MMA INVESTIGA PRODUTOS QUÍMICOS INDUSTRIAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2011

19/07/2011
Cristina Ávila
Havia um silêncio estranho. Os pássaros, para onde teriam ido? Adultos e crianças morriam. O relato sobre uma cidade norte-americana, destituída de vida pelo pesticida DDT, impactou o ano de 1962, e contribuiu para deslanchar o movimento ambientalista. Nas décadas seguintes, vieram os tratados internacionais para o manejo correto das substâncias químicas perigosas, dos quais o Brasil é signatário. Para o cumprimento desses acordos, até 2012 o MMA apresenta um diagnóstico sobre o uso de substâncias químicas pela indústria nacional.

O alerta da bióloga Rachel Carson sobre os efeitos do pesticida nos Estados Unidos, em "Primavera Silenciosa", acompanhava o movimento mundial que culminaria na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a ECO 92, realizada no Rio de Janeiro. Entre as decisões do encontro, estava a Agenda 21, documento que incluiu recomendações para o uso ambientalmente adequado de produtos químicos.

A composição dos agrotóxicos evoluiu, e hoje são bastante conhecidos. Mas, faltam no País informações sobre os problemas causados por produtos químicos industriais. Esses dados estão sendo apurados pelo MMA, para atendimento à Convenção de Roterdã, que trata do comércio mundial das substâncias que trazem riscos à humanidade e à vida silvestre.

"Convidaremos instituições parceiras para nos ajudar a detalhar as ações necessárias", informa a diretora de Qualidade Ambiental na Indústria, do MMA, Sérgia Oliveira, que é Autoridade Nacional Designada da Convenção de Roterdã.

Esse acordo internacional tem como um de seus principais objetivos o intercâmbio de informações. Assim, as populações dos países conhecem o nível de risco de produtos que utilizam.

O Brasil está em dia com as obrigações firmadas em Roterdã. Já deu passos importantes, como a Lei do Agrotóxico (7.802/89) e o Decreto 4.074/02, editados para o controle da produção, importação, exportação, comercialização e uso dos agrotóxicos. Estabeleceu também seus registros (pelo Ibama, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Ministério da Agricultura), criou as hipóteses de proibição e a possibilidade de reavaliação de alguns ingredientes ativos. As informações exigidas até agora foram todas repassadas ao Secretariado de Roterdã.

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Protocolo de Montreal deve aprovar pleito brasileiro

22/07/2011
Cristina Ávila
Uma equipe técnica do Ministério do Meio Ambiente estará na próxima semana em Montreal (Canadá), onde será decidido o repasse de US$ 20 milhões necessários para iniciar a execução do Programa Brasileiro de Eliminação de Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) - composto que traz prejuízos à camada de ozônio, contribui para o efeito estufa e é amplamente utilizado em equipamentos de refrigeração.

"Tivemos a aprovação do nosso pleito pela Secretaria do Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal, que o recomendou ao Comitê Executivo", conta a coordenadora de Proteção da Camada de Ozônio, no MMA, Magna Luduvice. O ministério recebeu o comunicado no último dia 7, e sua negociação começou em 4 de abril. O Comitê Executivo se reunirá entre os dias 25 e 29 de julho.

O Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs começou a ser desenvolvido em março de 2009 e foi concluído em janeiro deste ano, depois de consultas públicas e com a participação do setor privado.

Magna Luduvice explica que os recursos do fundo devem ser aplicados em sua primeira fase, entre 2011 e 2015, para a eliminação dos HCFCs na fabricação das espumas usadas nos equipamentos de refrigeração.

O dinheiro, não reembolsável, servirá para a conversão da tecnologia de empresas nacionais. A estimativa é que outros US$ 14 milhões deverão ser investidos por multinacionais que atuam no Brasil, e que deverão bancar sua própria conversão.

"As decisões têm de ser acertadas pelos governos, para se eliminarem os gases prejudiciais à camada de ozônio e também de efeito estufa", diz Anderson Alves, assessor de Projetos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud Brasil).

A instituição facilita as negociações do governo brasileiro junto ao Fundo Multilateral, e ainda contribui, por exemplo, com a contratação de profissionais, repasse de recursos e transferência de tecnologia para que o País alcance os resultados almejados.
Efeito estufa - Magna Luduvice cita outro momento importante dos encontros que ocorrerão no Canadá: "Os países vão discutir a emenda apresentada pelo Canadá, Estados Unidos, Austrália e Micronésia para a redução de outro composto, os hidrofluorcarbonos (HFC)". A coordenadora explica que apesar dos HFCs não serem prejudiciais à camada de ozônio, a proposta é que sejam também controlados pelo Protocolo de Montreal por serem substâncias alternativas aos HCFCs.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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