RENOVÁVEIS, SINÔNIMO DE FUTURO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2010

Notícia - 7 jun 2010
Cortar emissões de CO2 produzindo energia eficiente, segura e limpa e, de quebra, gerar 8,5 milhões de empregos até 2030. Isto é viável, garante a terceira edição do relatório Revolução Energética: Um Mundo de Energia Sustentável. O estudo, lançado hoje pelo Greenpeace em parceria com o Conselho de Energia Renovável Europeu (EREC) mostra que investimentos em solar e eólica e mudanças nos paradigmas de produção e consumo reduzem pegada de carbono com crescimento econômico.

O estudo, fruto do trabalho da comunidade acadêmica e de engenheiros ligados ao setor da indústria de renováveis, traz a previsão de dois diferentes cenários energéticos, baseados no tipo de investimento e política pública para o setor. Um primeiro, mais moderado, antevê que o uso seis vezes maior de renováveis significará redução de 50% das emissões de carbono até 2050. O segundo cenário, mais avançado, prevê cortes de emissão de até 80%.

As energias renováveis representam hoje 13% da demanda mundial, enquanto 80% da produção ainda depende de combustíveis fósseis. Para inverter este valor até 2050, é preciso projetar o futuro a partir de fontes como solar, eólica e de biomassa, além de investir em eficiência energética, ou seja, mudanças nos paradigmas de distribuição e consumo de energia, como redes de transporte mais eficientes e emprego de equipamentos modernos na produção.

Entram nesta conta também as inovações no sistema de transportes público – a previsão é de que carros movidos a eletricidade componham metade das frotas nas ruas nos próximos 40 anos, e as melhoras no hábito de consumo da população, com inovações mais econômicas para computadores e equipamentos domésticos de aquecimento e refrigeração.

A quantidade de energia poupada graças a investimentos bem feitos, garante o estudo, além de compensar a demanda maior vinda de países em desenvolvimento, pode significar a possibilidade de acesso à energia para dois bilhões de pessoas que ainda vivem em áreas remotas, alijadas da rede de distribuição mundial.

"O potencial de geração de energias renováveis como eólica e solar já vem se traduzindo em números concretos de implantação no mundo, com benefícios não apenas ao meio ambiente, como também à geração de empregos e ao desenvolvimento de economias ", diz Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Energia do Greenpeace no Brasil.

Pelos cenários de crescimento traçados no estudo, até 2030 serão criados 12 milhões de empregos, 8,5 milhões apenas no setor de renováveis. O valor é 33% maior do que se continuássemos a investir somente em combustíveis fósseis. “No Brasil, o enorme potencial de sol, vento e biomassa pode proporcionar a criação de 200 mil novos empregos até 2020”, complementa Baitelo.

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Pouco a comemorar

Notícia - 8 jun 2010
Estipulado internacionalmente em 2008 para prestar homenagem aos nossos mares, dois anos depois, o Dia Mundial dos Oceanos - 08 de junho, chega para o Greenpeace com ares de ressaca. Entre ativistas ameaçados de prisão por denúncia de contrabando de baleia no Japão, a outros agredidos em tentativa de salvar atuns ameaçados no Mediterrâneo, assistimos ainda ao possível fim da moratória de caça comercial de baleias e ao maior vazamento de óleo da história dos Estados Unidos.

No Golfo do México, tentativas de conter o que já é o maior vazamento de óleo da história dos Estados Unidos fracassam e o derramamento corre solto em seu segundo mês de contaminação de estuários, praias e mangues, matando organismos marinhos e aves. Partindo para outros mares, no Mediterrâneo, nossos ativistas são feridos por ganchos de pescadores ao participarem de uma ação de defesa do atum azul, espécie altamente ameaçada de extinção e cujos estoques pesqueiros rumam ao colapso devido à péssima gestão do setor pesqueiro e da pesca intensiva indiscriminada.

Vamos para o Japão, onde Junichi Sato e Toru Suzuki, dois ativistas que denunciaram esquema de contrabando ilegal de carne de baleia, ouvem, em tribunal, pedido de condenação de 18 meses de cadeia. Submetidos a um julgamento criminoso, estes defensores dos animais marinhos podem se tornar os primeiros ativistas do Greenpeace a passar tanto tempo presos por uma ação de denúncia.

Enquanto isso, a moratória de caça comercial de baleias, estipulada pela Comissão Internacional da Baleia (CIB) em 1986, sofre investida dos países baleeiros membros da Comissão. A ser votada no final deste mês, em reunião anual da CIB, proposta de eliminação da moratória garante criação de cotas – altas – de animais a serem pescados. A caça dita “científica”, sustentada por governos como o japonês, ainda assim continua assassinando milhares de baleias por ano.

“O dia de hoje serve para que paremos e pensemos no que temos feito aos oceanos ao longo, principalmente, dos últimos dois séculos. Ecossistemas inteiros degradados, milhares de espécies extintas, toneladas de lixo e enormes quantidades de petróleo despejados onde um dia foi o berço das primeiras formas de vida, responsável direto por manter o clima do planeta equilibrado”, diz Mikael Freitas, da Campanha de Oceanos.

O Greenpeace no Brasil defende a delimitação de 40% das águas internacionais como Áreas Marinhas Protegidas destinadas à manutenção do ecossistema marinho, assim como a implementação de áreas protegidas também no território marinho nacional. “Por maiores que sejam os problemas enfrentados, vemos pessoas que lutam a favor da proteção dos mares. Isso sim é motivo de comemoração. Comemoração a tudo que os oceanos têm a oferecer e a todos aqueles que sabem valorizá-lo”, complementa Mikael.


 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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