ONGS COBRAM REGULAMENTAÇÃO DA POLÍTICA DE CLIMA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2010

Seminário dia 5 de maio, no Interlegis, em Brasília, discutirá como tirar do impasse a legislação do clima prometida pelo governo ano passado

São Paulo, SP, 03 de maio de 2010 — As 36 organizações da sociedade civil que fazem parte do Observatório do Clima (OC) querem que o governo cumpra a promessa de regulamentar a Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei nº 12.187/2009), sancionada pelo presidente Lula em dezembro do ano passado. Conforme o anúncio, a regulamentação seria realizada por grupos de trabalho específicos, com ampla participação da sociedade civil, e concluída em 90 dias. “Estamos em maio e até agora o governo não deu nem sinal de como pretende agir em relação à política de clima”, disse André Ferretti, coordenador do OC. Com apoio da Frente Parlamentar Ambientalista e do Interlegis, as ONGs que formam a coalizão pelo clima realizam no dia 5 de maio em Brasília o seminário: A Política do Clima no Brasil. O objetivo é discutir formas de ajudar o governo a tirar do papel o conjunto de leis anunciado às vésperas da COP 15. As ONGs também querem que o governo se manifeste sobre a revisão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas e o Fundo Nacional sobre Mudança no Clima. (Veja o programa).

Estão confirmadas no seminário as participações de representantes dos ministérios do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Relações Exteriores e da Casa Civil, além de deputados e senadores.

No encontro, o Observatório do Clima começará a colher sugestões de vários especialistas e organizações da sociedade para o processo de implementação da política nacional de clima. Um documento completo com as contribuições da sociedade será entregue ao governo no segundo semestre deste ano. Um dos pontos considerados fundamentais é o compromisso voluntário do Brasil de reduzir as emissões de gases de efeito estufa de 36,1% a 38,9% em relação às emissões projetadas para 2020.

“O que preocupa é que muitas políticas setoriais do governo apontam para direções contrárias às metas anunciadas pelo presidente Lula. É o caso de algumas obras do PAC e da forte pressão pela construção de grandes usinas na Amazônia, como Belo Monte”, afirma André Ferretti, coordenador do OC. Segundo ele, o governo precisa deixar claro como a política do clima está sendo tratada internamente e quais os recursos destinados sua à implementação. “A sociedade quer o dialogar, contribuir e saber o que o governo pretende fazer”, diz Ferretti.

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Manifesto pela proteção da zona costeira

Comunidades tradicionais e ONGs repudiam alterações no Código Florestal brasileiro sem a participação efetiva da sociedade civil

Brasília, 04 de maio de 2010 — Nós, comunidades costeiras e organizações não governamentais que lutam pela proteção da zona costeira e por um desenvolvimento mais justo e sustentável, abaixo assinadas, repudiamos quaisquer alterações no Código Florestal Brasileiro propostas na Comissão Especial que trata do tema na Câmara dos Deputados, sem que antes nossas organizações sejam devidamente ouvidas.

Entendemos que a Lei 4.771/1965, o Código Florestal brasileiro, tem grande importância na conservação das matas costeiras, desde a Mata Atlântica, até os manguezais, estes últimos considerados, na sua totalidade, áreas de preservação permanente.

Essas regiões florestais e estuarinas são imprescindíveis para a manutenção de todo o bioma costeiro e marinho, mais ainda para a regulação da temperatura do planeta, como sumidouros de gás carbônico, um dos gases de efeito estufa. São ainda importante fonte de recursos e alimento para famílias de pescadores, extrativistas e pequenos agricultores litorâneos. A ameaça às florestas e demais formações costeiras colocam em risco a segurança alimentar das populações tradicionais.

É inaceitável que nenhuma das comunidades costeiras, diretamente afetadas por alterações propostas nos 11 projetos de lei e no relatório final que será redigido por essa comissão, tenha sido convidada a expor sua posição a respeito do assunto, e nem se quer consultada durante audiências públicas que ocorreram em cidades litorâneas.
Também é inaceitável que qualquer alteração no Código Florestal provoque redução na proteção florestal, considerando especialmente os 93% que já foram destruídos da Mata Atlântica, principal bioma costeiro do Brasil.

Repudiamos também toda e qualquer tentativa de flexibilizar o atual processo de avaliação de impacto ambiental de empreendimentos de infraestrutura, especialmente no contexto de obras portuárias como a construção do Complexo Intermodal do Porto Sul/BA, Porto de Suape/PE e o Porto Mar Azul- Baía Babitonga/SC que irá causar danos irreversíveis aos ecossistemas costeiros suprimindo a Mata Atlântica, regiões estuarinas e de manguezais, afetando o desenvolvimento das comunidades costeiras, colocando em risco os diversos serviços ambientais e ameaçando a sustentabilidade econômica, social e ambiental no nosso litoral.

ONGs lançam publicação de apoio a professores

O objetivo é contribuir para a compreensão da importância da biodiversidade brasileira e também para a formação de crianças e jovens

Brasília, 14 de maio de 2010 — “Investigando a Biodiversidade: guia de apoio aos educadores do Brasil” é o título do livro organizado por três organizações não governamentais para apoiar o trabalho de educadores que tem o desafio de desenvolver ações e atividades pedagógicas envolvendo professores, crianças e jovens sobre o significado e a importância da nossa biodiversidade e como devemos conservá-la. A obra é uma adaptação brasileira para o material “Exploring Biodiversity”, uma copublicação da Conservação Internacional e do WWF.

O lançamento da publicação faz parte das comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade e do Dia Internacional da Biodiversidade (22/5).

A partir de 18 de maio, data do lançamento, o guia para educadores estará disponível nos sites da Conservação Internacional (www.conservacao.org), Instituto Supereco (www.supereco.org.br) e WWF-Brasil (www.wwf.org.br).

As instituições estão discutindo com o Ministério do Meio Ambiente a possibilidade de reimpressão da obra para permitir ampla distribuição do livro aos educadores brasileiro.

“Este guia é resultado de um dedicado esforço do corpo técnico das três ONGs que revisaram e complementaram as informações originais, adequando-as à realidade brasileira e preparando-as para que seja um instrumento pedagógico de trabalho útil no dia a dia do educador. A formação de crianças e jovens sobre o valor da nossa natureza, da sua biodiversidade e como dependemos dela é fundamental para engajarmos esse público na conservação da natureza, uma responsabilidade de todos nós”, afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.

Para Paulo Gustavo Prado, diretor de Política Ambiental da CI-Brasil, somente por meio do reconhecimento da importância social da biodiversidade é que as futuras gerações poderão manter e adequar o Brasil rumo ao desenvolvimento sustentável. “É por meio do conhecimento que podemos preservar a fauna e a flora e, consequentemente, seus serviços ambientais, conquistando a sustentabilidade no uso dos recursos naturais”, diz Prado. “É imperativo que deixemos essa preciosa herança para nossos filhos”, complementa.

A obra - O livro, que reúne textos e atividades práticas em 133 páginas, é voltado ao educador com o objetivo de fortalecer a importância pedagógica do tema, trazendo conceitos, metodologias e atividades que contribuam para o aprimoramento do seu trabalho como multiplicadores de educação ambiental junto ao público infanto-juvenil.

Voltada à realidade brasileira, a publicação traduz conteúdos científicos, geralmente técnicos e complexos, de forma lúdica e atraente para sensibilizar educadores e educandos a investigar, analisar e reconhecer a importância da biodiversidade brasileira, de seus serviços ambientais, as ameaças de extinção e os desafios para a sua conservação, bem como as possíveis soluções, com casos de sucesso apresentados.

Segundo a coordenadora geral do Instituto Supereco, Andrée de Ridder Vieira, essa publicação é importante e fundamental para o Brasil, não só por sermos o país da megadiversidade, mas porque crianças, jovens e adultos ainda desconhecem sua biodiversidade e como ela está presente no seu dia a dia “Nosso objetivo é contribuir com materiais qualificados de educação ambiental e adequados ao ensino formal brasileiro. Há muito por conhecer e fazer e a escola é um espaço essencial de formação e de mobilização”, ressalta Vieira.

A faixa etária recomendada para a aplicação prática do material é de crianças e jovens de 11 a 14 anos, mas diversas atividades podem ser adaptadas para grupos de crianças mais novas e adultos.


 

Fonte: Conservação Internacional Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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