MINC ESPERA QUE SENADO CORRIJA
CÓDIGO FLORESTAL APROVADO NA CÂMARA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2011

30/05/2011 - 21h52
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O ex-ministro do Meio Ambiente e atual secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje (30) ter esperança de que o Senado vá corrigir o que ele considerou erros no Código Florestal aprovado na Câmara no último dia 24. “A minha expectativa é que o Senado melhore pelo menos as piores coisas que foram aprovadas na Câmara. Foi realmente um estupor, um horror. Passaram uma autêntica motosserra no Código Florestal”, disse.

O ex-ministro, que esteve com a presidenta da República, Dilma Rousseff, juntamente com outros ex-ministros do Meio Ambiente, afirmou que se os senadores não reformarem a matéria, só restará o veto presidencial. “Se não resolverem isso, a presidenta Dilma nos garantiu que vetará os dispositivos que impliquem anistia aos desmatadores ou em descaracterização das preservações, sejam das APPs [áreas de preservação permanente], sejam das reservas legais.”

Minc participou de uma audiência pública sobre as obras de recuperação ambiental da área em volta do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que a Petrobras está construindo no município de Itaboraí, na região metropolitana.

Ele considerou que um resultado negativo em relação ao Código Florestal poderá comprometer os compromissos ambientais e a imagem do Brasil perante a comunidade internacional, que estará presente em peso no país em 2012, durante a Rio+20, conferência que marcará os 20 anos da Rio 92.

“Quando eu conversei com a presidenta Dilma, alertei que essa será a maior reunião internacional de seu mandato. E que as pessoas estão muito ligadas na questão da Amazônia e do código. Ela disse que vetará o que for incompatível com o programa [eleitoral] dela, o que é um atributo constitucional.”

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Governo faz reunião com bancada petista no Senado para falar sobre pontos críticos do Código Florestal

30/05/2011 - 23h04
Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo irá trabalhar para reverter cinco pontos considerados críticos sobre o projeto de reforma do Código Florestal que foi aprovado na Câmara e passará, agora, pela análise do Senado. Os ministros de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e da Pesca, Ideli Salvatti, se reuniram na noite de hoje (30) com os senadores do PT para tratar desses pontos.

A anistia irrestrita a desmatadores, a Emenda 164, a contemplação dos agricultores familiares e trechos da redação do projeto que podem dar margem a interpretações dúbias estão entre as principais questões que preocupam a presidenta Dilma Rousseff e a equipe de governo. A emenda, considerada o principal ponto, consolida as atividades agrossilvopastoris que estão atualmente em áreas de preservação permanente (APPs). Além disso, ela transfere do governo federal para os estaduais a prerrogativa de definir quais dessas áreas precisariam ser recompostas e quais seriam anistiadas.

Para os ministros e senadores da bancada petista, um retrocesso no código pode significar prejuízos no comércio internacional agrícola brasileiro. “Nós não podemos, amanhã, correr o risco de que alguns países não comprem produtos agrícolas brasileiros, como já tivemos no passado, porque esses produtos são fruto de desmatamento”, disse o ministro Luiz Sérgio.

De acordo com a ministra da Pesca, a discussão no Senado deverá ser menos “apaixonada” que na Câmara, e pode ser beneficiada por uma mudança de contexto. Ideli Salvatti acredita que o aumento do desmatamento em Mato Grosso e o acirramento da violência nos conflitos pela terra na Região Norte estão relacionados ao debate sobre o novo código e podem pressionar os senadores. “Já não é mais coincidência”, afirmou.

Segundo ela, ainda não há uma definição do governo sobre a prorrogação do decreto que suspende as multas aplicadas aos produtores rurais que desmataram. Antes disso, o governo espera definições mais claras dos senadores para negociar. “Ainda há muita dúvida de como vai ser a tramitação”, disse Ideli.

Para o senador Jorge Viana (PT-AC), o decreto pode e deve ser usado como moeda de troca para esta negociação. “Alguns acham que o governo perdeu na Câmara e está acuado. Eu acho que o governo está com a faca e o queijo na mão”, afirmou. Na opinião do senador do Acre, o decreto pode ser adiado, mas isso deve depender de um acordo sobre data de votação e tramitação. O que os governistas querem é que a Comissão de Meio Ambiente (CMA) seja apontada pela mesa diretora da Casa, o que faria com que fosse a última a receber o projeto. Com isso, um aliado de confiança como o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) poderia ser indicado relator e fechar um texto mais consensual e favorável aos interesses do governo.

A discussão do governo com a bancada petista foi a primeira, e a promessa dos ministros é que novas reuniões sejam marcadas. De acordo com Rollemberg, a ministra Izabella Teixeira deverá comparecer ao Senado na próxima semana para tratar do assunto.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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