TECNOLOGIA LIMPA BRASILEIRA PARA PRODUZIR CHUVAS É DESTAQUE EM CONVENÇÃO DA ONU

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2011

04/03/2011 - 11:11
No período de 16 a 25 de fevereiro deste ano, a Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação (UNCCD), realizou, na Alemanha, a 2ª Sessão Especial do Comitê sobre Ciência e Tecnologia (CST S-2) e a 9ª Sessão do Comitê para a Revisão da Implementação da Convenção (CRIC9). Os eventos fazem parte da programação da década de enfrentamento da desertificação, lançada, em 2010, pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Na ocasião, a convite do secretário executivo da UNCCD, Luc Gnacadja, a ModClima Pesquisa e Desenvolvimento Ltda. apresentou uma tecnologia de produção de chuvas avaliada como de grande importância pelas 193 delegações presentes na Convenção. A ModClima é uma empresa inovadora criada com o objetivo de restaurar o clima, o ambiente e a cobertura vegetal, desenvolvendo soluções eficazes e aplicáveis em escala em benefício do Planeta. O método consiste em borrifar gotículas de água com tamanho exato, em nuvens com potencial para chuva (determinados por softwares especializados) para induzir a precipitação. Essa tecnologia é 100% limpa, sustentável e nacional, pois utiliza apenas água potável lançada por aeronaves que sobrevoam as nuvens e é aplicada com a ajuda de radares adaptados.

Durante a Convenção, a empresa brasileira mostrou que o Brasil já dispõe de uma ferramenta efetiva para compor as ações da década de enfrentamento da desertificação: a tecnologia de produção de chuvas já vem sendo empregada com sucesso desde 2001, pela Sabesp, maior Companhia de Água e Saneamento da America Latina, atuando sobre os mananciais dos sistemas Cantareira e Alto Tiete, responsáveis pelo abastecimento de 18 milhões de habitantes da região metropolitana de São Paulo. Além disso, no primeiro semestre de 2010, foram realizadas operações pontuais para atender agricultores do Semiárido brasileiro.

O processo de produção de chuvas artificiais não é novidade. Nos Estados Unidos, teve início na década de 1930. Mas, diferentemente das técnicas utilizadas desde então, baseadas no bombardeio de produtos químicos nas nuvens, o método adotado pela empresa brasileira é inédito por se tratar de uma tecnologia totalmente limpa. A ideia é que outros países o utilizem, uma vez que os demais sistemas utilizados pelo mundo se valem de substâncias químicas, já proibidas em alguns países por serem nocivas à saúde, e apresentam limites em sua eficácia.

De acordo com a diretora da ModClima, Majory Imai, para inserir essa tecnologia nas políticas e praticas globais de mudanças climáticas da ONU, existe um percurso e uma rede complexa de aprovações democráticas e internacionais a cumprir. “Recebemos a orientação da UNCCD, por intermédio do Dr. Gnacadja e dos agentes da América Latina, Sergio Zelaya e Heitor Matallo, a alinhar um projeto no Brasil, utilizando a tecnologia de produção de chuvas na região do Semiárido, criando uma rede de relacionamentos local que possa envolver iniciativa privada, agentes locais e governo”, afirma. O andamento desse projeto e seus resultados devem ser apresentados a uma comissão técnica da UNCCD e, a partir disso, ser disponibilizado às outras delegações como uma ferramenta brasileira e inovadora para enfrentar a desertificação e contribuir para geração de alimentos e abastecimento no planeta.

Parcerias estratégicas com iniciativas de sucesso como as ações do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para enfrentamento da desertificação, do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCT), do Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola (IICA), da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), do Ministério da Integração Nacional e do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), são, segundo a diretora da ModClima, fundamentais para a consolidação deste projeto piloto. A empresa está buscando o apoio destas e outras organizações com o objetivo de que mais regiões do Brasil e do mundo possam se beneficiar do uso da ferramenta. “Solicitamos uma audiência com o Ministro Aloizio Mercadante, que é um grande defensor da Inovação. Desejamos sensibilizar o MCT e Dr. Carlos Nobre a apoiar a consolidação desse projeto piloto no Semiárido brasileiro, criando uma Unidade Produtora de Chuvas que possa atuar beneficiando uma região alvo pré-definida, de modo a conciliar, em parceria com o Inpe, a previsão com a ação, e com isto, criar um modelo brasileiro único de geração de uma nova fonte de água limpa produzida pelo homem”, completa Imai.

A missão da Modclima para participar da Convenção contou com o apoio da Sabesp, sua cliente e parceira, e também da Aliança Navegação e logística, empresas com responsabilidade social e ambiental. A equipe também recebeu o apoio do Insa e do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec – USP).
* Com informações fornecidas pela Empresa ModClima.

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Pesquisa explica os altos níveis de CO2 nos rios da Amazônia

14/03/2011 - 14:31
Em tempos de intensa discussão sobre aquecimento global, conhecer o ciclo do carbono é necessário - já que a emissão desse gás é responsável pelo aumento das temperaturas no planeta. Quando se trata da Amazônia o assunto ganha ainda mais destaque, pois a floresta funciona como um grande absorvedouro de CO2. No entanto, não há conhecimento suficiente sobre a maneira como a maior bacia hidrográfica do mundo interfere nesse ciclo.

Por isso, a matéria principal do Destaque Amazônia de março traz pesquisa desenvolvida pelo Museu Goeldi (MPEG/MCT) desde janeiro de 2006, que explica os mecanismos que levam os rios da região a apresentarem um nível muito alto de CO2 e como isso interfere no ciclo do gás carbônico.

O estudo foi coordenado pelos pesquisadores José Francisco Berredo e Maria Emília Sales, da Coordenação de Ciência da Terra e Ecologia do Museu. A pesquisa se concentra na Floresta Nacional de Caxiuanã, no centro-oeste do estado do Pará, a 400 quilômetros de Belém, onde a instituição mantém a Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn). Lá foram escolhidos três pontos amostrais: o rio Curuá, o rio Caxiuanã e a baía de Caxiuanã.

Ao se ocupar do monitoramento dos rios, a pesquisa contribui para entendimento sobre o ciclo do carbono global - um dos mais abundantes elementos químicos presentes na natureza - e, no futuro, pode dar subsídios para estudos sobre as variações causadas nos rios amazônicos, tanto pelo aquecimento global, quanto por qualquer outra forma de modificação antrópica.


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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