PROPOSTA DO CÓDIGO FLORESTAL É UM
RETROCESSO, AFIRMA MARINA SILVA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2010

Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O relatório do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) sobre o novo Código Florestal constitui um retrocesso em relação a legislação ambiental brasileira, disse a pré-candidata a Presidência da República, Marina Silva (PV). “Esse retrocesso se dá em dois níveis, no da legislação e no político que desqualifica o esforço feito durante esses 20 anos”.

Segunda Marina, proposta do relator revoga o primeiro artigo do código e faz com que as florestas deixem de ser um bem da sociedade. Além disso, isenta os proprietários de terra da obrigação de proteger as florestas. “A importância do Código Florestal é de conhecimento de todos. Ela representa uma das poucas leis brasileiras que antecipou a necessidade de fazer a conservação das florestas”.

Marina criticou o fato de o relatório ter sido divulgado no período eleitoral. "Fazer uma discussão como essa em momento eleitoral deve ser no mínimo questionável, porque o objetivo, com certeza, não deve ser pensado como dos melhores". Para a pré-candidata, essa é uma questão suprapartidária, que deve ser de interesse de todos os parlamentares.

Ela reiterou a necessidade da criação de audiências públicas para a obtenção de uma política agrícola que integre novos valores. “Ao que parece, o relator já tinha uma opinião fechada e ouviu protocolarmente as entidades da sociedade civil. Ele configurou o seu posicionamento a partir daqueles que tem uma visão totalmente desatualizada da questão ambiental”.

A apresentação do relatório de Aldo Rebelo sobre mudanças no Código Florestal, foi feita hoje (9) na comissão especial da Câmara dos Deputados que trata do tema. Entre as mudanças propostas pelo relator estão a atribuição de mais autonomia aos estados para legislar sobre meio ambiente e a retirada da obrigatoriedade de reserva legal (fração destinada à preservação ambiental) em pequenas propriedades.

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Pantanal perdeu 12 mil quilômetros quadrados de vegetação em seis anos

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Entre 2002 e 2008, o Pantanal perdeu 12,4 mil quilômetros quadrados (km²) de vegetação. O desmatamento avança mais na área de planalto do bioma e é menos intensivo na planície. Estudo apresentado nesta semana mostra que 86,6% da vegetação da planície está preservada, mas só restam 41,8% de cobertura original no planalto.

A pecuária é o principal vetor do desmatamento no Pantanal, de acordo com o levantamento. A conversão de vegetação em pastagens é responsável por 11,1% do uso da terra na área de planície e 43,5% no planalto. A agricultura ocupa 0,3% da região de planície do bioma e 9,9% do planalto.

O estudo, feito em parceria entre as organizações não governamentais WWF, Conservação Internacional, SOS Pantanal, SOS Mata Atlântica, a Fundação Avina e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), comparou imagens de satélites com visitas de campo pela região.

A diferença entre a devastação no planalto e na planície reflete diferenças nas forma de ocupação do bioma. De acordo com o levantamento, o planalto é fortemente ocupado pela agricultura e pela pecuária. Na planície, a pecuária mais extensiva pressiona menos a abertura de novas áreas.

Apesar do crescimento do desmate verificado no período, a situação do Pantanal ainda é melhor que a de outros biomas do país. A Amazônia registra taxa anual de desmate de cerca de 7 mil km² e o Cerrado já perdeu metade de sua cobertura vegetal original.

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Para Contag, novo Código Florestal atende às exigências da agricultura familiar

Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
O relatório sobre mudanças no Código Florestal atende às exigências da agricultura familiar, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch. Segundo ele, a Contag é favorável à alteração do Código Florestal Brasileiro para a agricultura familiar e para a reforma agrária.

Segundo ele, o relatório do deputado isenta os pequenos agricultores da averbação da reserva legal (fração destinada à preservação ambiental). “Imagine 4,5 milhões de pequenas propriedades no Brasil, que no total representam menos de 20% da área agricultável no país. Se fosse manter a averbação, nunca iríamos legalizar essa agricultura [familiar]”.

Boch afirmou que a Contag negociou com o governo para enquadrar o novo código na lei da agricultura familiar. “Podemos detectar que grande parte da nossa proposta de diferenciação da agricultura familiar brasileira está contemplada no relatório”.

A apresentação do parecer do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) sobre mudanças no Código Florestal foi feita ontem (9) na Comissão Especial da Câmara que trata do tema. Entre as mudanças propostas pelo relator estão a atribuição de mais autonomia aos estados para legislar sobre meio ambiente e a retirada da obrigatoriedade de reserva legal em pequenas propriedades.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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