PAÍSES TÊM DESAFIO DE REDUZIR EMISSÕES COM URGÊNCIA, DIZ MINISTRA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2010

Em discurso na COP 10, Izabella Teixeira defende que países se concentrem em ações concretas
26/10/2010
Rafael Imolene
Durante a programação da 10ª Conferência das Partes sobre Diversidade Biológica (COP 10), realizada em Nagoia, no Japão, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta terça-feira (26/10), ser "de máxima importância que os países se organizem

voluntariamente para superar com urgência o desafio de reduzir emissões provenientes do desmatamento e da degradação das florestas". A declaração fez parte de discurso da ministra proferido durante a reunião ministerial entre os países parceiros da REDD+ (REDD Plus, sigla para Redução das Emissões do Desmatamento e Degradação).

Izabella Teixeira ressaltou que as ações de financiamento para a REED+ devem ser vistas como exemplo de multilateralismo e de compromisso coletivo, com potencial de influenciar positivamente as negociações na Conferência sobre Mudanças Climáticas (de 29 de novembro a 10 de dezembro, em Cancún). "Esta parceria nos dá a capacidade de aperfeiçoarmos pontos relacionados às decisões de REDD+ da Conferência de Mudanças Climáticas, bem como de preparar o desenvolvimento de países para implementar as estratégias deste mecanismo de acordo com o progresso das negociações desta conferência", disse. "Os esforços comuns de países doadores e beneficiados pode nos permitir mais efetivamente alcançar as metas de REDD."

De acordo com a ministra, já é possível identificar resultados apenas cinco meses depois do lançamento da parceria. "Os dados disponíveis nos mostram que os compromissos, tanto multilaterais quanto bilaterais, das iniciativas de REDD+ têm crescido desde maio." Citando outro exemplo, Izabella mencionou que o Fundo Global para o Meio Ambiente acaba de criar incentivos para investimentos em REDD+.

Medidas Concretas - Em diferentes momentos do discurso, Izabella Teixeira destacou a necessidade de tomar decisões e agir imediatamente. "Estamos aqui para lidar com a urgência de reduzir o desmatamento e a degradação florestal, e de reduzir uma das mais importantes fontes de emissões de carbono nos países em desenvolvimento", afirmou. "O Brasil acredita que devemos nos concentrar em medidas concretas, e não em política. Nossas florestas necessitam de ação imediata."

Ao concluir, a ministra ressaltou a importância de respeitar os povos e a soberania das nações. "Estamos aqui para trabalhar com os países doadores e as partes interessadas, com o objetivo de garantir o apoio financeiro e técnico aos países em desenvolvimento para que alcancem suas metas. Estamos aqui para trabalhar juntos em estratégias ambientais que são consistentes e que vão promover benefícios para a biodiversidade, respeitando os direitos dos povos indígenas e de comunidades locais. O Brasil acredita que podemos fazer tudo isso juntos, com transparência, inclusão e respeito à soberania dos países."

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Biocombustíveis integram política ambiental, diz ministra do Meio Ambiente

26/10/2010
"A produção de biocombustíveis no Brasil se dá por meio de políticas públicas que buscam aumentar sua produção de forma sustentável, conservando a natureza, gerando empregos e partilhando seus benefícios entre toda a população", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na abertura do evento Biodiversidade e Sustentabilidade dos Biocombustíveis.

O evento foi organizado pelo governo brasileiro e Petrobras como parte da programação paralela à 10ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP 10), em Nagoia, Japão.

Em seu discurso, Izabella Teixeira explicou que a estratégia de expansão da produção do etanol e do biodiesel está baseada na combinação de dois importantes instrumentos de gestão e de ordenamento agrário e ambiental: o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) e o Zoneamento Agroecológico (ZAE).

A ministra esclareceu ainda que o Zoneamento Ecológico-Econômico é parte da Política Nacional do Meio Ambiente, que busca apoiar as decisões sobre planejamento econômico, social e ambiental e o uso da terra.

Assim, prosseguiu, "a política se converte em um instrumento que rege o uso da terra e os processos de ordenamento, por meio de políticas setoriais".
Segundo ela, o Zoneamento Agroecológico é um instrumento da Política Nacional de Agricultura, realizada sob a responsabilidade direta do Ministério da Agricultura e Pecuária, indicando áreas com maior capacidade agrícola para culturas específicas.

Amazônia - A representante do governo brasileiro lembrou que uma Comissão Interministerial aprovou recentemente o Zoneamento Macro-Ecológico-Econômico da Amazônia.

"Considero este zoneamento um instrumento muito importante da política pública brasileira, pois prevê uma série de orientações para dinamizar as economias locais com base sustentável, defendendo que boas condições de vida não contrariam a conservação da floresta", ressaltou.

Para realizar o trabalho, a região foi dividida em 10 diferentes unidades territoriais, cada uma com suas próprias estratégias de políticas de desenvolvimento, relacionadas com a conservação de seus recursos naturais.

"O macrozoneamento também enfatizou áreas protegidas, permitindo ao governo avançar em direção a um ordenamento territorial economicamente viável e socialmente justo", acrescentou a ministra.

Sustentabilidade - O Governo brasileiro acredita que a produção e uso de biocombustíveis é um importante vetor de desenvolvimento sustentável, em especial para países em desenvolvimento com potencial produtivo.

Como qualquer atividade agrícola, sua expansão deve ser planejada e adequada à necessidade de preservação dos recursos naturais e da biodiversidade.

"A experiência brasileira comprova ser possível combinar a produção de bioenergia com a de alimentos e a preservação ambiental, especialmente quando auxiliada por políticas de planejamento territorial, como o zoneamento agroecológico", afirmou a ministra.

Segundo ela, o Brasil trabalha com outros países em desenvolvimento para que eles possam também se beneficiar das potencialidades desses recursos.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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