EXCURSÃO CIENTÍFICA COLETA NOVAS ESPÉCIES DE INSETOS DA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2010

23/04/2010 - Com o objetivo de coletar mais de 100 mil exemplares de insetos na Amazônia um grupo de 20 pesquisadores participam de 1º a 21 de junho próximo de uma excursão científica pelos rios do Alto Rio Negro.

Sob a coordenação do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), José Albertino Rafael, os cientistas percorrerão os rios Padauari, Aracá e Demini, na margem esquerda do rio Negro para fazer coleta de campo do projeto Amazonas: diversidade de insetos ao longo de suas fronteiras. A atividade tem o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Amazônia (Fapeam) por meio do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex). “Esse projeto permitirá ampliar o ­conhecimento da diversidade dos insetos da Amazônia”, destaca Rafael.

A expectativa é encontrar inclusive organismos ­ainda não descritos. Rafael ressalta que há 100% de certeza em encontrar espécies novas. "A Amazônia, especialmente o Amazonas, ainda tem uma fauna de insetos pouco conhecida. Encontramos regularmente espécies novas em qualquer região do estado e muito mais quando percorremos as áreas longínquas, ainda inexploradas. Por isso há a participação no projeto de especialistas de diferentes grupos taxonômicos (grupos para ordenar famílias, gêneros e espécies). Para que grande parte do material possa ser identificado e descrito", frisa.

O projeto tem duração de quatro anos e, até seu término, no final de 2011, está prevista mais uma excursão para chegar às cabeceiras dos rios na fronteira com a Colômbia, na região conhecida como Cabeça do Cachorro, próximo a São Gabriel da Cachoeira, a 852 quilômetros de Manaus.

Metodologia

Para a pesquisa de campo, serão utilizadas dezenas de métodos de coletas de insetos e para isso, mais de 60 armadilhas devem ser montadas, com o objetivo de explorar os hábitats encontrados na área escolhida.

O coordenador da pesquisa explica que serão usadas armadilhas de interceptação de voo de insetos, luminosas que atraem os insetos noturnos, montadas no dossel (copa das árvores), com iscas atrativas, armadilhas adesivas e outras.

Na pesquisa de campo, o grupo enfrentará muitos obstáculos, por conta das áreas de difícil acesso e outras ainda inexploradas do ponto de vista científico. Segundo Rafael, essas áreas só podem ser investigadas na época de enchente dos rios, quando é possível chegar nas cabeceiras dos mesmos e, com isso, alcançar pontos mais próximos das fronteiras do Amazonas com outros estados ou com países vizinhos.
Com informação de Cristiane Barbosa da Agência Fapeam

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Alterações do clima aumentam casos de malária na Amazônia

28/04/2010 - A malária e a relação dela com as mudanças no clima na região Amazônica foram alguns dos principais assuntos do 2º Workshop do Centro de Estudos de Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (Adapta), realizado hoje (28) no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT). O evento, na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manaus (AM), debate as pesquisas feitas pelo projeto que envolve várias áreas do conhecimento científico.

Na palestra sobre insetos como vetores de doenças tropicais, o pesquisador e vice-diretor do Inpa, Walnderi Tadei, disse que a região Amazônica é sensível as mudanças do clima. “Se tivermos um aquecimento na região amazônica, há uma aceleração do metabolismo dos insetos e eles se desenvolverão mais rápido. Se analisarmos o caso do mosquito da malária, haverá um aumento na transmissão da doença”, afirmou.

Ação preventiva

Ainda segundo Tadei, a regra vale também para o mosquito da dengue e o mosquito comum, conhecido na região amazônica como carapanã. Para ele, as pesquisas servem para se analisar as condições do ambiente e assim prevenir possíveis epidemias. “A Amazônia tem um clico hidrológico regular, são oito meses de água subindo e quatro de água baixando. Mas se há uma quebra nessa sequência, seja por qualquer alteração ambiental, teremos de ser capazes de intervir neste processo e é essa a proposta do Adapta e da Rede Malária: contribuir para que elaboremos modelos que possam chegar às comunidades ribeirinhas e agir preventivamente”, destacou.

O seminário tem também apresentação de pesquisas nas áreas de biologia aquática e ecossistemas da Amazônia.

O projeto Adapta tem recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT).


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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