GOVERNO TENTARÁ REVERTER PONTOS
POLÊMICOS DO CÓDIGO FLORESTAL NO SENADO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2011

25/05/2011 - 18h19
Luana Lourenço
Enviada especial
Sinop (MT) – O governo vai tentar reverter no Senado a derrota na votação do Código Florestal ontem (24), na Câmara dos Deputados. As negociações serão retomadas para tentar barrar a possibilidade de anistia para quem desmatou e evitar que a decisão sobre desmatamentos em áreas de preservação permanente (APPs) sejam de responsabilidade apenas dos estados, medidas previstas na emenda ao texto, que também foi aprovada pelos deputados.

Além desses pontos, considerados mais críticos, o governo deve aproveitar as negociações no Senado para tratar de outros temas que passaram no texto da Câmara sem maiores discussões políticas, como a preservação de manguezais e a recuperação de áreas degradadas. Por enquanto, não há previsão de reedição do decreto que suspende multas aos proprietários rurais que descumpriram a legislação, desde que tenham regularizado a situação ambiental. O decreto vence no dia 11 de junho.

No Senado, o relator do mérito da proposta deverá ser o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Casa. O ex-governador de Santa Catarina Luiz Henrique da Silveira (PMDB), ligado a bancada ruralista, chegou a ser cotado para a relatoria.

Um dia depois da votação na Câmara, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, viajou para Mato Grosso, onde o governo decidiu fortalecer as operações de combate ao desmatamento, após aumento expressivo do ritmo da derrubada no estado em março e abril deste ano.

A ministra disse que acredita em avanços na negociação nessa nova fase da discussão do projeto do novo código. “Podemos ressaltar os ganhos e negociar ajustes para chegar ao objetivo de ter uma lei adequada para a conservação e para a produção.”

Antes da votação na Câmara, a presidenta Dilma Rousseff já havia manifestado disposição de vetar partes do texto se as garantias à preservação de APPs e reserva legal não forem mantidas.

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Aldo Rebelo rebate críticas ao Código Florestal e diz que Dilma está desinformada

25/05/2011 - 20h45
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do projeto de lei de reforma do Código Florestal, rebateu hoje (25) as críticas de que o parecer a Emenda 164, aprovados ontem (24) pela Câmara, permitam novos desmatamentos e anistie produtores que ocuparam áreas de preservação permanente (APPs). Rebelo disse não acreditar em vetos da presidenta Dilma Rousseff ao texto, que agora está no Senado. Para ele, a Dilma está desinformada sobre o assunto.

“Não acredito em veto. O que acredito é que a presidente Dilma está muito desinformada sobre este assunto”, disse Rebelo. “Acredito que a presidenta não tem as informações suficientes sobre a matéria. Ela pode ter informações só de um dos lados que circularam muito pelo Palácio [do Planalto] nos últimos dias, que foi o do lobby ambientalista.”

Para ele, a votação expressiva do relatório mostra que o projeto foi aceito por integrantes de todos os partidos da Casa. “Se reunimos em torno de um texto 410 votos, com um único destaque, é porque o Congresso conseguiu mediar, com alguma competência, um problema que o Executivo só resolveu por meio de um decreto que anistia e suspende multa de quem desmatou em área de preservação permanente e em reserva legal.”

Mesmo reconhecendo que a Emenda 164, de autoria do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), permite a consolidação de todas as APPs que foram desmatadas, até que o Executivo determine quais não poderão ser mantidas, Rebelo insistiu que o relatório não incentivará novos desmatamentos.

Em relação às críticas de que a emenda concederá aos estados e ao Distrito Federal, assim como à União, a possibilidade de legislar sobre questões ambientais, Rebelo afirmou que essa previsão já está expressa na Constituição. Ele ressaltou, no entanto, que eventuais leis criadas por estados e pelo DF não poderão se sobrepor à legislação federal.

“A autonomia aos estados e a restrição a ela já estão estabelecidos na Constituição e seria inócuo a lei tratar desta questão porque não trataria de forma diferente do que a Constituição estabelece”, acentuou.

Rebelo negou também que sua proposta anistie desmatadores. Afirmou, contudo, que seu relatório prevê a possibilidade de que as multas sejam convertidas para um fundo ou serviços ambientais desde que o proprietário cumpra as exigências do programa de regularização.

“O Decreto Mais Ambiente já estabelece o que não chamo de anistia, chamo de regularização. Não é anistia porque não há perdão. A minha proposta suspende a multa, inclusive o prazo de prescrição das multas. Elas só serão convertidas em fundo ou prestação de serviços ambientais se o agricultor cumprir todas as exigências do programa de regularização ambiental”, disse o parlamentar.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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