MMA E MME SE UNEM PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2011

02/08/2011 - Cristina Ávila - Os Ministérios do Meio e Ambiente (MMA) e das Minas e Energia (MME) vão constituir um comitê diretor para a execução do Projeto Transformação de Mercado para a Eficiência Energética em Edificações. Energia é uma das prioridades do MMA e poderá ser foco de um dos quatro dias temáticos da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.

A proposta do MMA e MME será consolidada em uma portaria que está em análise, para acompanhar a aplicação de US$ 28,5 milhões em capacitação de profissionais do segmento e inovação de tecnologias para a redução de gases de efeito estufa.

"Esse é um momento histórico", comemora o secretário de Mudanças Climáticas, Eduardo Assad. A integração dos dois ministérios vai alavancar avanços importantes para o cumprimento do compromisso voluntário brasileiro de reduzir entre 36,1% e 38,9% das emissões de gases de efeito estufa até 2020.

A decisão de criar o comitê diretor foi firmada entre Assad e o secretário de Planejamento Energético do MME, Altino Ventura Filho. O projeto será financiado com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) de US$ 13,5 milhões. O MMA será responsável pela execução de US$ 3,5 milhões e os outros US$ 10 milhões serão administrados diretamente pelo PNUD em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que participa com mais US$ 15 milhões.

A iniciativa vai contribuir para melhorar a eficiência em cerca de 4 milhões de Mwh de eletricidade nos próximos 20 anos, e para a redução direta de emissões de gases em 2 milhões de toneladas de CO², 16 milhões indiretos e ainda terá resultados positivos na economia nacional, reduzindo custos de operação dos prédios e diminuindo também a dependência por combustíveis fósseis.

Em prédios comerciais e públicos, 64% da energia consumida corresponde a ar condicionado e iluminação. O projeto financiará o desenvolvimento de melhores práticas no Brasil na identificação, formulação, implementação e gestão de projetos de eficiência energética no setor da construção. O objetivo é alcançar ampla gama de fornecedores de serviços, além de proprietários e operadores de edificações.

Visita da ONU - Uma comitiva da Organização das Nações Unidas esteve no ministério para propor que energia seja foco de um dos quatro dias temáticos a serem realizados durante a Rio+20. A diretora de Licenciamento e Avaliação Ambiental, Ana Dolabella, disse que os técnicos da ONU propuseram que o MMA participe da decisão sobre o assunto. Esse dia temático deverá abordar assuntos como negócios em energia, empregos verdes, tecnologias, políticas públicas, com estande demonstrativo de práticas de sucesso. "A proposta da ONU é de uma agenda de ações para o início de 2012, com iniciativas como acesso universal a energias renováveis, metas de eficiência e descentralização de geração de energia."

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Desmatamento em julho confirma tendência de queda

17/08/2011
Paulenir Constâncio
A tendência de queda nas taxas do desmatamento da Amazônia Legal, verificada a partir de 2009, está mantida, segundo indicam os dados do Deter, Sistema de Detecção em Tempo Real. Divulgada nesta quarta-feira (17/8) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada registra queda de 28% com relação a junho. Num dos meses mais secos do ano, as imagens dos satélites revelaram, com uma precisão que chega a 800 m2, a crescente pulverização dos desmatamentos.

Comparado com abril, quando houve aumento atípico, elevando a área desmatada para 477 Km2, o que levou o Governo a instituir um Gabinete de Crise, a queda chega a 46%, com área desmatada de 224,9 Km2 no total. O fortalecimento das ações de combate ao desmatamento ilegal, que reúne Ibama, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, polícias militares estaduais, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, além da Força Nacional e do Exército, é apontado como uma das causas para a redução do desflorestamento.

Liderados por Porto Velho, em Rondônia, 10 municípios são responsáveis pela metade de toda a área desmatada em julho. Apenas dois deles, Oriximinã e Óbidos do Pará, não constam no ranking dos maiores desmatadores. O Pará voltou a liderar a lista dos estados que mais desmatam, com quase 41% do total da área desflorestada no mês. As ações do Gabinete de Crise no Mato Grosso, que em abril chegou a níveis elevados, conseguiram reverter o quadro naquele estado, que apresenta queda nos dois últimos meses, saindo de primeiro para terceiro da lista.

De acordo com os técnicos do Inpe, a variação nas taxas de desmatamento está diretamente relacionada à capacidade de observação, que é boa nos meses de seca. Na prática, áreas que não são observadas em medições com maior cobertura de nuvens podem aparecer em períodos de seca, sendo contabilizadas como aumento de área desmatada, quando já estavam lá encobertas pelas nuvens.

A expectativa é que os dados do relatório do Projeto Prodes, que também mede o desmatamento e é utilizado como referência oficial, confirmem a trajetória descendente do desmatamento na Amazônia. O levantamento, que tem maior precisão, cobre o período de agosto de 2010 a 31 de julho de 2011. Técnicos do Ministério do Meio Ambiente utilizaram os dados do Deter no mesmo período coberto pelo Prodes projetando acréscimo de 15%. Porém, essa taxa não derruba a tendência de redução verificada nos últimos dois anos. O reforço nas ações de combate, que já começaram a reduzir o desmatamento, leva um certo tempo para surtir todos os seus efeitos.

Dados da fiscalização do Ibama apontam que no primeiro semestre de 2011 foram embargados 72 mil hectares, fechadas 32 serrarias e aplicadas multas que chegam a R$ 1,1 bilhão. O total de madeira ilegal em toras e serrada foi superior a 63 mil metros quadrados.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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