ESPECIALISTA ALERTA PARA ACIDIFICAÇÃO DOS OCEANOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2010

30/07/2010 - 12:33
Uma mudança gradual no índice de acidez da águas dos oceanos coloca em risco a vida marinha. Alguns estudos apontam que as consequências serão drásticas em até 100 anos. Os corais, que abrigam milhares de seres vivos, tendem a se transformar em rochas se nada for feito.

De acordo com o pesquisador da Universidade Santo Tomas (UST), do Chile, Nelson Suarez, o pH da água da superfície do mar diminuiu em 0,1 desde o início da industrialização, há pouco mais de um século. “Os oceanos, que representam dois terços do planeta, absorvem o gás carbônico (CO²). Quanto mais moléculas forem emitidas mais problemas teremos. A acidificação do oceano afeta milhões de pessoas”, alertou Suarez.

Os organismos mais afetados pela acidificação são os da base da cadeia alimentar marinha, envolvidos diretamente na manutenção da vida nos oceanos. A redução do pH afeta processos como a fotossíntese, o crescimento e a reprodução. Na 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Natal (RN), cerca de 50 pessoas participaram das discussões sobre a esse problema que avança lentamente.

Segundo Suarez, a melhor maneira de combater esse problema é diminuir a emissão de CO² na atmosfera. Estudos apontam que até o fim do século, o pH dos oceanos deve reduzir entre 0,2 e 0,3.

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Biodiversidade brasileira terá rede de informação unificada

14/07/2010 - 14:51
O Brasil deve estruturar, em um prazo máximo de cinco anos, uma rede de informações sobre a biodiversidade. A intenção é reunir, em um único sistema, todas as informações levantadas sobre o tema em todo o País, por diferentes instituições.

O projeto é de iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), mas também incluirá os dados agregados sobre a biodiversidade e os ecossistemas brasileiros de ministérios como Saúde (MS), Agricultura (Mapa), Meio Ambiente (MMA), Planejamento (Mpog), Educação (MEC) e a Marinha do Brasil, esta responsável pela zona costeira e a plataforma continental e a biodiversidade associada. O projeto está orçado em US$ 28 milhões e, desse total, US$ 8 milhões serão financiados pelo Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF, sigla em inglês) e o restante, US$ 20 milhões, pelo MCT.

De acordo com o coordenador David Oren, da Coordenação Geral de Gestão de Ecossistemas e Biodiversidade do MCT, o projeto foi considerado pioneiro pelos organismos internacionais, como o GEF, instituição ligada ao Programa do Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas (Pnuma/ONU), por focar não apenas em acadêmicos e pesquisadores, mas também em gestores públicos.

“O nosso objetivo principal é reunir as informações produzidas por diferentes instituições sobre a biodiversidade brasileira e, assim, montarmos uma rede. Porém, mais que isso, traduzir esses dados para uma linguagem mais simples para que gestores públicos possam fazer uso da rede para a implementação de políticas públicas”, enfatiza Oren. “Hoje, existem vários sistemas com informações sobre a biodiversidade, mas não são integrados”, complementa ele.

Para Oren, os tomadores de decisão brasileiros acessarão informações estratégicas, que os apoiarão no desenvolvimento e implementação de políticas e decisões de planejamento estratégico. “Isso possibilita que façam melhores escolhas executivas sobre a conservação e uso da biodiversidade de importância global no Brasil”, ressalta.

O projeto tem prazo de cinco anos para ser executado. No primeiro ano, serão identificadas quais as instituições possam servir como fornecedoras de dados. Além disso, as principais demandas que uma rede como essa possa resolver também serão colocadas como pré-requisitos. “Os primeiros passos do projeto serão o de identificar a instituição gestora das informações. Quem irá contabilizar e traduzir os dados? Essa é uma pergunta que teremos que responder logo de início. Além disso, a parte de hardware precisa ser corretamente dimensionada. A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP/MCT) já avançou muito para interligar os pontos de informação em nível nacional, mas na Amazônia Ocidental ainda falta a conectividade ideal. Temos também que definir o modelo de software que vamos trabalhar”, destaca.

Biodiversidade

O Brasil é considerado hoje um dos países mais ricos em biodiversidade. Ela representa cerca de 13% de toda a biota terrestre do planeta, com mais de 200 mil espécies descritas. Além disso, estima-se que muitas outras espécies ainda não foram descritas, especialmente na vasta floresta tropical da Amazônia. Os números reais para a riqueza total de espécies foram estimados entre 1.4 e 2.4 milhões de espécies. O ambiente marinho também abriga diversos organismos desconhecidos.


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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