BACIA DO SÃO FRANCISCO PASSA A TER COBRANÇA DE ÁGUA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2010

15/07/2010
Cristina Ávila
O uso da água na bacia do rio São Francisco passará a ser cobrado a partir deste mês. A decisão partiu dos próprios usuários, preocupados em buscar alternativas para evitar o desperdício. Essa será a terceira bacia hidrográfica de rios de domínios da União (que abrangem mais de um estado) em que é feita cobrança. Os valores são cobrados dos empreendimentos que utilizam os rios da bacia e aquíferos para captação ou lançamento de efluentes, como, por exemplo, companhias de saneamento, indústrias e fazendas.

O assunto foi o tema principal dos debates, na tarde desta quinta-feira (157), no seminário Planejamento Estratégico do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, em Brasília. O São Francisco banha cinco unidades da federação - Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe - e a sua bacia abrange 504 municípios. A primeira bacia onde existe esse tipo de cobrança, desde 2003, é a do rio Paraíba do Sul, que passa por Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. A água também é cobrada dos usuários que utilizam os rios das bacias do PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), em São Paulo e Minas Gerais.

"Um dos focos da discussão foi a melhoria dos mecanismos de cobrança. Para torná-la mais efetiva", afirma o diretor de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, Marco Neves. Segundo ele, a tendência é que a cobrança vá atingir todas as regiões onde existem comitês de bacia. Esses comitês são órgãos colegiados instituídos por decreto, no âmbito do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e dos sistemas estaduais (no caso de rios estaduais), em que estão representados os segmentos da sociedade civil, os usuários de águas (saneamento, indústrias irrigação, criação animal e outros) e poder público.

Marco Neves explicou que as discussões não foram apenas sobre a eficiência na cobrança (para serem evitadas gambiarras, por exemplo), mas também na aplicação de recursos públicos para a melhoria da qualidade das águas. Também foram enfatizadas as parcerias entre poder público e iniciativa privada que podem contribuir para a melhoria de serviços.

Pela manhã, os participantes do seminário debateram a reestruturação do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, para que tenham mecanismos eficazes de fortalecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Isso porque, em futuro próximo, a falta ou a abundância de águas será empecilho ou solução para a expansão da economia em muitas regiões do País, especialmente Nordeste e Sudeste. O diretor disse que o conselho é uma instância fundamental para influenciar decisões relevantes em, por exemplo, planejamentos setoriais, como na geração de energia ou na agropecuária, que fazem uso da água para a produção.

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Extração de madeiras da concessão florestal terá monitoramento

16/07/2010
O Serviço Florestal Brasileiro e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) assinaram um acordo de cooperação técnica que vai auxiliar no monitoramento da extração de madeira nas áreas de concessão florestal. As atividades produtivas da primeira concessão do País, na Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia, devem começar neste ano.

"O Inpe é um instituto de excelência na área de monitoramento das florestas e o uso dessas ferramentas é fundamental para o Serviço Florestal, no controle dos contratos e no acompanhamento do que ocorre com as terras públicas federais", afirma o diretor-geral do Serviço Florestal, Antônio Carlos Hummel.

Para verificar se as empresas estão retirando madeira apenas nos locais, intensidade e períodos permitidos, o Serviço Florestal Brasileiro vai usar as imagens de satélite disponibilizadas pelo Inpe. O Instituto também já começou a capacitar técnicos do Serviço Florestal que trabalham com sensoriamento remoto no processamento digital das imagens para realçar as feições características da exploração seletiva, ou seja, por manejo florestal.

O acordo prevê ainda capacitações em sistemas de informações geográficas e gerenciamento de banco de dados espaciais, o que ajudará o Serviço Florestal a ter equipes capazes de aprimorar, constantemente, o monitoramento das florestas públicas brasileiras.
Confiabilidade - O monitoramento por satélite das áreas de concessão vai gerar informações mais detalhadas que as utilizadas atualmente, pois será possível acompanhar espacialmente as atividades dos concessionários. Com essas informações, o Serviço Florestal conseguirá identificar onde estão os pátios de estocagem e onde foram abertas as estradas para escoamento da produção dentro da unidade de manejo, bem como alguma eventual exploração fora da área designada.

Hummel explica que as informações coletadas por satélite vão se somar ao trabalho de campo e tornar mais eficiente o trabalho das equipes que atuarão diretamente na unidade de manejo com o objetivo de verificar o cumprimento do plano de manejo florestal. "São ferramentas que vão melhorar o controle, a auditoria e a fiscalização das concessões florestais."

A parceria entre o Serviço Florestal e o Inpe já vem ocorrendo, e o acordo de cooperação técnica veio selar esse compromisso. A cooperação deve se estender a outras ações relativas à gestão das florestas públicas.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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