CRESCEM AS DENÚNCIAS DE CAÇA AO
PEIXE-BOI NO INTERIOR DO AMAZONAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2010

Crédito: Séfora Antela (Ascom Ampa)
29/10/2010 - 08:29
A Amazônia vive nos últimos meses uma forte seca e com a redução do nível da água dos rios o peixe-boi, espécie ameaçada de extinção, está mais vulnerável à caça. A Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), que atua em parceria com o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), recebeu só nesta semana denúncias de caça ao animal nos municípios de Autazes, Silves, Coari e Tefé.

De acordo com o médico veterinário da Ampa, Anselmo d’Affonseca, peixes-bois estão sendo mortos em Silves. “Esse é um dos animais que foram mortos na área e há informações de que quatro a nove estão são abatidos por dia naquela área. Isso é preocupante pois deve estar ocorrendo em toda a bacia amazônica”, enfatizou.

A Ampa recebeu nesta quarta-feira (27) um filhote de peixe-boi fêmea morto de aproximadamente um ano com marcas de arpão, proveniente de Silves.

Conscientização

Na segunda-feira (25), uma equipe da Ampa, Polícia Civil, Batalhão Ambiental, Secretaria de Meio Ambiente do Município de Autazes e representantes da colônia de pescadores fizeram uma ação de conscientização no município, após denúncias de caça em um lago. “Fomos avisados de que um lago próximo à colônia dos pescadores de Autazes secou muito e os animais estavam expostos, sendo vítimas de caça. Então, mobilizamos essa equipe para fazermos a fiscalização e conscientização ambiental, a fim de proteger essa espécie”, explica o diretor da Ampa, Jone César Silva.

A estiagem

Em período de seca, como esclarece Silva, os peixes-bois migram para lagos profundos aguardando a enchentes; entretanto, em secas mais severas, como está ocorrendo esse ano, os animais ficam muito mais vulneráveis ao abate. “Historicamente, o peixe-boi amazônico é alvo de caça, por ter um grande interesse comercial, devido a sua carne, gordura e principalmente seu couro muito resistente. Hoje, mesmo protegido por lei, ele ainda é vítima de caça ilegal e esse fator se agrava nessas épocas do ano”, comenta.

O pesquisador alerta ainda que se o animal continuar sendo caçado, pode deixar de existir, como ocorreu com a vaca-marinha-de-Steller, parente do peixe-boi extinto no século 18, após 27 anos de sua descoberta. “O peixe-boi é uma espécie endêmica da região. Ele tem um papel importante para o equilíbrio do ecossistema, como é um animal herbívoro, alimenta-se de plantas aquáticas, portanto, evita que as plantas se acumulem no rio, permitindo a passagem de canoas. Além disso, suas fezes servem de alimento para microorganismos, que por sua vez são comida para os peixes. Já os peixes fazem parte de nossa dieta,” ressalta.

Ajude a salvar uma vida

Os números para que a população possa entrar em contato em casos semelhantes são: o Batalhão de Policiamento Ambiental (92) 3214-8904 e 190; o do Ibama (92) 3613-3094 e da Ampa (92) 3236-2739.

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Serviço Florestal lança livro sobre recursos florestais da Caatinga

28/10/2010 - 15:54
O Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), lança no próximo dia 23 de novembro, em Recife (PE) o livro Uso Sustentável e Conservação dos Recursos Florestais da Caatinga, que reúne artigos técnico-científicos resultados de 25 anos de pesquisa.

Os estudos foram atualizados e consolidados por mais de 20 pesquisadores e técnicos, de universidades regionais, órgãos estaduais de meio ambiente, organizações não-governamentais, além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo com o chefe da Unidade Regional Nordeste do SFB, Newton Barcellos, o livro considera a relevância do manejo sustentável das florestas da Caatinga para o desenvolvimento econômico e social do Semiárido, bem como, sua influência sobre os meios de vida da população.

“Esse Bioma tem um grande potencial de exploração, que urge por ocorrer de modo sustentável, devido à inegável dependência econômica das comunidades locais, seja por meio do abastecimento com energéticos florestais para indústrias, estabelecimentos comerciais e domicílios, ou da comercialização e do beneficiamento de produtos não-madeireiros, como frutos e palhas, por exemplo”, avalia Barcellos.


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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