NOTA DA CNBB CRITICA DURAMENTE AS
PROPOSTAS DE REFORMA DO CÓDIGO FLORESTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2011

05 Dezembro 2011
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou na manhã desta quinta-feira, 1º de dezembro, uma Nota sobre o Código Florestal na qual expressa sua preocupação pela possível aprovação do projeto com a falta de algumas “correções necessárias”.

Para a CNBB, o projeto, com está “condena regiões inteiras do país a conviver com rios agonizantes, nascentes sepultadas e espécies em extinção”, referindo-se à redução das faixas de matas ciliares que protegem os corpos d’água.

A entidade criticou, de forma bastante direta e incisiva, a forma como o novo Código Florestal prejudicaria os manguesais – nos quais seria permitida a criação de camarões em larga escala –, a fragilização da Floresta Amazônica , a ocupação das encostas de morros e o fim da categoria de Área de Proteção Permanente para as várzeas.


“Diferentemente do que vem sendo divulgado, este projeto não representa equilíbrio entre conservação e produção, mas uma clara opção por um modelo de desenvolvimento que desrespeita limites da ação humana.”

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Movimento estudantil presente contra mudanças no Código Florestal

05 Dezembro 2011
Universitários de todo o país vão às ruas para protestar contra o Congresso, que tem ignorado interesses da sociedade nos debates e votações sobre as mudanças na legislação ambiental
Bruno Taitson, de Brasília
Protagonista em diversos momentos da história do Brasil, o movimento estudantil não tem se omitido diante das tentativas de destruir a legislação ambiental brasileira, orquestradas por setores retrógrados do agronegócio e executadas pelas bancadas ruralistas da Câmara e do Senado. Universitários têm participado ativamente de diversas marchas e manifestações contras as mudanças no Código Florestal, deixando claro que o Congresso Nacional não tem representado os interesses do país neste debate.

Centenas de estudantes, dos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, chegaram de ônibus no dia 29 de novembro à Esplanada dos Ministérios, para protestar contra as propostas de alterações no Código. Alexandre Anésio, Bianca Villa e Jéssica da Silva estudam na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), e encararam 13 horas de viagem até a Capital Federal.

Segundo Jéssica da Silva, que estuda Gestão Ambiental, é fundamental que não apenas estudantes, como todos os setores da sociedade, saiam às ruas para impedir que o processo siga sem transparência. “A sociedade tem direito a informação correta e a participar das discussões. Não basta agirmos por rede social, temos que estar presente nas ruas”, relatou.

Para Alexandre Anésio, que também cursa Gestão Ambiental na Esalq-USP, o principal problema do substitutivo que será votado no Senado é a falta de embasamento técnico-científico. “Existem vários estudos de pesquisadores, como os professores Gerd Sparovek e Ricardo Rodrigues, da Esalq, que não estão sendo considerados. Precisamos de um texto que dialogue com todos os atores sociais, e não apenas com o agronegócio”, avaliou.

Bianca Villa, estudante de Biologia, questiona a anistia a crimes ambientais, concedida pelo atual projeto. “Não se pode permitir, por exemplo, a consolidação de atividades em mangues, que são verdadeiros berçários naturais. Os topos de morro também são extremamente vulneráveis e precisam ser protegidos, para que tragédias sejam evitadas”, analisou.

O estudante Bruno Pereira, do curso de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB), tem participado das manifestações contrárias às mudanças no Código na Capital Federal. Assim como outros universitários, ele foi, em algumas ocasiões, impedido pela Polícia Legislativa de assistir a discussões e de se manifestar a respeito do tema no Senado.

“Precisamos mostrar que estamos contra o que está sendo aprovado. Uma pesquisa já mostrou que 80% dos brasileiros são contra. Estudantes, pesquisadores, agricultores familiares e ambientalistas estão na rua se manifestando. O que o Congresso está fazendo não é política, é politicagem”, concluiu Bruno Pereira.

Está prevista nova mobilização de estudantes no Congresso nesta terça, 6 de dezembro, a partir das 14 horas, em frente à entrada da chapelaria. A manifestação acontece na mesma data para a qual está marcado o início da votação do substitutivo pelo plenário do Senado. Se aprovado, o texto volta para a Câmara em segundo turno e, posteriormente, será submetido à sanção ou ao veto da presidente Dilma Rousseff.


 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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