INEA: NÃO HÁ IRREGULARIDADES EM EMPRESA QUE TRATA ÓLEO RECOLHIDO DE VAZAMENTO NA BACIA DE CAMPOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2011

30/11/2011 - 10h56
Meio Ambiente Nacional
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A presidenta do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea), Marilene Ramos, disse hoje (30) que não há irregularidades na empresa Contecom, que está recebendo o óleo recolhido do vazamento no Campo de Frade, na Bacia de Campos, para tratá-lo. A Contecom está sendo investigada pela Polícia Federal, por suspeita de risco de contaminação dos rios pelo óleo armazenado na empresa, que fica em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O risco de vazamento do óleo, por irregularidades no armazenamento na Contecom, foi constatado ontem (29) por deputados federais da comissão externa criada pela Câmara para acompanhar as ações tomadas contra o vazamento de óleo da plataforma da empresa americana Chevron. Segundo os parlamentares, além de terem sido encontrados indícios de que a água contaminada com óleo está sendo liberada para os rios sem tratamento adequado, a licença ambiental de operação está vencida desde o ano passado.

Segundo Marilene Ramos, técnicos do Inea também fizeram uma vistoria na Contecom, mas ao contrário da Polícia Federal e dos deputados, não encontraram nenhuma irregularidade na empresa. Ela explica que a Contecom já solicitou a renovação da licença de operação (LO) e, portanto, pode continuar atuando.

“A empresa está autorizada a receber esse tipo de material e a fazer o tratamento. Ela pode continuar recebendo esse óleo [que está sendo retirado do Campo de Frade], desde que dentro de sua capacidade [de armazenamento e tratamento]. O licenciamento da empresa está em vigor. Ela está num processo de renovação da LO, mas, enquanto esse processo estiver correndo, a licença permanece válida ”, disse Ramos.

A presidenta do Inea também disse que a ação do governo fluminense contra a Chevron ainda não foi concluída, porque a Procuradoria-Geral do Estado pediu novas informações ao Inea, para complementar o processo. Por isso, ainda não há prazo para a conclusão da ação, que vai exigir o pagamento de R$ 100 milhões à empresa americana, por danos ambientais à costa fluminense.

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Legislação do Rio obriga Chevron a contratar auditoria internacional

24/11/2011 - 16h26
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A petrolífera Chevron será obrigada a contratar uma auditoria internacional para verificar a capacidade da empresa de responder a desastres ambientais. O secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que a companhia será notificada amanhã (25) sobre a exigência, prevista na legislação estadual.

"É uma auditoria feita por uma empresa de altíssimo nível de padrão internacional, dentro de um grupo elencado pela secretaria, pago pela Chevron, em valor que pode chegar a US$ 5 milhões. Essa auditoria vai determinar a capacidade de operar e de pronta resposta aos desastres ambientais", explicou Minc, em audiência pública sobre o vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos.

Minc disse que auditorias semelhantes já foram feitas por grandes empresas que operam no estado do Rio. "A da Companhia Siderúrgica Nacional gerou um Termo de Ajustamento de Conduta [TAC] de R$ 340 milhões. A da Refinaria Duque de Caxias gerou um TAC de R$ 1,08 bilhão, assinado um mês atrás".

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Deputada propõe criar autoridade local para cuidar da exploração de petróleo na Bacia de Campos

24/11/2011 - 20h03
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A deputada estadual Aspásia Camargo (PV) propôs hoje (24) a criação de uma autoridade local específica para cuidar da Bacia de Campos, nos moldes de uma autarquia ou outra forma de organização. A sugestão foi feita em audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) sobre o vazamento de óleo no Campo de Frade, operado pela Chevron, na Bacia de Campos.

Segundo a deputada, a experiência de se ter uma autoridade local para cuidar da segurança na produção de petróleo já existe em alguns países, como no Mar do Norte, na Europa. “Eu proponho uma autoridade autônoma para a Bacia de Campos, que possa ter capacidade gerencial de resolver os seus problemas. Hoje, com o petróleo você tem vários órgãos espalhados”, disse Aspásia, que conseguiu aprovar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as causas do vazamento.

A parlamentar também defende que se tenha um centro de prevenção reforçado para atender rapidamente desastres ambientais. “Temos que criar um centro de prevenção poderoso. A Petrobras tem um centro de produção e pesquisa fabuloso. Mas tem que ter um centro de prevenção invejável. E que isso seja compartilhado com as empresas, por meio de um fundo ou outro mecanismo que possa permitir o menor risco possível.”

Presente na audiência pública, o ambientalista Sergio Ricardo cobrou maior acompanhamento dos órgãos públicos nos processos de exploração de petróleo. “Nós temos um litoral rico de petróleo, mas extremamente vulnerável. Eu temo que acidentes como esse se repitam. Os leilões de petróleo deveriam prever cláusulas ambientais. Porque elas só existem no papel. A legislação brasileira é avançada, mas, na prática, as leis não podem ser aplicadas sem a participação dos órgãos estaduais, das prefeituras e das comunidades pesqueiras”, disse o ambientalista.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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