazônia, também não é “nenhum bicho de sete cabeças”. “Porque a Usina de Tucuruí é na Amazônia e funciona muito bem. E foi decidido, inclusive, duplicá-la quando eu estava na presidência da Eletrobras. Duplicação essa que já foi inclusive concluída”, afirmou.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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