INVENTÁRIO APONTA EMISSÃO DE QUASE 89 MILHÕES DE
TONELADAS DE GASES ESTUFA POR EMPRESA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2010

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
o Paulo – Levantamento inédito no Brasil aponta que em 2009 um grupo de 35 grandes empresas, que representa 4% do total de emissões no país, foi responsável pela emissão de quase 89 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) equivalente. De acordo com o levantamento, a indústria de transformação lidera em emissões com 89%, seguida pelo setor de mineração (10%).

Os dados fazem parte do Inventário Registro Público de Emissões de Gases de Efeito Estufa, lançado hoje (22), em São Paulo, com a presença da ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira.

O levantamento foi feito sob a coordenação do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (Gvces), em parceria com o World Resources Institute (Instituto Mundial de Recursos), organização norte-americana que foi a primeira a formular ferramentas de gestão para a economia de baixo carbono.

Para o coordenador do Centro de Estudos de Sustentabilidade (GVces), mantido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mário Monzoni, a transparência desse grupo de empresas, que resolveu divulgar a quantidade de emissão de gases que causam o efeito estufa, significa “um passo de excelência empresarial de um movimento grande de sustentabilidade”.

A expectativa dele é que o número de empresas participantes cresça a cada ano. Entre as companhias integrantes do inventário estão a Petrobras, o Banco do Brasil, a Alcoa, Ambev, Furnas Centrais Elétricas, Natura e Souza Cruz.

As ações do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas fazem parte do programa internacional de normas de gestão ambiental, o GHG Protocol, integrado à Política Nacional de Clima e ao cumprimento da meta estabelecida na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), ocorrida em Copenhague, em dezembro do ano passado.

Para a ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, a iniciativa vai ajudar no “processo de discussão da Política Nacional de Mudança Climática”. Ela lembrou que os países desenvolvidos já adotam esse tipo de gestão ambiental transparente.
Os dados do levantamento podem ser acessados por meio do endereço eletrônico www.fgv.br/ces/registro.

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Lula diz que Brasil deve ensinar ao mundo como aliar desenvolvimento à preservação ambiental

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Brasil deve “ensinar ao mundo” como promover o desenvolvimento econômico sem destruir o meio ambiente, afirmou hoje (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de começo da terraplanagem da Usina Siderúrgica Aços Laminados, em Marabá (PA). Pela manhã, o presidente participou, em Altamira (PA), de um ato em favor da construção da Usina de Belo Monte e do desenvolvimento da região do Xingu.

“Acabamos de vir de Altamira, onde fizemos um ato sobre Belo Monte. Uma hidrelétrica maior para o Brasil. Só para cuidar da questão social e ambiental são mais de R$ 4 bilhões. Nunca se colocou tanto dinheiro para cuidar do povo ribeirinho, dos indígenas, dos trabalhadores. Temos que ensinar o mundo”, discursou Lula.

“De vez em quando, vem um gringo dá palpite sobre o Brasil. Precisamos mostrar ao mundo que ninguém mais do que nós quer cuidar da nossa floresta, mas ela é nossa e gringo nenhum mete o nariz onde não é chamado, porque vamos cuidar da nossa floresta e saberemos cuidar do nosso desenvolvimento”.

Em relação a construção da siderúrgica em Marabá, Lula ressaltou que a Vale do Rio Doce fará investimentos de R$ 5,2 bilhões. “Esse investimento vai significar, durante o processo de construção, por volta de 16 mil empregos na região e depois que estiver pronta vão ser cinco mil empregos diretos na siderúrgica. Talvez o maior investimento que a Vale já fez em Marabá”.

Lula disse ainda que o Brasil tem investido para deixar de ser exportador de matéria-prima para vendar produtos com maior valor agregado. “Aos poucos, a Vale do Rio Doce e o Pará não estão em uma relação apenas de exportar minério para o chinês produzir brinquedo e vender para nós. Agora, a gente quer produzir material de valor agregado aqui no estado do Pará para que, ao invés da gente exportar minério, a gente exportar aço pronto para outras partes do Brasil e para o mundo todo”.

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Engenheiros defendem parceria para a conservação de recursos naturais

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Como a conservação da reserva legal nas propriedades rurais é uma questão que atende os interesses da sociedade é preciso que haja uma contrapartida para haver esforço dos agricultores, segundo a engenheira florestal e consultora, Maria José Zakia. “A verdade é que se a gente quiser reverter essa situação de cobertura vegetal, aumentar onde nós desmatamos demais e não cometer os erros do Sul e do Sudeste na Amazônia, a gente precisa transformar a propriedade rural em parceira da conservação.”

Apesar de destacar que a vegetação nativa desempenha papel importante na produção agrícola, Zakia avalia que pequenos agricultores podem ter a sensação de “perda” com parte da área da propriedade destinada à preservação. Para contornar isso, “para incentivar que essa preservação seja um produto do bom manejo, é preciso instrumentos como o pagamento por serviços ambientais, não só instrumentos de comando e controle”.

Porém, ela lembra da importância de fazer a diferenciação entre os proprietários que desmataram quando ainda era permitido e os que fizeram após haver a proibição legal. “Durante muito tempo nós tratamos os proprietários rurais como bandidos ou delinquentes, nos esquecemos de que durante muito tempo o desmatamento foi muito incentivado.”

Segundo ela, a proposta de mudança do Código Florestal Brasileiro peca justamente nesse ponto ao desobrigar a recomposição da reserva legal para quem derrubou a mata até 2008, após a proibição. “ Eu não posso transformar em parceiro alguém que agiu errado”, destacou.

O engenheiro florestal e militante da Via Campesina, Luiz Zarref, concorda que há a necessidade de incentivar a recomposição e preservação das áreas de mata pelos produtores ruais. Entretanto, ele considera que a melhor maneira de incentivar os produtores a manter a reserva legal é fornecer subsídios para que se possa fazer uso econômico da mata. “O caminho que nós defendemos é a produtividade conciliada com a preservação da natureza.”

Entre os pontos defendidos por Zarref estão a ampliação das linhas de crédito subsidiadas e da assistência técnica para que principalmente os pequenos agricultores possam adotar um modelo de produção diferenciado.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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