COPPE/UFRJ PEDIRÁ AO GOVERNO MAIS RIGOR NAS NORMAS DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NO PAÍS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2010

27/05/2010
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) vai encaminhar ao governo nos próximos dias documento alertando para a necessidade de regulamentação mais intensa da prevenção aos riscos da atividade de exploração e produção de petróleo nas áreas offshore – no mar, e a atuação mais incisiva da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A informação foi dada à Agência Brasil pelo diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe, professor Segen Estefen. Para ele, a agência reguladora “tem que reforçar a sua atuação técnica de avaliação e prevenção de riscos”.

“O órgão regulador não deve somente servir para realizar e fiscalizar contratos e o mercado, mas também cuidar da segurança da atividade de forma preventiva”.

A decisão foi tirada em consenso durante o seminário Segurança na Exploração e Produção de Petróleo no Mar – Prevenção e Contingência, promovido nesta semana pela universidade para debater acidentes como o ocorrido com a British Petroleum (BP), na parte americana do Golfo do México, onde um dos poços explodiu e vem provocando vazamento de óleo há mais de um mês.

Para o especialista da Coppe, o acidente no Golfo do México mostra uma certa vulnerabilidade no que é “o estado da arte” em termos de segurança na fase de perfuração. “Os equipamentos tradicionais que são usados para garantir a segurança em casos de acidentes principalmente o Blow Out Preventer (BOP), se mostraram vulneráveis às atividades em grandes profundidades”.
Edição: Tereza Barbosa

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Indústria do petróleo não tem equipamento para impedir vazamento como o dos EUA, diz professor

27/05/2010
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O diretor de Tecnologia e Inovação da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Segen Estefen, disse em entrevista à Agência Brasil que a indústria petrolífera mundial não está equipada para lidar com acidentes ocorridos a grandes profundidades que resultem em vazamentos de grandes proporções e fujam do controle.

Segundo ele, a despeito de todos os avanços do setor, a indústria do petróleo mostrou que não dispõe de um procedimento testado que possa interromper vazamentos descontrolados como esse da parte americana do Golfo do México.

“Não existe uma embarcação que possua os equipamentos adequados para vedar o poço em um caso extremo”.

Estefen afirmou que uma das conclusões do seminário Segurança na Exploração e Produção de Petróleo no Mar – Prevenção e Contingência, promovido pela UFRJ nesta semana, é que há necessidade de organização dos setores envolvidos com a atividade para enfrentar os desafios que surgirão com a exploração de petróleo em águas cada vez mais profundas, como é o caso do pré-sal brasileiro.

“Isto deve ser tratado com cuidado, porque é inaceitável que não tenhamos meio de interromper um vazamento desse porte”.

O professor da UFRJ disse que o dever de casa, a partir da experiência do vazamento no Golfo do México, é a consciência da necessidade de se discutirem formas de dar maior atenção aos sistemas de segurança, de modo a que se possa desenvolver um equipamento que venha a ser embarcado, e em condições de fazer o trabalho de tamponamento mesmo em casos extremos.
Edição: Tereza Barbosa

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Professor diz que país precisa avaliar melhor segurança da exploração de petróleo no mar

27/05/2010
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A principal lição a ser tirada do acidente que há mais de um mês vem provocando vazamento de óleo na parte americana do Golfo do México, a partir da explosão de um poço da British Petroleum (BP), é a de que o Brasil deve avaliar melhor os riscos das principais operações desenvolvidas em águas profundas e ultraprofundas.

A opinião foi manifestada à Agência Brasil, pelo diretor de Tecnologia e Inovação da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), professor Segen Estefen.

“Aqui na Bacia de Santos as profundidades serão maiores que as desse poço da BP no Golfo do México. Estudos desenvolvidos aqui na Coppe indicam que existe uma relação direta entre a profundidade do poço e a taxa de falha desse equipamento chamado de BOP (Blow Out Preventer) – que fica na cabeça do poço para evitar possíveis acidentes”.

Para o professor, esse estudo - na medida em que confirma a relação profundidade/falha - significa que se devem ser revistas as condições de confiabilidade e os procedimentos de operação e manutenção dos equipamentos.

“Isto envolve segurança de embarcações e equipamentos, maior treinamento para o pessoal que executa as operações mais sensíveis e, além disso, mais cuidado com os planos de contingência, para neles integrar as novas tecnologias hoje disponíveis”.
Edição: Tereza Barbosa


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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