BRASIL FOI PROTAGONISTA EM CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS DA ONU

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2010

15/12/2010
Ana Flora Caminha
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta quarta-feira (15/12) que o Brasil demonstrou possuir as três qualidades necessárias para contribuir para o sucesso das conferências da internacionais: capacidade de diálogo, diplomacia eficiente e conhecimento técnico. A declaração foi feita em evento promovido pela Universidade de Brasília para discutir os avanços e desafios dos acordos de biodiversidade e clima, tratados em Nagoya, no Japão, e em Cancún, no México.

Em relação à 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada na segunda quinzena de outubro em Nagoya, a ministra explicou que estava em jogo, do ponto de vista político, o processo multilateral, questionado após a Conferência do Clima, em Copenhague, no final de 2009. "O Protocolo de Nagoya sobre acesso e repartição de benefícios foi negociado até o último minuto", lembrou a ministra.

Em Nagoya foram ainda definidas as metas para 2020, cujo desafio para o Brasil será a conservação da biodiversidade nos ecossistemas costeiros e marinhos. A ministra lembrou que, apesar de nenhum dos países ter cumprido as metas de conservação estabelecidas para 2010, "o Brasil é o campeão no cumprimento das metas, tendo criado 75% das áreas protegidas em todo o mundo nos últimos oito anos."

A ministra falou do terceiro resultado da COP-10, que trata dos meios de financiamento para implementação das ações. "Será preciso construir a Estratégia Nacional até 2012, para então acessar os recursos necessários para implementar as ações, pois a partir de Nagoya o repasse de recursos deverá ser sempre associado a objetivos claros."

O secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Bráulio Dias, reforçou que, a partir da COP-10, os valores da biodiversidade serão incluídos nas contas públicas nacionais, até 2020 serão eliminados todos os incentivos econômicos perversos para a biodiversidade e serão criados incentivos positivos para valorização da biodiversidade, saindo da política tradicional de comando e controle.

Cancún - Segundo a ministra, a 16ª Conferência das Partes da Convenção sobre Mudança do Clima, no México não gerava muitas expectativas por conta dos resultados da COP-15 em Copenhague, mas surpreendeu a todos, mais uma vez, pelo protagonismo do Brasil que, junto com o Reino Unido, conseguiu assegurar que o Protocolo de Kyoto continue em negociação, apesar das profundas divergências em relação à segunda fase de compromisso.

Ela lembrou que, durante a COP-16, o Brasil anunciou a curva de redução das emissões até 2020, por meio de decreto assinado pelo presidente Lula. "Fomos o primeiro país do mundo a fazer um anúncio deste tipo, mesmo com o cenário de crescimento da economia", afirmou a ministra. "O Protocolo de Kyoto é essencial para que o impacto sobre as mudanças climáticas seja significativo e o Brasil está comprometido em fazer sua parte a fim de garantir a construção de uma economia de baixo carbono no futuro", assegurou a ministra.

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MMA e Serviço Florestal iniciam atividades para o Inventário Florestal Nacional

16/12/2010
Carine Correa
As florestas brasileiras terão uma atenção a mais a partir de agora. O Governo Federal vai começar a inventariar a qualidade, quantidade e as regiões florestais em todo o País, e os dados atualizados servirão como informações precisas para a elaboração de políticas públicas de uso e conservação destes recursos naturais.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, anunciaram nesta quinta-feira (16), no Jardim Botânico de Brasília, o ínicio das atividades para a realização do Inventário Florestal Nacional. A iniciativa vai levantar dados que vão subsidiar também as ações do Brasil em fóruns internacionais, em especial nos eventos sobre mudanças climáticas e conservação da biodiversidade.

De acordo com a ministra Izabella, o inventário será um instrumento de base técnica científica que fornecerá dados precisos nos processos de negociação e análise para um planejamento ambiental adequado e eficiente. “A sociedade brasileira não tem informação suficiente sobre as florestas do País, e esse trabalho vai subsidiar também o debate sobre conservação da biodiversidade e mudanças climáticas. Com isso, poderemos convencer tomadores de decisão de diferentes setores a disponibilizar recursos permanentes para as florestas, entre outras medidas", disse.

O Inventário Florestal contará com cerca de 20 mil pontos amostrais distribuídos por todo o País, que estarão localizados a 20 quilômetros uns dos outros. Em cada local, equipes buscarão informações como número, altura, diâmetro e espécies de árvores, tipo de solo, estoque de carbono e biomassa. Também será feito um levantamento socioambiental para conhecer a relação das populações locais com a floresta.

Para Antônio Carlos Hummel, esta será uma oportunidade única de mostrar o real estado das florestas nacionais. Ele ressaltou que, apesar de já haver um monitoramento via satélite, o trabalho de campo bem planejado e com metodologia integrada entre os estados da Federação permitirá que haja dados pertinentes. Assim, poderemos ter uma atuação mais consistente no que se refere à conservação destes recursos naturais", afirma.

Números - As florestas brasileiras ocupam 516 milhões de hectares, cerca de 60% da áreas do País, mas ainda não existem informações amplas e sistematizadas sobre esse patrimônio natural. O Inventário Florestal Nacional será o marco zero deste levantamento e servirá como referência para analisar mudanças na distribuição e composição das florestas e na relação das populações que habitam nestas regiões.

As equipes responsáveis pela coleta de dados vão visitar todos os estados da federação e verificar também aspectos como a condição fitossanitária (saúde) das árvores, quantidade de matéria orgânica morta e vestígios de exploração florestal. O Amazonas terá o maior número de pontos amostrais (3.906), e o estado de Sergipe o menor(55).

UnB- Durante o evento, uma equipe da Universidade de Brasília (UnB) fez uma demonstração da medição de uma área do Jardim Botânico. A UnB será parceira do Serviço Florestal no levantamento de informações de 67 pontos amostrais do Distrito Federal.

No dia 17 de dezembro, o Serviço Florestal também vai promover o 1º Encontro do Sistema Nacional de Informações Florestais no Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal (Cenaflor). Serão lançados ainda o Portal Nacional da Gestão Florestal e o livro de bolso "Florestas do Brasil em Resumo 2010", e haverá a apresentação do status do Sistema Nacional de Informações Florestais.

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FNDF seleciona instituições para apoio a projetos em comunidade extrativista

17/12/2010
Organizações, cooperativas e empresas com experiência em capacitação e assistência técnica florestal (ATEF)podem apresentar, a partir desta sexta-feira (17/12), propostas para se tornarem fornecedores desse tipo de serviço para comunidades selecionadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF).

O Serviço Florestal Brasileiro responsável pela gestão do FNDF lançou quatro avisos de licitação para selecionar seis empresas ou organizações, que executarão diversas ações envolvendo capacitação e ATEF em 21 comunidades em seis estados do Norte e Nordeste. A escolha da melhor proposta ocorrerá no dia 29 de dezembro, por meio de pregão eletrônico.

As comunidades beneficiadas foram definidas, após chamadas de projetos relacionados a quatro temas: manejo florestal para assentados na caatinga; manejo florestal comunitário e familiar em Resex da região norte; produção de sementes e de mudas para restauração florestal da Mata Atlântica no Nordeste.

Serão selecionadas as empresas que propuserem o menor preço para realização das atividades previstas nos editais. No entanto, antes da assinatura dos contratos os vencedores devem provar ter capacidade técnica para executar as ações. As empresas ou organizações devem ter experiências prévias em atividades de capacitação e assistência técnica florestal e já devem ter trabalhado com público com perfil semelhante às comunidades beneficiadas.

Para participar do pregão, os interessados precisam estar credenciados no Portal de Compras do Governo Federal (http://www.comprasnet.gov.br). O credenciamento pode ser feito diretamente pela internet. Para assinar o contrato, os vencedores do pregão devem estar cadastrados no Sistema de Cadastro de Fornecedores (Sicaf). As instruções para se cadastrar no Sicaf estão no portal compras.net

Para mais informações sobre a licitação, os interessados podem entrar em contato com o Serviço Florestal Brasileiro, por telefone (61-2028-7147) ou por e-mail (fndf@florestal.gov.br)

Prioridades do FNDF em 2011

No próximo ano, o FNDF deve apoiar projetos com três focos principais: 1) capacitação de extensionistas para atividades de manejo florestal na Amazônia e Caatinga e para a recuperação florestal na Mata Atlântica; 2) promoção das boas práticas de uso dos recursos florestais no Cerrado; e 3) apoio à disponibilização de recursos humanos para o desenvolvimento florestal na Amazônia e Caatinga.

Estas prioridades constam no Plano Anual de Aplicação Regionalizada (PAAR-2011), que foi apresentado para o Conselho Consultivo do FNDF no dia 15 dezembro. O PAAR será publicizado até o fim de 2010, após manifestação final dos integrantes do Conselho formado por representantes dos governos federal, estadual e municipal, sociedade civil, representações de trabalhadores e do empresariado.
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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