CONAMA APROVA PROPOSTA DE RESOLUÇÃO SOBRE
METODOLOGIA PARA RECUPERAÇÃO DE APP

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2010

25/08/2010
Suelene Gusmão e Ana Flora Caminha
O plenário do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) aprovou nesta quarta-feira (25) texto-base de resolução sobre metodologia de recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP), durante a 99ª Reunião Ordinária, em Brasília. As emendas ao texto foram discutidas e aprovadas na manhã desta quinta-feira (26).

O texto da resolução já havia sido aprovado pelas Câmaras Técnicas de Gestão Territorial e Biomas e de Assuntos Jurídicos do Conama, e aguardava o pedido de vistas de duas entidades da sociedade civil organizada. Nele está definida a metodologia para recuperação das APPs, consideradas de interesse social pelo Código Florestal. "A resolução será um instrumento na mão do produtor rural para que ele possa fazer a recuperação das áreas de preservação permanente sem burocracia", explicou o diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus Medeiros.

A idéia é que aconteçam, voluntariamente, ações de restauração e recuperação de APP. De acordo com o texto-base aprovado, a recuperação de APP poderá ser feita por três métodos: condução da regeneração natural de espécies nativas; plantio de espécies nativas; e plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração natural de espécies nativas.

Resolução - Também foi aprovada pelo Plenário do Conama o Regime de Urgência para que sejam promovidas as alterações na Resolução 303/2002, que trata dos parâmetros, definições e limites relativos às APPs. As alterações têm por objetivo aprimorar a norma, retirando dela o que seriam simples repetições do Código Florestal e reformulando definições que provocaram insegurança e distorções na aplicação da norma.

De acordo com João de Deus, são três os pontos essenciais alterados na proposta. O primeiro diz respeito à APP de margem de rio, com a alteração do conceito de "nível mais alto"; o segundo, à metodologia para medição das áreas de topo de morros; e, o terceiro, que retira do texto a parte que define como APP, nas restingas, uma faixa de 300 metros a partir da linha de preamar máxima.

Pela manhã, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, abriu os trabalhos do Conama e lamentou o grande número de queimadas no País, ressaltando que 7 mil bombeiros estão trabalhando no combate aos incêndios, além de homens do Exército e brigadistas.
Durante o encontro, a ministra também falou sobre a iniciativa do MMA em apresentar proposta alternativa à legislação que tramita no Congresso Nacional sobre o Código Florestal e que convidará os conselheiros do Conama a participar da discussão. Por fim, enfatizou que, em relação à regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, setores da sociedade serão consultados para a formulação do texto que vai detalhar a legislação a ser encaminhada ao Governo Federal.

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Veleiro científico pesquisa poluição do mar

25/08/2010
Carlos Américo
O veleiro científico Sea Dragon começa, nesta quinta-feira (26), uma viagem pelo oceano Atlântico para monitorar a presença e os impactos de poluentes orgânicos persistentes (POPs) na água e em peixes de águas profundas. A partida será na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, depois da cerimônia, às 11h, que marca a entrada em vigor de nove novos produtos à lista de POPs.

Os POPs são substâncias persistentes, discutidas no âmbito da Convenção de Estolcomo. Elas permanecem no ambiente por muito tempo sem sofrer degradação, o que gera danos ao ser humano e à natureza. Já existem 12 substâncias na lista de POPs, utilizadas em pesticidas de controle de insetos no solo, inseticidas de culturas de algodão e outros produtos utilizados em indústrias químicas.

Uma vez que muitos dos POPs ainda são utilizados em todo o mundo, os países que integram a Convenção Estocolmo vão adotar medidas de controle, redução e eliminação desses produtos.

A viagem faz parte da Campanha das Nações Unidas para a Responsabilidade sobre os Produtos Químicos e Resíduos Perigosos. Em videoconferência, o secretário-executivo da Convenção de Estocolmo, Donald Cooper, realizará ato comemorativo em Genebra, Suíça, referente à entrada em vigor das nove novas substâncias químicas.

A secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Branca Americano, participa do evento na Marina da Glória. A iniciativa também busca inserir o tema da segurança química nos debates da Rio+20, em 2012.

No Brasil, será realizado inventário sobre os novos POPs, elaborando medidas de controle e eliminação das substâncias. As novas substâncias incluídas são alfa hexaclorociclohexano (±-HCH); beta hexaclorociclohexano (²-HCH); lindano; clordecone; hexabromodifenil; éter octabromodifenílico comercial (octa-BDE); éter pentabromodifenílico comercial (penta-BDE); ácido perfluooctano sulfônico, seus sais e perfluorooctano sulfonil fluoreto (PFOS/PFOSF); e pentaclorobenzeno.

Controle e eliminação de poluentes

O HCH (hexaclorociclohexano), que já foi utilizado como agrotóxico e preservante de madeira no Brasil, teve o seu registro cassado em 2007, porém, há indícios da existência de estoques e áreas contaminadas.

O caso mais conhecido é o da Cidade dos Meninos, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Nos anos 50, a fábrica de pesticidas para combate à malária foi desativada e todo o material poluente foi abandonado no local. O material se espalhou e infiltrou no solo, iniciando um processo de contaminação do meio ambiente e da população que dura até hoje.

No caso do PFOS/PFOSF, utilizado em isca formicida, serão adotadas medidas restritivas. Outros produtos podem ser encaminhados para reciclagem.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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