ESTUDO PROPÕE PCH PARA GARANTIR ENERGIA ÀS USINAS DE ANGRA EM CASO DE ACIDENTE NUCLEAR

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2011

28/03/2011 - 18h08
Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro- Os problemas que estão ocorrendo nas usinas nucleares de Fukushima, no Japão, aceleram o debate sobre a adoção de medidas adicionais de segurança nas usinas no Brasil. Uma das medidas que estão em análise é implantação de pequenas centrais hidrelétricas nas proximidades para que possam fornecer energia elétrica às usinas nucleares em caso de acidente. No Japão, a falta de energia elétrica nas usinas nucleares impediu, por vários dias, diversas ações emergenciais, como o bombeamento de água para resfriar os reatores que explodiram.

O assistente da presidência da Eletronuclear Leonam dos Santos Guimarães explicou que, para evitar que esse tipo de problema ocorra nas usinas brasileiras, foi feito um estudo, concluído em setembro do ano passado, sobre a importância das pequenas centrais hidrelétricas (PCH) na região sul fluminense.

“Vivemos numa região rica de rios. O problema de perda total [de energia] que aconteceu no Japão é um problema que a indústria nuclear vem estudando há muito tempo”, disse ele. As PCH poderiam utilizar o potencial hídrico de rios como Mambucaba e Bracuhy, distantes 20 e 30 quilômetros respectivamente das usinas nucleares, em Angra dos Reis.

Outras alternativas, como uso de geradores móveis a diesel (sobre rodas), adotado na França; turbinas a gás e a criação de linhas de transmissão específicas para esse tipo de emergência também poderiam ser utilizadas. Mas nenhuma dessas alternativas saiu do papel. O estudo da Eletronuclear também não fez um cálculo dos custos que os novos sistemas de segurança podem gerar para as usinas e para o preço da energia.
Edição: Vinicius Doria

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Para Eletronuclear, reatores das usinas de Angra são mais seguros que os de Fukushima

29/03/2011 - 19h05
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Eletronuclear vai mostrar no dia 8 de abril à comissão de senadores que acompanha os desdobramentos do acidente nuclear que atingiu o Japão, que as usinas brasileiras Angra 1, 2 e 3 apresentam condições técnicas de segurança superiores às de Fukushima, afetada pelo terremoto e tsunami que devastaram a costa nordeste japonesa no dia 11.

A visita dos senadores e do novo procurador da República em Angra dos Reis, Ricardo Martins Baptista, às usinas fluminenses estava programada para amanhã (30), mas foi cancelada em razão da morte do ex-vice-presidente José Alencar.

As usinas nacionais usam reatores do tipo PWR (reatores de água pressurizada, na sigla em inglês), considerados mais seguros do que os reatores do tipo BWR (reatores de água em ebulição, na sigla em inglês), como os de Fukushima. A informação foi dada hoje (29) à Agência Brasil pelo coordenador de Comunicação e Segurança da Eletronuclear, José Manuel Diaz Francisco.

“No caso do Japão, a própria água que passa pelo reator entra em ebulição, se transforma em vapor no reator e vai acionar a turbina. No caso da tecnologia de Angra 1,2 e 3, há um circuito primário, onde a água passa no reator, mas não entra em ebulição, e fica pressurizada”, explicou o executivo. Um segundo circuito, totalmente independente e sem contato com o reator rouba o calor do circuito primário para, então, entrar em ebulição.

“A gente considera que isso oferece algumas vantagens. Uma delas é, por exemplo, o fato de, numa perda de energia, nós termos a circulação natural [da água], que é uma coisa que eles [japoneses] não têm”. Isso permite que, na falta de energia, a usina consiga manter o resfriamento do reator sem a necessidade de bomba elétrica para acionar a circulação da água.

Os senadores irão acompanhar todo o funcionamento das usinas e terão acesso à sala de controle. José Manuel Diaz disse que a Eletronuclear está preparada para apresentar aos parlamentares o plano de emergência local da usina.
Edição: Vinicius Doria


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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