MPF DIZ QUE CONDICIONANTES EM BELO MONTE NÃO ESTÃO SENDO CUMPRIDAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2010

19/12/2010
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dez meses depois da concessão da licença prévia para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), algumas das condicionantes previstas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não estão sendo cumpridas. A denúncia é do Ministério Público Federal (MPF) no Pará, que na semana passada esteve em dois municípios da região que está no entorno da usina.

Concedida em fevereiro pelo Ibama, a licença prevê 40 condicionantes para tentar garantir viabilidade social e ambiental de Belo Monte.

Técnicos e procuradores do MPF estiveram na comunidade de Belo Monte, entre os municípios de Vitória do Xingu e Anapu para vistoriar a implantação de projetos de água e esgoto listados entre as exigências da licença.

Em Vitória do Xingu, o MPF diz ter encontrado apenas um poço perfurando e ainda sem produzir água suficiente. Em Anapu, outro poço foi aberto em uma área próxima às casas e pode estar contaminado.

Segundo o MPF, a rede de águas ainda está em fase de escavação. As obras preparatórias também deveriam incluir uma escola e dois postos de saúde, mas até agora apenas um dos postos começou a ser construído.

As condicionantes socioeconômicas são exigidas para tentar conter ou pelo menos amenizar os impactos da migração de trabalhadores atraídos pela oferta de emprego em grandes obras de infraestrutura. Segundo o MPF, desde o anúncio da construção de Belo Monte, já chegaram cerca de oito mil pessoas ao município de Altamira, o maior da região do Xingu.

A licença prévia é a primeira das três licenças que fazem parte do processo de licenciamento ambiental. Se cumpridas as condicionantes, a próxima etapa é a licença de instalação, que autoriza o início das obras. O consórcio responsável pela construção de Belo Monte apresentou ao Ibama um pedido de licença parcial, para instalar o canteiro de obras, mas o MPF já adiantou que deve questionar a autorização na Justiça, caso seja concedida pelo órgão ambiental.

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Amazônia perdeu 153 km² de floresta em outubro, mas desmatamento mantém tendência de queda

10/12/2010
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O desmatamento da Amazônia em outubro atingiu uma área de 153 quilômetros quadrados (km²), de acordo com os números do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgados hoje (10) pela organização não governamental Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

O ritmo de derrubada foi 21% menor que o registrado pelos satélites em outubro do ano passado e mantém tendência de queda apontada pela organização nos últimos meses.

Rondônia foi o estado que mais desmatou a Amazônia em outubro, com 51km² de floresta a menos (34% do total derrubado no período). No Amazonas, os satélites registraram 46km² de novos desmates. Mato Grosso e Pará, que tradicionalmente lideram o ranking de desmatamento mensal, aparecem sem seguida, com 24km² e 16km² de área derrubada em outubro, respectivamente.

De acordo com o Imazon, os 153 km² de floresta derrubados em outubro foram responsáveis pela emissão de 9,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (medida que considera todos os gases de efeito estufa).

Além do corte raso (desmatamento total de uma área), o sistema do Imazon também registra a degradação florestal que inclui florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e queimadas. Em outubro, a degradação avançou 562km², área 446% maior que a registrada no mesmo mês de 2009, de 103 km². O estado com mais área degradada é Mato Grosso com quase 60% do total.

O monitoramento oficial do desmatamento na Amazônia é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda não divulgou os números de outubro. Em novembro, o Inpe anunciou a taxa anual de desmatamento – que considera os dados de agosto de um ano a julho do ano seguinte. Em um ano, a floresta perdeu 6.451 km², menor índice registrado em 23 anos de monitoramento.

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Ibama prevê 1,3 mil operações de fiscalização para 2011

10/12/2010
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) planeja executar 1,3 mil operações de fiscalização no próximo ano. O foco deverá ser o combate ao desmatamento ilegal e a biopirataria.

O Plano Nacional de Proteção Ambiental (Pnapa 2011), divulgado esta semana pelo instituto, também prevê ações contra queimadas ilegais, pesca predatória e plantio proibido de organismos geneticamente modificados.

No combate ao desmatamento, a estratégia adotada para a Amazônia nos últimos anos será aplicada em outros biomas, com grandes operações conjuntas de fiscalização e apreensão de produtos do crime ambiental.

Segundo o Ibama, a partir de 2011, as equipes de fiscalização começarão a atuar no “pós-licenciamento”, para checar se as condicionantes previstas no processo de licenciamento ambiental foram cumpridas pelos empreendedores responsáveis pelas obras.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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