PARA ONG, GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA
PRECISA CRESCER AINDA MAIS NO PAÍS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2010

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar de ter apresentado no ano passado o maior índice de energia gerada por fontes renováveis dos últimos 18 anos, o Brasil ainda precisa avançar na geração de energia limpa, de acordo com a organização não governamental (ONG) Greenpeace. Para o coordenador da campanha de energias renováveis da ONG, Ricardo Baitelo, apesar de positivo, o aumento da participação de energias renováveis na matriz brasileira não pode ser considerado significativo.

O balanço energético nacional, divulgado ontem (29) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mostra que as fontes renováveis de energia, que incluem a geração por meio de hidrelétricas, biomassa e produtos da cana-de-açúcar, foram responsáveis por 47,3% da geração de energia no país no ano passado, o maior índice desde 1992.

Baitelo disse que o resultado estava previsto, já que em 2008 houve um acionamento muito grande de termelétricas fósseis, que diminuiu no ano passado devido à grande quantidade de chuvas, que permitiram o maior uso de energia gerada pelas hidrelétricas.

Uma das maiores bandeiras defendidas pelo Greenpeace na área energética é a necessidade de aumentar o uso de energia eólica no Brasil, considerado por Baitelo ainda pequena. Ele lembra que o governo irá realizar um leilão de energias renováveis ainda no primeiro semestre deste ano, mas as usinas movidas a vento vão demorar para entrar em operação.

“Ainda vai levar um tempo após o leilão para que essas novas eólicas sejam construídas e terem um papel significativo na matriz brasileiras, como já acontece em outros países”, afirmou.

Segundo a EPE, a participação de energia eólica na matriz elétrica do país seguiu a tendência dos últimos anos, crescendo 5,1% em 2009 em relação ao ano anterior. Mesmo assim, essa fonte correspondeu a 0,2% do total de energia gerada no ano passado.

Na opinião do presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, “a matriz elétrica brasileira é de deixar qualquer país orgulhoso no atual cenário mundial”. Segundo ele, o Brasil é um dos países com a matriz elétrica mais limpa do mundo, graças ao seu potencial hidrelétrico, mas ainda precisa de energia térmica para que não fique totalmente sujeito às oscilações climáticas.

“O Brasil é um dos poucos países do mundo que tem o privilégio de poder fazer as melhores escolhas sem ter que botar a carapuça de grande poluidor global, muito pelo contrário”, avalia. Segundo Sales, não é possível gerar a quantidade de energia necessária para o crescimento do país apostando apenas em fontes alternativas.

“Se o Brasil precisa ter 3,5 mil megawatts novos de energia por ano, é claro que é inviável imaginar isso sendo produzido apenas com painéis solares ou com energia eólica. Essas energias são complementares e têm sua inserção viabilizadas em situações específicas. Não se deve imaginá-las como capazes de suportar a expansão da demanda de energia que o Brasil tem para poder suportar o ritmo de crescimento da nossa economia”, disse.

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Fiscalização apreende 13 toneladas de carvão ilegal no Rio

30/04/2010
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Coordenadoria contra Crimes Ambientais (Cicca) da Secretaria do Meio Ambiente do Rio de Janeiro apreendeu hoje (30) 13 toneladas de carvão vegetal ilegal. A apreensão foi no município de São Gonçalo, na região metropolitana da capital fluminense. O carvão era proveniente de área de desmatamento ilegal e a venda era amparada por um registro falso do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O dono da mercadoria, Rickson Cunha da Silveira, foi preso em flagrante. O material apreendido será distribuído em comunidades carentes de São Gonçalo.

De acordo com o coronel Luiz Maurício Padroni, coordenador da Cicca, esse tipo de apreensão é comum. Mas, agora, as operações estão se concentrando nos atacadistas e distribuidores e não mais nos pequenos produtores de carvão.

Durante a operação, foi identificada uma área ilegal de criação de porcos nas margens do Rio Guaxindiba, que deságua na Baía de Guanabara e pertence à Área de Proteção Ambiental de Guapimirim. “Os dejetos estão contribuindo para o assoreamento do rio e para a poluição da baía”, afirmou o coronel Padroni. Os responsáveis terão 72 horas para retirar os animais do local. Caso contrário, serão apreendidos e levados para um curral público.

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Motor multicombustível aproveita resíduos e ajuda a preservar o meio ambiente

26/04/2010
Lisiane Wandscheer
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O motor multicombustível é uma das atrações da 7ª Exposição Ciência para a Vida, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele usa combustível produzido com vários tipos de resíduos agrícolas e aquecimento solar para a produzir energia.

A tecnologia foi criada em 1816 pelo pesquisador Robert Stirling, mas, com a invenção de motores mais potentes, foi abandonada. Atualmente, por causa da crescente preocupação mundial com a preservação do meio ambiente, o motor está sendo adotado pela Alemanha, Holanda e pelos Estados Unidos. No Brasil, o modelo foi adaptado pela Embrapa.

“A tecnologia foi retomada pela Embrapa para aproveitar resíduos da agricultura e das cidades como restos de lixo, lenha e carvão e todo tipo de combustível alternativo”, afirma o agrônomo da Embrapa Meio Ambiente, Luiz Wabp.

O motor é adequado a regiões com carência de infraestrutura como áreas da Amazônia e do Cerrado, que também têm baixa cobertura de rede elétrica. Além disso, é produzido por meio de uma tecnologia simples e de baixo custo e não exige qualquer tipo de manutenção ou lubrificação.

Segundo o agrônomo, os criadores de suínos e aves têm que queimar os dejetos para não poluir a atmosfera com o gás metano, liberado por meio das fezes desses animais. A energia da queima pode ser aproveitada no motor e transformada em energia elétrica e em bombeamento de água para irrigação ou ventilação.

Outro destino ecológico para a tecnologia é sua utilização para a queima de gases em lixões e aterros sanitários das grandes cidades.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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