A SUSTENTABILIDADE DA PESCA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2010

(03/12/2010) A sustentabilidade da pesca do caranguejo-uçá no Delta do Rio Parnaíba volta a ser defendida em dois eventos no mês de novembro. O primeiro, na segunda-feira (6), durante todo o dia, no ginásio Tudes, no município de Araioses, no Maranhão, será o V Fórum do Caranguejo-Uçá do Delta do Rio Parnaíba. O evento reunirá pesquisadores, professores, técnicos e representantes de órgãos federais, estaduais e municipais.

Duas mesas-redondas marcam o fórum. A primeira, focará as ações institucionais para o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do caranguejo-uçá no período 2007-2010. A segunda, discutirá o panorama da pesca na visão das comunidades tradicionais da região. Haverá também a apresentação de propostas à cadeia produtividade do caranguejo na Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba.

O segundo evento, na terça-feira ( 7 ) e quarta-feira (8) será o Workshop sobre a Sustentabilidade da Pesca do Caranguejo-Uçá na Área de proteção Ambiental do Delta do Rio Parnaíba. Na terça-feira(7) o workshop vai ser desenvolvido no auditório da Embrapa Meio-Norte no município de Parnaíba, no Piauí. A programação prevê mesas-redondas sobre pesquisas de parâmetros populacionais pesqueiros e ordenamento da pesca do caranguejo-uçá.

Na quarta-feira (8), a programação do workshop será na Área de Proteção Ambiental do Delta do Rio Parnaíba. Os participantes farão uma visita técnica, de lancha, às comunidades extrativistas. O almoço acontecerá no Morro do Melo, no município de Araioses. Em seguida, eles voltam a acompanhar a captura, transporte e embarque de caranguejos para a cidade de Fortaleza, no Ceará.

Os dois eventos são uma realização da Embrapa Meio-Norte, Prefeitura de Araioses, Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade e do Ministério da Pesca e Aquicultura.

A Área de Proteção Ambiental do Delta do Rio Parnaíba, que tem mais de 3 mil quilômetros quadrados, é uma unidade de conservação administrada pelo Instituto Chico Mendes. A área alcança os municípios de Barroquinha e Chaval, no Ceará; Água Doce do Maranhão, Araioses, Paulino Neves e Tutóia, no Maranhão; e Cajueiro da Praia, Ilha Grande de Santa Isabel, Luis Correia e Parnaíba, no Piauí.

Com mais de setenta ilhas, o Delta do Rio Parnaíba é o único em mar aberto nas Américas. A área é um santuário de reprodução de várias espécies de peixes, caranguejos, lagostas e camarões, protegendo, também, estuários de reprodução do peixe-boi marinho. O acesso é feito pela rodovia BR 343 até o município de Parnaíba. De lá as pessoas seguem de barco.
Fernando Sinimbu

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Pesquisadores alertam para danos de insumos químicos aos polinizadores

(13/12/2010) A pesquisadora Roberta Cornélio Ferreira Nocelli, da Universidade Federal de São Carlos, alerta que o uso de agrotóxicos pode ser extremamente prejudicial para os polinizadores. A depender do pesticida, apenas 81 nanogramas são suficientes para matar uma abelha.

Para ela a aplicação dos pesticidas nas propriedades precisa obedecer, de forma rigorosa, as quantidades especificadas nos rótulos dos produtos. Além disso, os agricultores devem respeitar o horário de visitação dos insetos polinizadores nas culturas e não aplicar os insumos no final da tarde e início da noite.

Roberta ainda defende a revisão da lei que regula a liberação de produtos químicos para o mercado. Atualmente, todo agrotóxico para ser liberado precisa ter avaliado o seu efeito em abelha. “Acontece que esse teste é feito somente com um tipo deste inseto. O ideal é que ele seja realizado com outras espécies, inclusive com abelhas nativas”, explica.

Práticas culturais

De acordo com a bióloga Márcia de Fátima Ribeiro, pesquisadora da Embrapa Semiárido, os manejos das áreas agrícolas precisam se valer de práticas culturais que favoreçam a presença e permanência desses insetos nas áreas de plantios.

A agricultura moderna voltada para maximizar os índices de produtividade se vale de técnicas que afetam de forma muito negativa a população de polinizadores nativos, em especial as abelhas. Por esse motivo, em muitas propriedades os agricultores são obrigados a recorrer à polinização artificial, a exemplo da manual, o que eleva os custos de produção.

Para a bióloga da Embrapa Semiárido, o que fica evidente mesmo para segmentos do negócio agrícola mais competitivo é que a ação benéfica dos polinizadores não pode ser descartada. As abelhas, por exemplo, contribuem “significativamente” para incrementar os índices de produtividade de várias culturas agrícolas de importância econômica.

Conservar

A conservação dos habitats naturais desses insetos nas áreas próximas dos cultivos e o uso de boas práticas agrícolas são fundamentais para preservar a diversidade dos que polinizam as plantas. Uma das melhores medidas que podem ser adotadas pelos agricultores é a aplicação controlada de defensivos químicos e o manejo da paisagem, de modo a manter suas bordas com vegetação nativa local que fornece recursos aos polinizadores.

Geração de renda

As abelhas, além de serem estratégicas para aumentar a produção agrícola, podem ser uma sustentável fonte de renda para quem vive na caatinga. Alexandre Torres, morador de Ouricuri, cidade do sertão pernambucano, quer esse bioma preservado, pois há 22 anos tira do mel que vem das folhas dessa vegetação sua principal fonte de renda. Com 500 colméias, ele chega a faturar 40 mil reais por ano.

“As abelhas foram o que me fixaram no campo”, revelou Alexandre. O apicultor que também participou da Semana de Polinizadores, o evento foi “uma ótima oportunidade para aprender mais sobre o apaixonante mundo das abelhas”.

No Território do sertão do São Francisco, somente em Campo Alegre de Lourdes são produzidas 600 toneladas de mel por ano, de acordo com dados encaminhados ao Sebrae de Juazeiro pelos próprios apicultores do município.


 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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