PRESIDENTE DA CTNBIO DEFENDE USO DE TRANSGÊNICOS EM PALESTRA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2010

26/07/2010 - 15:50
O presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Edilson Paiva, participou hoje (26), em Natal (RN), da 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O geneticista proferiu palestra com o tema Biossegurança de Transgênicos. Na ocasião, defendeu o uso dos organismos geneticamente modificados (OGMs) na agricultura brasileira como forma de desenvolvimento do País.

Para Paiva, pensar nos transgênicos como ameaça é um retrocesso. “Hoje, questionamentos em torno dos transgênicos são constantes. A questão é que esses questionamentos são os mesmos de anos atrás. Nossa ciência evoluiu muito e conseguimos provar que não existe mal nos OGMs, apesar disso recebemos as mesmas dúvidas sempre”, disse.

Paiva falou sobre a crise dos transgênicos. “Existem os favoráveis aos transgênicos, que os veem como uma tecnologia que nos permite uma vida mais longa, sustentável e saudável. Apesar disso, existem grandes corporação que são contrárias à aprovação dos transgênicos. Por uma simples questão de interesse comercial e, por isso, bombardeiam a opinião pública com informações erradas”, ressaltou.

Hoje, a área de cultivo de transgênicos no mundo é de 134 milhões de hectares. Em 1996, era de apenas 1,7 milhão. O mercado de organismos geneticamente modificados, com mais de 45 eventos – cultivares de transgênicos – disponíveis no mundo, movimenta hoje mais de US$ 9 bilhões por ano.

“As plantas transgênicas não podem ser vistas como um Frankenstein. O futuro caminha para a produção de transgênicos. Com eles, conseguimos produzir produtos mais saudáveis e com áreas plantas menores. Precisamos correr contra o tempo porque estamos atrasados em termos de produção de OGMs. Para se ter uma ideia, os Estados Unidos têm uma área plantada de mais de 60 milhões de hectares. Estamos em segundo lugar com 21,4 milhões. Em terceiro, está a Argentina com 21,3 milhões”, disse.

CTNBio

A Comissão Técnica já aprovou quatro variedades de soja, 12 de milho, seis de algodão, nove de vacinas e uma de microorganismos. Além disso, tem 292 instituições que certificam a qualidade dos transgênicos e já liberou mais de mil pesquisas planejadas no meio ambiente.

A CTNBio é uma instância colegiada multidisciplinar, criada por meio da lei nº 11.105, de 24 de março de 2005, cuja finalidade é prestar apoio técnico consultivo e assessoramento ao governo Federal na formulação, atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança relativa a Organismo Geneticamente Modificado (OGM), bem como no estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres técnicos referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente, para atividades que envolvam a construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de OGM e derivados.

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Inpa expõe madeiras da Amazônia na SBPC

Crédito: Eduardo Gomes (Inpa)-O destaque é o reaproveitamento de resíduos florestais na elaboração de produtos artesanais
28/07/2010 - 13:14
Uma cadeira produzida com galhos de árvores da Amazônia, ou seja, com o reaproveitamento de resíduos naturais - sobras em áreas florestais da região norte do país - está exposto no stand do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) na ExpoT&C e atrai os olhares do visitantes da 62 ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento é realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em Natal (RN).

O objeto, assim como outros artigos de decoração produzidos com sobras de madeira, faz parte de estudos e projetos desenvolvidos pela Coordenação de Pesquisas em Produtos Florestais (CPPF) do Inpa. O objetivo é dar um destino adequado a estes materiais, criando assim uma alternativa de sustentabilidade para a região.

De acordo com o pesquisador Jorge Freitas da CPPF, a exposição possibilita expor a biodiversidade de madeiras da Amazônia, além enfatizar os projetos desenvolvidos pela Instituição para que a população de outros Estados possa conhecer. “É uma oportunidade de chamar atenção para os projetos desenvolvidos no Inpa, como o reaproveitamento de resíduos na utilização na marchetaria, luteria, artesanato, aglomerados de produtos florestais, enfatizando sempre a sustentabilidade e a diminuição de impactos ambientais”, afirmou Freitas.

Para a estudante Rafaela da Silva, o reaproveitamento de resíduos florestais vai além de simplesmente conservar a floresta. “É a consciência ecológica. Enquanto existe gente jogando fora os resíduos, os pesquisadores se preocupam em estudar um método de reutilizar as sobras, ou seja, são coisas que em nossa concepção não teriam nenhuma utilidade e esses projetos acabam transformando isso em arte”, explicou.

Exposição

Ainda no setor madeireiro, o Inpa trouxe para apresentar no evento uma pequena amostra de sua coleção de madeiras (xiloteca), visa identificar, catalogar, registrar, conservar e divulgar com dados científicos e tecnológicos as madeiras da Amazônia, utilizando como suporte estudos botânicos e florestais.

A coleção possui valor relevante para a região, devido ser considerada como referencial para os estudos da biodiversidade da Amazônia.

A estudante Juliana Oliveira relata a experiência de conversar com os pesquisadores e afirma ser bastante produtivo o conhecimento científico transmitido nas explicações. “Gostei da iniciativa, além de considerar que os pesquisadores são bem esclarecedores nos oferecendo riquíssimas informações. É impressionante a extração de essências dessas madeiras, porque nós não esperamos que de uma coisa tão bruta se consiga extrair um aroma tão delicado”, declarou entusiasmada Oliveira.


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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