SOJA PLANTADA NO BIOMA AMAZÔNIA
CHEGA A 0,25% DA ÁREA DESMATADA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2010

08/07/2010
Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A área plantada com soja nos estados de Mato Grosso, do Pará e de Rondônia – integrantes do bioma Amazônia - corresponde a 0,25% de toda a área desmatada nessa região. Segundo dados do Grupo de Trabalho Moratória da Soja 2009-2010, integrado pelos segmentos de indústrias processadoras, de exportadores e de organizações da sociedade civil, foram identificados o plantio do grão em 6.300 hectares dos 302.149 hectares monitorados. Os dados foram apresentados hoje (8), na capital paulista, durante a cerimônia de extensão da moratória.

A moratória da soja é um compromisso firmado em julho de 2006 entre as empresas que comercializam o grão e representantes da sociedade civil, e prevê que nenhuma soja plantada em áreas desflorestadas, após a data da assinatura, seja comercializada.

No monitoramento feito na safra de 2007-2008, a área avaliada foi de 49.809 hectares, com a conclusão de que não houve plantio de soja. No segundo monitoramento, na safra de 2008-2009, a superfície verificada passou para 157.896 hectares, com cultivo do grão em 1.384 hectares.

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli, o registro de aumento de áreas plantadas e monitoradas se deve à aplicação de uma nova ferramenta do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desenvolvida especificamente para detectar a existência de culturas agrícolas em áreas florestadas.

“Com essa ferramenta nós fomos mais detalhistas, cobrimos áreas menores que antes não cobríamos, de 25 hectares em vez de 100 hectares. Mas comparado com o total desmatado, esse 0,25% é irrisório para a soja. A comparação melhor vai ser com a próxima safra, porque o critério será homogêneo, porque temos uma ferramenta que cobre a extensão toda dos estados produtores”, explicou Lovatelli.

De acordo com ele, o produtor que não aderir ao projeto terá dificuldades para vender seu produto, já que as entidades que participam da moratória são cerca de 90% do mercado comprador. “Não interprete isso como ameaça, mas nós estamos querendo fazer um processo de governança para ajudar o governo a implementar algumas coisas que estão faltando. A moratória não veio para ficar permanentemente. Nosso desejo é o de que acabe no próximo ano, porque isso seria ter atingido os objetivos”, afirmou.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que participou da cerimônia, lembrou que o ministério aderiu ao projeto em 2008 e tem um balanço positivo da evolução do monitoramento. “Ainda há desafios para aperfeiçoar porque há ainda alguns fazendeiros que desmatam e adicionam terras à sua produção. Mas o que se reconhece é que a maior parte da produção da soja no Brasil não está contribuindo para o desmatamento da Amazônia, e isso está certificado com metodologias tecnológicas”, disse.

Segundo a Izabella Teixeira, o ministério continuará acompanhando e avaliando os resultados, e trabalhando para implementar o cadastramento ambiental rural e da consolidação dos elementos econômico ecológicos da Amazônia que deve ser concluído até dezembro deste ano. A ideia, segundo disse, é estender projetos desse tipo para outros biomas.

“Desde o ano passado estendemos para o Cerrado, agora a Caatinga e o Pantanal e em breve para os Pampas. Nossa expectativa é a de que o aprendizado deste exercício possa nos levar a aprimoramentos, e meu foco seria dar prioridade ao Cerrado”, disse.
Edição: Fernando Fraga

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Bioma Pampa já perdeu mais da metade da vegetação original

22/07/2010
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O bioma Pampa, que ocupa a maior parte do Rio Grande do Sul, já perdeu quase 54% da vegetação original. Os dados mais recentes do desmatamento do bioma, divulgados hoje (22) pelo Ministério do Meio Ambiente, mostram que, entre 2002 e 2008, 2.183 quilômetros quadrados (km²) de cobertura nativa foram derrubados. No total, o bioma já perdeu mais de 95 mil km² da vegetação original.

O levantamento, feito pelo Centro de Monitoramento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), aponta os 19 municípios gaúchos que mais desmataram o bioma no período. Alegrete, no extremo oeste do estado, é o campeão de derrubada, com 176 km² de desmate entre 2002 e 2008. As cidades de Dom Pedrito e Encruzilhada do Sul aparecem em seguida, com 120 km² e 87 km² desmatados em seis anos.

Apesar do grande percentual desmatado, o ritmo de devastação do Pampa é o menor entre os biomas brasileiros. De acordo com os dados do MMA, a região perdeu anualmente, em média, 364 km² de vegetação nos últimos seis anos. No Cerrado, o ritmo anual de devastação é de 14 mil km² por ano e, na Amazônia, a derrubada atinge 18 mil km² de floresta anualmente.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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