INB INICIA CONSTRUÇÃO DE OUTRO DEPÓSITO
DE EFLUENTES LÍQUIDOS EM CAETITÉ (BA)

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2010

Marcelo Corrêa/INB - Novo repositório de efluentes líquidos em construção em Caitité (BA). 11/08/2010 - As obras para a construção de outro depósito de efluentes líquidos foram iniciadas nesta semana pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB/MCT) na Usina de Concentrado de Urânio em Caetité (BA), após a aprovação do projeto pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCT). Essa será a quarta bacia a ser construída e possibilita o aumento da produção da mina.

Os depósitos, que servem para receber o líquido sem urânio resultante do processo de mineração, são forrados com manta impermeabilizada para que o produto não tenha contato com o solo e não afete o meio ambiente. A água é reaproveitada no processo de produção, num programa de reciclagem e reutilização desenvolvido pela INB, evitando assim o desperdício.

A INB segue todas as normas estabelecidas pelos órgãos fiscalizadores - além da Cnen, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA - órgão vinculado à ONU). Todos eles vêm atestando continuamente que a operação da empresa é realizada com segurança e respeito ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores e dos moradores das comunidades do entorno da mina.

A Cnen, por sua vez, fez em março último uma avaliação do consumo da água subterrânea proveniente de poços abertos nas proximidades da mina. Os resultados atestam que “as doses de radiação encontram-se abaixo do limite do recomendado para exposição pública”. A média histórica das taxas de radiação das águas de Caetité é de 0,1 Bq/L, quantidade cinco vezes menor que o valor máximo permitido - 0,5 Bq/L (bequerel por litro).

Além dos órgãos fiscalizadores, outras entidades realizam pesquisas para acompanhar o impacto das atividades da INB na região. A possibilidade de aumento de casos de câncer foi pesquisada pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec/Fiocruz), entre 1995 (antes da entrada em operação da INB) e 2005.

De acordo com o estudo, o número de casos de câncer em Caetité em 1995 correspondeu a 6.5% da população, enquanto que na Bahia como um todo o número foi de 7.40%. Em 2005, o percentual de Caetité foi de 6.6%; ne ste mesmo ano, o índice na Bahia chegou a 9.45%.

O relatório da Fiotec conclui, portanto, que não houve aumento nos casos de câncer da região e que não há maior probabilidade de se adquirir a doença nesses municípios em relação ao estado da Bahia, seja por causa da radioatividade natural do local, seja por causa das atividades de extração e beneficiamento do minério de urânio.

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Árvores são testemunhos da história do Museu Goeldi

Divulgação/MPEG - Samaumeira plantada, em 1896, pelo botânico suíço Jacques Huber. 05/08/2010 - Príncipes, princesas, presidentes, ministros, autoridades civis, militares e eclesiais. Personalidades locais, nacionais e internacionais. Descendentes dos primeiros habitantes do Brasil. Ilustres visitantes que, em algum momento da história, deixaram registrada a sua visita à instituição de pesquisa mais antiga da Amazônia, por meio do plantio de mudas de espécies florestais no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT), em Belém (PA).

Testemunhas da História, essas árvores, de diferentes espécies, idades, tamanhos, usos e perfumes, encantam os visitantes e servem de abrigo às aves que buscam refúgio no Parque, como garças, guarás e corujas. Uma das mais antigas e frondosas é a Ceiba pentandra, Samaumeira plantada, em 1896, pelo botânico suíço Jacques Huber, fundador do Herbário do Museu e que sucedeu Emílio Goeldi na gestão do Museu Paraense, até o ano de 1914, quando faleceu. Localizada em frente ao aquário do Museu, o exemplar floresceu pela primeira vez em 1932 e hoje tem quase 40 metros de altura.

Outro exemplar é o Visgueiro (Parkia pendula) plantado, em 1937, pelo botânico Adolfo Ducke, tido como um dos maiores botânicos do Brasil e notório estudioso da flora amazônica. Tanto Huber quanto Ducke trabalharam no Museu ao lado do naturalista suíço Emílio Goeldi e deram importantes contribuições para pesquisa botânica na Amazônia e para o enriquecimento da flora do Parque.

Pomar

O visitante pode conhecer o Cumaru (Dipteryx odorata) plantado, em 1936, pelo príncipe D. Pedro de Orleans e Bragança; o Babaçuzeiro (Orbignya phalerata) plantado, em 1938, pelo professor Max Burret, botânico alemão especialista em palmeiras; e o exemplar de Patauá (Oenocarpus bataua), também plantado em 1936, pelo ministro da Suíça, Alberto Gerischa, todos devidamente identificados com plaquinhas; ou passar pelos exemplares de Jarina (Phytelephans macrocarpa) e de Pupunharana (Syagrus inajai) plantados em 1939, pelas princesas portuguesas Maria Francisca e Thereza Maria de Orleans e Bragança, respectivamente.

Esses e outros exemplares históricos foram plantados no Pomar das Palmeiras, Palmarium iniciado na década de 30 por Carlos Estevão, à época diretor do Museu Goeldi. O Palmarium abriga uma variedade de palmeiras, dentre as quais o buriti, que além do fruto, fornece as hastes utilizadas na fabricação dos famosos brinquedos de miriti, tão representativos da cultura paraense. O patauá, o babaçu, o inajá e o urucuri são ainda exemplos de palmáceas presentes na cultura das populações amazônicas que embelezam esse espaço do Parque.

Outras personalidades históricas que também deixaram registro de sua passagem pelo Goeldi foram o presidente da República Getulio Vargas, com exemplar de Pau-Brasil (Caesalpinia echinata), de 1940, e o General Cândido Rondon, com uma muda de Urucuri (Scheelea phalerata) plantada em 1938.

Extinção

Dentre as mais recentes destacam-se as mudas de Mogno (Swietenia macrophylla) e de Freijó (Cordia goeldiana) plantadas em 2002, respectivamente, pelo presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn, e pelo diretor do Banco Mundial no Brasil, Vinod Thomas.

O ano de 2002 também foi marcante para fortalecer ainda mais os laços entre o Museu Goeldi e as populações indígenas. No dia 4 de dezembro, índios Ticuna de várias tribos da Amazônia brasileira e colombiana plantaram mudas de Caroba (Jacaranda copaia), única espécie do gênero Jacaranda amplamente distribuída na Amazônia; além de exemplares de Sabonete (Sapindus saponaria), Pitomba-das-guianas (Melicocca bijuga) e Iperana (Crudia bracteata).

Em 2007, em visita ao Brasil, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, conheceu o Museu Goeldi e deixou plantada uma muda de Caiauê (Elaeis oleifera), espécie conhecida como Dendê-do-Pará ou a planta que anda.

Já o plantio de mudas de espécies ameaçadas de extinção marcou o lançamento do Programa Extinção Zero, que oficializou a lista de espécies ameaçadas do Pará, em fevereiro de 2008. Na cerimônia, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, e o biólogo José Maria Cardoso, vice-presidente de Ciências para a América do Sul da ONG Conservação Internacional, plantaram no Parque mudas de espécies regionais ameaçadas de extinção: o Pau-rosa (Aniba rosaedora Ducke), o Ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa) e o Mogno.


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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