INICIATIVAS DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS SÃO APRESENTADAS EM SEMINÁRIO

Panorama Ambiental
São Paulo(SP) – Brasil
Março de 2011

29/03/2011 - O “Seminário sobre Pagamentos por Serviços Ambientais: Iniciativas no Brasil”, realizado hoje, 29.03, na sede da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA) e promovido pela Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais (CBRN), reuniu experiências de projetos e programas desenvolvidos em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Amazonas e Minas Gerais. O objetivo do evento foi apresentar as diferentes iniciativas desenvolvidas de acordo com as características locais para proporcionar a troca de ideias e informações.

Helena Carrascosa, coordenadora de biodiversidade e recursos naturais da SMA, apresentou o Mina D’Água. Projeto de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), na modalidade proteção de nascentes, instituído pelo decreto que regulamenta a Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC). “A gente tem recebido muitos pedidos de prefeituras para participar do projeto, mas nessa fase piloto escolhemos 21 municípios de cada bacia hidrográfica para ver como vai funcionar”, afirmou.

De acordo com Helena, os contratos serão assinados com as prefeituras, que vão fazer os pagamentos aos produtores. “Temos R$ 3,5 milhões para os contratos de cinco anos”, explicou. Os recursos são do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (FECOP). Stefano Pagiola, representante do Banco Mundial (BIRD) fez uma revisão dos aspectos conceituais sobre o PSA. “Os dois princípios fundamentais são o do provedor recebedor e do usuário pagador. Para um projeto de PSA dar certo é preciso que aquela comunidade que se beneficia dos serviços ambientais pague por eles”, disse.

O gerente de uso sustentável da água e do solo da Agência Nacional de Águas (ANA), Devanir Garcia dos Santos, esclareceu que o Programa Produtor de Água, desenvolvido pela agência, é uma estrutura de apoio a projetos locais de PSA. “O programa envolve vários projetos que se diferenciam conforme a realidade local”, apontou. Para mostrar como o processo de discussão com a sociedade é importante para a implementação de projetos de PSA, Devanir citou o caso do comitê de bacia do Piracicaba-Capivari-Jundiaí. “Semana passada fizemos o primeiro pagamento na bacia do PCJ com recursos obtidos na cobrança pelo uso da água, mas as discussões desse projeto começaram em 2006”, contou.

Experiências

Virgílio Viana, superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável, apresentou o Bolsa Floresta, programa com foco na manutenção da floresta em pé que trabalha nos componentes de incentivo à produção sustentável; investimentos em saúde, educação, transporte e comunicação; fortalecimento da associação e controle social do programa; e envolvimento das famílias na redução do desmatamento. “É um bom negócio manter floresta em pé. O grande desafio é mexer com o comportamento das pessoas”, declarou.

A bióloga Gisele Garcia Alarcon, da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA), contou as experiências dos créditos de conservação no trabalho desenvolvido pelo Programa Corredores Ecológicos Chapecó-Timbó. Já Kelli Dacol, da Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (EMASA), apresentou os avanços obtidos no projeto Produtores de Água, cujo edital será publicado na próxima semana.

Os estados do Espírito Santo e Paraná também trouxeram suas contribuições. Fábio Ahnert do Instituto Estadual do Meio Ambiente (IEMA) foi enfático ao dizer que o PSA, desenvolvido pelo projeto ProdutorES de Água, é uma política pública no estado capixaba. “Temos que ir para uma nova lógica de relacionamento com os recursos naturais e o PSA faz parte disso”, afirmou. Maria de Lourdes Silva Nunes, da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza apresentou o Projeto Oásis, desenvolvido na bacia do Guarapiranga, em São Paulo, e no município paranaense de Apucarana.

Chris Holvorcem, do Instituto BioAtlântica mostrou os avanços do trabalho desenvolvido no Corredor Ecológico Monte Pascoal-Pau Brasil, cuja meta é ligar os dois parques nacionais localizados no sul da Bahia e rodeados de áreas degradadas. Outra iniciativa de PSA desenvolvida em São Paulo foi mostrada por Magno Castelo Branco, da Iniciativa Verde. Em seu programa Carbono Seguro o objetivo é transformar o produtor rural aliado do meio ambiente, criando reservas de carbono.

Iniciativas municipais

O estado de Minas Gerais foi representado no seminário pelos secretários do meio ambiente dos municípios de Extrema e Montes Claros. Paulo Henrique Pereira destacou um dos pontos forte de um dos primeiros projetos de PSA do país. “Estamos há 24 anos na mesma continuidade administrativa, nesse período tivemos só dois prefeitos. O lado bom é que a gente consegue fazer projetos de longo prazo, como o Conservador das Águas, no qual trabalhamos há 15 anos”, disse. O projeto de Extrema é considerado o pioneiro nas ações de PSA.

Montes Claros também inovou em seu programa Ecocrédito. “O programa utiliza uma cédula que pode ser usada em toda a cidade, seja como pagamento de tributos municipais e financiamento de motos, até mercados e postos de combustível”, exemplificou Aramis Mameluque Mota. O secretário do meio ambiente da cidade mineira comemora. “Neste mês completamos cinco anos de pagamentos”, contou animado.
Texto: Valéria Duarte


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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