BRASIL ESTUDA AQUÍFERO TRÊS VEZES MAIOR QUE O GUARANI

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2010

26/04/2010 - Suelene Gusmão - Cada vez mais, o Brasil vem se apresentando como a grande potência ambiental da humanidade e um local onde a natureza não economizou em nada. O País é dono da maior biodiversidade do planeta, possui a maior floresta tropical do mundo, o maior rio em volume de água e dispõe também da maior quantidade de água doce. Somos donos de 11% de toda água doce disponível no mundo. E, para completar, temos ainda o Pantanal, considerado a maior planície de inundação.

Uma nova e recente descoberta vem ampliar ainda mais o poder brasileiro quando o assunto é disponibilidade de água. Trata-se do Aquífero Amazonas, um reservatório transfronteiriço de água subterrânea, que o Brasil divide com o Equador, Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru.

Sua extensão é de quase quatro milhões de quilômetros quadrados (3.950.000) sendo constituído pelas formações dos aquíferos Solimões, Içá e Alter do Chão. Com uma extensão três vezes maior que o aquífero Guarani, o Amazonas é uma conexão hidrogeológica, com grande potencialidade hídrica, mas ainda pouco conhecida.

Segundo dados da Gerência de Apoio ao Sistema de Água Subterrânea do Ministério do Meio Ambiente, a formação Alter do Chão participa no abastecimento das cidades brasileiras de Manaus, Belém, Santarém e da Ilha de Marajó. A utilização do Solimões é principalmente para o abastecimento doméstico, sendo fonte importante para a cidade de Rio Branco, no Acre. A formação Içá abastece a cidade de Caracaraí, no sul de Roraima.

Os estudos até agora realizados atestam que a qualidade química da água do Sistema Aquífero Amazonas é boa. Entretanto, vem correndo risco de contaminação devido ao fato de, em alguns locais, o nível da água ser raso e pelo alto potencial de contaminação provocada por poços mal construídos, ausência/inadequação de proteção sanitária e carência de saneamento básico.

Além do Amazonas e do Guarani, o Brasil possui inúmeros outros sistema transfronteiriços, todos eles com pouca ou, às vezes, nenhuma informação sobre eles. O mais estudado até o momento é o Aquífero Guarani com uma extensão de mais de um milhão de quilômetros quadrados, que o País divide com a Argentina, Paraguai e Uruguai.

No Brasil, o Guarani abrange os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu volume acumulado de 33 mil quilômetros cúbicos de água é considerado de vital importância para o abastecimento, atividades econômicas e para o lazer.

Segundo informações da gerência de Apoio ao Sistema de Água Subterrânea, a grandeza do aquífero, e sua localização geográfica, faz do Guarani um importante manancial hídrico, constituindo-se em uma reserva estratégica para o abastecimento de populações e desenvolvimento socioeconômico da região onde está localizado.

Embora ainda carente de conhecimentos técnicos para sua correta gestão, atualmente mais de 500 cidades brasileiras são abastecidas, total ou parcialmente, pelas águas do Guarani, cujas águas são de excelente qualidade para o consumo doméstico, industrial e para irrigação, pois se mantêm em temperaturas superiores a 30 graus centígrados, podendo chegar até 68 graus, ideais para o desenvolvimento de balneários e até mesmo na agroindústria.

Para gerir toda essa riqueza natural, o Brasil criou e vem implementando o Plano Nacional de Recursos Hidricos, que define diretrizes para o uso racional da água e orienta políticas que tenham interação com a gestão de recursos hídricos. O objetivo é melhorar a oferta de água em quantidade e qualidade.

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Municípios precisam de parcerias para elaborar planos locais de saneamento

29/04/2010 - O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério, disse, nesta quinta-feira (29/04), em Fortaleza (CE), que os municípios precisam integrar diversos órgãos envolvidos com o saneamento básico para elaborar o Plano Municipal de Saneamento (PMS). Durante a oficina que iniciou os trabalhos para a criação do PMS de Fortaleza, Silvério lembrou que o prazo para finalizar o plano é curto e a demanda requer certa complexidade nas informações.

"A responsabilidade de criar o PMS é dos municípios, mas eles podem e devem contar com a participação de órgãos estaduais e federais, bem como da sociedade civil organizada. É preciso que seja feito um levantamento do que já foi pensado na área de saneamento nos municípios para otimizar tempo e recursos", afirma Silvério.

De acordo com uma resolução estabelecida pelo Conselho Nacional das Cidades (ConCidades), os municípios terão até dezembro deste ano para concluir o estudo, caso contrário, serão impossibilitados de ter acesso a recursos financeiros da União para aplicar em saneamento básico durante o ano de 2011.

Durante a abertura do evento, Silvério apresentou o Plano Nacional de Saneamento Básico e suas diretrizes para promover a universalização dos serviços de saneamento em todo o território nacional.

O PMS de Fortaleza será coordenado pela Cooperii e gerenciado pela Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (ACFOR). Participam da articulação o Governo Federal, por meio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa); e o Governo do Estado, por meio da Secretaria das Cidades, via Cagece, da Agência Reguladora de Serviços Públicos (ARCE), e da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH).

Plano Municipal de Saneamento - Uma exigência da Lei 11.445/2007, o Plano estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico, visando a saúde, a qualidade de vida e a inclusão social. O PMS será um importante instrumento de planejamento e gestão para a universalização dos serviços de saneamento em todo o território nacional nas áreas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais urbanas para os próximos 20 anos.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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