WWF-BRASIL APOIA AMPLIAÇÃO DE CASA DE
PRODUÇÃO DO MUNICÍPIO DE APIACÁS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2010

25 Novembro 2010
Os agricultores do município mato-grossense de Apiacás, a 953 quilômetros de Cuiabá, devem aumentar bastante sua produção de frutas a partir das próximas semanas. O WWF-Brasil está investindo na ampliação da sede da Associação Regional de Apicultores da Amazônia Apiacaense (Arapama), por onde passa boa parte da produção fruticultora do município. Cerca de R$ 160 mil foram investidos na aquisição de equipamentos e na ampliação da estrutura.

Ao longo dos últimos meses, o WWF-Brasil realizou a doação de equipamentos de beneficiamento como câmaras frias, “despolpadoras de frutas”, secadoras e embaladoras de castanha que devem ampliar a capacidade de produção e comercialização dos comunitários. As culturas da castanha, mel e cupuaçu, já existentes, serão diretamente afetadas pelos benefícios – e a idéia é no futuro agregar naquele centro de produção outros produtos, como o açaí. Dez novos empregos devem ser gerados com as melhorias realizadas na sede da Arapama.

O WWF-Brasil apoiou também a ampliação de um galpão para a instalação de uma câmara fria. Com a adequação na rede de energia elétrica, em breve o equipamento vai entrar em operação. Outros investimentos feitos pelos comunitários permitirão que o beneficiamento da castanha seja feito na própria Apiacás. Atualmente, o produto é beneficiado no Paraná, no sul do País. O município produz hoje 80 toneladas de castanha e mais de 30 toneladas de cupuaçu por ano.

O presidente da Arapama, Osmar José Schlickmann, disse que os projetos desenvolvidos pela associação junto ao WWF-Brasil possuem uma grande amplitude social. “Antes, nós tínhamos a castanha ao natural e vendíamos o produto ao atravessador. Mas a partir de agora vamos beneficiar a castanha aqui mesmo. Assim poderemos vendê-la no mercado nacional e também no exterior, trazendo mais renda para os nossos agricultores”, afirmou. A Arapama reúne 180 famílias da zona rural de Apiacás, entre produtores e fornecedores de castanha, cupuaçu e mel.

A ampliação da sede da Arapama faz parte de um trabalho mais amplo, desenvolvido pelo WWF-Brasil no bloco de conservação Juruena-Apuí há pouco mais de três anos. O bloco, com cerca de 9 milhões de hectares, abrange áreas situadas no sul do Amazonas e noroeste do Mato Grosso. Naquela região, que possui 18 unidades de conservação, é possível encontrar mais de 500 espécies de pássaros e pelo menos 14 tipos de primatas.

O objetivo do WWF-Brasil é auxiliar na criação e consolidação de áreas protegidas, além de impulsionar alternativas econômicas sustentáveis naquela região.

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Técnicos transformam certificação em realidade no campo

26 Novembro 2010
Por Daniela Mendes, de Feijó (AC)
A realidade de alguns produtores do Acre está mudando com o programa de certificação de propriedades rurais, coordenado pelo governo estadual com apoio do WWF-Brasil. Produtores recebem treinamento, apoio técnico e um incentivo financeiro para que suas atividades sejam feitas de forma sustentável, sem o uso de fogo e respeitando os ecossistemas locais. Os resultados positivos já aparecem, mudando paradigmas e transformando práticas predatórias tradicionais em eficientes e rentáveis modelos de produção sustentável.

Os técnicos agroflorestais que trabalham no campo são peças fundamentais para o funcionamento da engrenagem que move o programa de certificação. Dheina da Costa Gomes, de 21 anos, e Gilson da Silva Dantas, 33, formaram-se recentemente na Escola da Floresta, instituição estadual que oferece formação de técnicos nas áreas de produção e meio ambiente. Atualmente, prestam assistência a produtores que vivem às margens da BR-364, em processo de asfaltamento, mais precisamente na região dos municípios acreanos de Manoel Urbano e Feijó.

Nascida em Senador Guiomard, Dheina foi uma das jovens escolhidas pela sua comunidade, o Projeto de Assentamento Petrolina, para estudar na Escola da Floresta. “Não só gostei de ter feito o curso, como quero continuar meus estudos nesta área”, afirma. Ela espera continuar trabalhando e quer fazer faculdade de Engenharia Florestal.

Durante o curso, Dheina teve como primeira experiência profissional o estágio de 120 horas na área da BR-364. Quando terminou o estágio, voltou a sua comunidade para compartilhar e aplicar o que aprendeu nas áreas de organização comunitária, piscicultura e apicultura.

Um ano depois do estágio, em agosto de 2010, foi selecionada pelo Instituto de Terras do Acre (Iteracre) para trabalhar na região onde havia estagiado: “Fiquei sabendo das vagas no Iteracre e deixei meu currículo. As pessoas têm boa aceitação ao trabalho de orientação dos técnicos florestais e nos valorizam, porque somos muitas vezes os únicos representantes do governo que já foram lá visitá-los e prestar assistência técnica”, explica.

Segundo ela, os produtores demandam muito dos técnicos. “Eles pedem explicações, tiram dúvidas sobre as hortas, roçado sustentável, manejo da mucuna e valorizam o nosso trabalho. Nós não vamos lá apenas para fazer diagnóstico e adesão ao Programa de Certificação”, diz.

Dheina salienta a importância de programas como o da certificação, direcionados primeiramente para instruir e capacitar o produtor em boas práticas. “Não é que os produtores queiram tocar fogo, é que eles têm conhecimentos limitados. Acredito que com essas alternativas que estamos trazendo eles vão trabalhar em suas propriedades de forma sustentável”, prevê.

A técnica demonstra otimismo em relação ao futuro do setor produtivo na região da BR-364. Para ela, haverá melhoria da qualidade de vida dos produtores e condições de escoar a produção por conta da conclusão do asfaltamento da rodovia.

Gilson da Silva Dantas, também nascido em Senador Guiomard, estudou na Escola da Floresta para suprir a deficiência de técnicos na sua comunidade de origem, o Projeto de Assentamento Limeira. Ele considera muito boa a oportunidade de atuar no Programa de Certificação de Propriedades Rurais.

“A gente se sente bem em estar contribuindo, orientando para que eles não desmatem mais e aproveitem melhor o que já desmataram. Orientamos também para que eles preservem as matas ciliares e não usem mais o fogo”, afirma. “Em no máximo dois anos ninguém mais vai usar fogo por aqui”, completa com otimismo.

O Programa de Certificação também cria uma importante demanda por profissionais, melhorando o futuro de jovens como Gilson e Dheina. Ao ser questionado sobre suas expectativas profissionais, ele abriu um grande sorriso e disse que não pretende ficar “só como técnico”: “Pretendo fazer faculdade de Engenharia Florestal ou Veterinária, que é o meu sonho”, concluiu.


 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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