ECONOMISTA DEFENDE CRIAÇÃO DE AGÊNCIA REGULADORA
PARA TRATAR DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2010

22/04/2010
Lisiane Wandscheer
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Ronaldo Motta afirmou hoje (22) que o marco regulatório nacional sobre mudanças climáticas é frágil e que é fundamental a criação de uma agência reguladora para tratar o tema.

“O marco regulatório é frágil, deixou lacunas. Precisa ser definida uma estrutura de governança. Não existe uma agência reguladora”, disse Motta que participou hoje (22) da apresentação do documento Perspectivas Sobre as Negociações de Mudança Climática e Seus Impactos na Política Brasileira.

A Lei 12.187, aprovada em dezembro de 2009, instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), o marco regulatório do setor, mas ainda precisa ser regulamentada pelo Congresso Nacional.

Segundo Motta, falta incentivo para os setores econômicos que deverão cumprir as metas assumidas pelo Brasil para a redução de emissão de dióxido de carbono (CO2) o que poderia ser implementado com a criação da agência.

“Se há um compromisso do Brasil e haverá metas que deverão ser cumpridas pelos setores e isto está sendo compulsório é porque o mercado não oferece incentivo. [Alguns setores poderão pensar] Por que fazer uma redução do efeito estufa para salvar o mundo e prejudicar meus lucros?”, destaca.

Segundo dados do Ipea, a maior parte das emissões de CO2 no Brasil são provenientes do desmatamento, responsável por 76% das emissões. Já a queima de combustível, causa número um nos países desenvolvidos, é a segunda colocada, mas representa apenas 9% das emissões.

“O Brasil se comprometeu a reduzir 38,9% as emissões até 2020, deste percentual 24,7% é redução do desmatamento, sendo 80% da Amazônia e 40% do Cerrado. Esta característica nacional torna menos onerosa a redução das emissões, além de não ameaçar o desenvolvimento econômico do país” , afirma a técnica do Ipea Maria Bernadete Gutierrez.

O relatório do Ipea salienta que, apesar de a Conferência de Copenhague não ter atingido seus objetivos de forma plena, o evento foi um marco histórico, pois a comunidade mundial nunca tinha dado tanta ênfase no combate às mudanças climáticas.

“Apesar do fracasso de Copenhague, a sustentabilidade ambiental passou a ser vista como central”, disse o assessor técnico da presidência do Ipea, Albino Alvarez.

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Empresários tiram dúvidas sobre novo licenciamento ambiental no estado do Rio

30/04/2010
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O novo licenciamento ambiental do estado do Rio, vigente desde fevereiro, ainda gera muitas dúvidas entre os empresários fluminenses, segundo a Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que promoveu hoje (30) o seminário Novo Sistema de Licenciamento Ambiental do Estado do Rio de Janeiro. O encontro ocorreu na sede da Firjan, no centro da cidade, e esclareceu, durante toda a manhã, dúvidas técnicas e jurídicas a centenas de empresários de diferentes portes e setores.

Sócia de uma empresa de gestão de resíduos industriais, Jayne Melo acredita que a nova lei agora é mais atraente para empresários que queiram se instalar no Rio.

“A falta de agilidade sempre foi uma das maiores queixas por parte dos empresários. As novas mudanças vão democratizar a forma de acesso ao órgão e principalmente gerar uma resposta mais rápida por parte do Inea [Instituto Estadual do Ambiente]. Este tipo de evento é muito importante principalmente para o pequeno e médio empresário, que depende dessa troca de informação para estar se atualizando.”

Segundo a diretora de Licenciamento Ambiental do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Ana Cristina Henney, as novas regras, em vigor há três meses, já estão trazendo bons frutos para o órgão e para os empreendedores. Segundo ela, o número de licenças assinadas aumentou significativamente desde que o novo sistema entrou em vigor.

“O licenciamento atual cria instrumentos que possibilitam cortar etapas, sem perder o rigor. O empreendedor de pequeno porte com potencial poluidor insignificante, por exemplo, preenche apenas um cadastro, recebendo uma certidão de inexigibilidade de licenciamento.”

Ela explicou que os empreendimentos com potencial poluidor baixo ou médio podem obter um licenciamento simplificado, com uma única licença para todas as fases (de localização, de implantação e de operação). Antes era necessário licenciar cada uma dessas etapas, o que tornava o o processo demorado. A expectativa é de que licenças mais simples sejam emitidas num prazo de três a seis meses e as que exigem estudo de impacto ambiental levem no máximo um ano para serem expedidas.

Segundo o gerente de Meio Ambiente do Sistema Firjan, Luís Augusto Azevedo, um levantamento a partir do universo de indústrias no estado aponta que, com a nova lei, 70% das empresas fluminenses seriam dispensadas do licenciamento ambiental ou sujeitas ao licenciamento simplificado, enquadrando-se nas classes um e dois, num total de seis classes. “É um ganho enorme porque acaba com a demora nas concessões de licença. A gente acredita que esta melhoria vai ser sentida drasticamente principalmente pelas pequenas empresas.”

 


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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