MATA ATLÂNTICA PERDEU UMA ÁREA DE 311 QUILÔMETROS QUADRADOS DE FLORESTA EM DOIS ANOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2011

26/05/2011 - 18h00
Luana Lourenço

Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Mata Atlântica perdeu 311 quilômetros quadrados de floresta em dois anos. Os números são do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado hoje (26) pelo organização não governamental (ONG) Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O atlas avaliou a situação de remanescentes da vegetação original em 16 estados que fazem parte do bioma: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Só o Piauí ficou de fora, por causa da indefinição das formações florestais naturais no estado.

Entre 2008 e 2010, a maior parte do desmatamento na Mata Atlântica ocorreu em Minas Gerais. No estado, foram derrubados 124 quilômetros quadrados de vegetação nativa. Bahia e Santa Catarina aparecem em seguida, com 77 quilômetros quadrados e 37 quilômetros quadrados a menos de florestas no período.

Os dados do Inpe e da SOS Mata Atlântica mostram que em todos os estados houve queda no ritmo do desmate nos últimos anos. Na comparação com o período avaliado pelo levantamento anterior, de 2005 a 2008, houve queda de 55% no ritmo da derrubada. No entanto, de acordo com a diretora de gestão do conhecimento da ONG, Márcia Hirota, é preciso manter os esforços para conservação do bioma, que atualmente só tem 7,9% da área que ocupava originalmente.

“Quase acabamos com a Mata Atlântica, o que ainda existe precisa ser preservado a qualquer custo. É preciso ficar alerta, porque, apesar da queda, as ameaças ainda são grandes. Ainda observamos desmates para reflorestamento [com espécies não nativas], para pastagens e para transformação em carvão”, disse.

O atlas também aponta os municípios que mais desmataram a Mata Atlântica no biênio 2008-2010. Quatro dos cinco primeiros municípios do ranking são mineiros: Ponto dos Volantes e Jequitinhonha, na região do Vale do Jequitinhonha, e Pedra Azul e Águas Vermelhas, no norte do estado. Andaraí, na Bahia, completa o rol dos campeões de desmate.

“Nessa região, a mata foi derrubada para exploração de carvão, e agora as árvores estão sendo substituídas por eucaliptos”, denuncia Márcia Hirota.

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Rebelo diz que governo errou no processo de discussão e votação do Código Florestal mantendo-se ausente

26/05/2011 - 16h25
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Ao avaliar a atuação do governo durante a discussão e também na aprovação do novo Código Florestal pela Câmara dos Deputados, o relator da matéria, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse hoje (26) que o governo cometeu erros e se manteve “praticamente ausente” no processo.

Para Rebelo, a proposta apresentada pelo governo federal, com novas soluções para o Código Florestal, às vésperas de sua aprovação, ocorreu tarde. O deputado considerou a proposta “razoável”.

Em evento no Jockey Club de São Paulo, o relator da proposta disse que o governo errou “quando não se manteve mais informado sobre essa disputa, quando não acompanhou de forma mais atenta a fase final da votação e quando chegou tarde, com soluções adequadas que não poderiam mais ser acolhidas na Câmara”.

O deputado apontou o fato do governo ter participado só da primeira fase de discussões e que o tenha feito por meio do Ministério do Meio Ambiente, deixando de conversar sobre o tema com o setor de agricultura. “Nessa fase final, o governo manteve as portas mais abertas para um dos lados, (...). Fez uma reunião com os ex-ministros do Meio Ambiente, mas não fez, por exemplo, uma reunião com os ex-ministros da Agricultura. E, quando você examina os documentos dos ex-ministros do Meio Ambiente, não há uma única referência ao fato de que 5,2 milhões de agricultores estão na ilegalidade. Era preciso ter tido também uma audiência que levasse em conta a agricultura”, criticou.

Ele disse que se a proposta do governo tivesse sido apresentada antes, poderia ter sido incorporada ao seu texto. Agora, na opinião de Rebelo, resta ao Executivo levar sua proposta ao Senado, onde o projeto aprovado na Câmara ainda será analisado.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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